sábado, 22 de setembro de 2012


PARA QUE SERVE OS 10 MANDAMENTOS OPINIÕES DE DOS PROFESSORES DE DIVERSAS IGREJAS?
 Assembléia de Deus
O Pr. Harold J. Brokke dá várias respostas a essa pergunta. Ele diz:
“Nós não podemos compreender a salvação sem entender a Lei de Deus. (…) Deus revela Sua vontade, no tocante ao procedimento do homem, por meio dos mandamentos que lhe apresenta. (…) O propósito da lei é fazer com que os homens sintam sua necessidade de Jesus Cristo e do Seu evangelho de perdão. (…) Pela lei vem o conhecimento do pecado. Os homens precisam de buscar a Deus, reconhecendo-se pecadores, ou seja, criaturas que sabem ter desobedecido a lei e o governo de Deus, reconhecendo-se verdadeiros inimigos do próprios Deus pelo desrespeito às Suas leis.”— Em “Prosperidade Pela Obediência”, p. 14–17.
Também da Assembléia de Deus, o Pr. Orlando Spencer Boyer, teólogo, professor, pastor, comentarista, escritor, e autor de muitos livros, registrou estas palavras sobre o Decálogo:
“Não há pecado que não é condenado por um dos Dez Mandamentos.” — Em “Pequena Enciclopédia Bíblica”, p. 198.
O Pr. Emílio Conde, pentecostal, afirma o seguinte:
“A Bíblia nos mostra a sagrada Lei de Deus: ‘faça isto’, ‘não farás!’. Êxo. cap. 20. E essa Lei deveria ser observada, cumprida rigorosamente — e até aos nossos filhos a deveríamos fazer conhecer. Deut. 6: 1–13. A Palavra de Deus é, sob certos aspectos, autoritária! Ela nos fala de modo imperativo.” — Em “Lições Bíblicas”, 07/12/1966, p. 12.
Tendo consciência da necessidade do homem com relação ao cuidado e proteção de Deus, o Pr. Myer Pearlman, atrás referido, escreveu:
“Os mandamentos de Deus são cercas, por assim dizer, que impedem ao homem entrar em território perigoso e dessa maneira sofrer prejuízo para sua alma.” — Em “Conhecendo as Doutrinas da Bíblia”, p. 91.
Concordando de que a lei de Deus é para o benefício do homem, o Pr. Carlos Johansson declarou o seguinte:
“O decálogo — o fundamento do pacto e o mais essencial da lei, como também a condição para vida e felicidade.” — Em “Síntese Bíblica do Velho Testamento”, p. 116.
Resumindo o que esses líderes assembleianos disseram, a Lei de Deus serve, dentre outros, para:
—> compreendermos a salvação,
—> revelar a vontade de Deus,
—> fazer os homens sentirem necessidade de Cristo,
—> saber o que é o pecado,
—> ser como cerca protetora do perigo e
—> ser a condição de vida e felicidade.
Todas estas coisas são muito boas razões para um cristão obedecer ao Senhor! Além de tudo, estão de acordo com a Palavra de Deus.
—> Igreja Presbiteriana
O “Catecismo Maior” apresenta uma resposta muitíssimo apropriada:
“A Lei Moral é de utilidade a todos os homens, para os instruir sobre a natureza e vontade de Deus e sobre os seus deveres para com Ele, obrigando-os as andar conforme a essa vontade; (…) aos homens não regenerados para despertar as suas consciências a fim de fugirem da ira vindoura e forçá-los a recorrer a Cristo; (…) aos que são regenerados e crentes em Cristo… para lhes mostrar quanto devem a Cristo por cumpri-la e sofrer a maldição dela, e para bem deles, e assim provocá-los a uma gratidão maior e a manifestar esta gratidão por maior cuidado da sua parte em conformarem-se a esta lei, como regra de sua obediência. — Respostas 95–97, p. 94–95. Grifos acrescentados.
O Dr. Albert Barnes, respeitado teólogo e comentarista presbiteriano, assim argumenta sobre Romanos 7:13:
“E observe-se que a lei não atingiu essa finalidade meramente entre os judeus, nos dias dos apóstolos; ela é igualmente necessária para os gentios, até à hora presente. Nem verificamos que o verdadeiro arrependimento ocorre onde a Lei Moral não é pregada nem apresentada com insistência. Os que só pregam o evangelho aos pecadores, na melhor das hipóteses só curam superficialmente a ferida da filha do Meu povo.”
Resumindo o que esses líderes presbiterianos disseram, a Lei de Deus serve, dentre outros, para:
—> instruir sobre a natureza e vontade de Deus,
—> instruir sobre nosso dever para com Deus,
—> despertar a consciência para fugirmos da ira vindoura,
—> forçar-nos a recorrer a Cristo,
—> mostrar o quanto devemos a Jesus,
—> provocar uma manifestação de gratidão e
—> ser regra de conduta cristã.
—> Igreja Batista
William Carey Taylor, Doutor em Teologia, professor de seminário batista por muitos anos, e grande escritor, responde a esta pergunta da seguinte forma:
“Seria uma bênção se cada púlpito no mundo trovejasse ao povo a voz divina do Decálogo, pois a Lei é aio [mestre, guia] para guiar a Cristo.” — Em “Os Dez Mandamentos”, p. 5.
Por seu turno, o teólogo batista Pr. Nilson do Amaral Fanini, pregador do programa de televisão “Reencontro”, escreveu o seguinte:
“Se quisermos viver em paz com Deus e com o nosso próximo devemos, então, observar o Decálogo. (…) Devemos obedecer não por medo mas por amor. Precisamos observar as leis divinas tais quais elas são e não acomodá-las de acordo com as tendências da época, esquecendo ou comprometendo as leis divinas que regem a conduta moral.” — Em “Dez Passos Para Uma Vida Melhor”, p. 18–19.
Falando de como tratar os “que não sentem os seus pecados” nem “têm profunda convicção de culpa”, Dwight L. Moody, em seu sermão “Apelos e Orações”, dá o seguinte conselho a respeito da Lei de Deus:
“Fazei tão-somente que a Lei de Deus opere em tais pessoas, e as mostre a si próprias como realmente são. (…) Não busqueis curar a ferida antes de o ferimento ser sentido. Não procureis ministrar o consolo do evangelho sem que vossos conversos vejam que pecaram — vejam-no e também o sintam.”
Carlos H. Spurgeon, o grande pregador batista, declara:
“Para que existe a Lei de Deus? Para a guardarmos a fim de sermos salvos por ela? De maneira nenhuma. Foi-nos dada com o fim de mostrar-nos que não podemos ser salvos pelas obras, e limitarmos a ser salvos pela graça. Mas se presumis que a lei está alterada para que o homem a possa observar, deixai-lhe a sua velha esperança legal, e ele está certo de poder a ela apegar-se. Necessitais duma lei perfeita que mantenha o homem, quando apartado de Cristo, em estado de desesperança, ponha-o numa jaula de ferro, feche-o a cadeado e não lhe ofereça escape algum senão o da fé em Cristo; então se porá a gritar: ‘Senhor, salva-me pela graça, pois percebo que não me posso salvar por minhas próprias obras.’ E assim é que S. Paulo o apresenta aos Gálatas: ‘A Escritura incluiu a todos sob o pecado, para que a promessa pela fé de Jesus Cristo pudesse ser concedida aos que crêem. Mas antes de vir a fé, éramos mantidos sob a lei, retidos dentro da fé que depois se revelaria. Por essa causa a lei era nosso aio para conduzir-nos a Cristo, a fim de sermos justificados pela fé.’ Digo-vos que, pondo de parte a lei, despojastes o evangelho de seu auxiliar mais competente. Tirastes dela o aio que leva os homens a Cristo. Eles nunca aceitarão a graça sem que tremam perante uma lei justa e santa. Por conseguinte, a lei serve ao mais necessário e bendito propósito, e não deve ser removida do lugar que ocupa.” — Em “The Perpetuity of the Law of God”, p. 10–11. Grifos acrescentados.
Resumindo o que esses líderes batistas disseram, a Lei de Deus serve, dentre outros, para:
—> conduzir a Cristo,
—> nos manter em paz com Deus,
—> servir como regentes da nossa conduta moral,
—> cumprir nosso dever perante Deus,
—> expressar a vontade de Deus e
—> ser regra de conduta, mesmo para os que foram justificados, etc.
—> Igreja Luterana
O Reformador e grande campeão da doutrina de justificação pela fé, Martinho Lutero, em seu documento “Um Tratado Contra os Antinomistas” escrito em forma de carta a seu particular amigo Gasper Guttil, claramente se refere entre os primeiros parágrafos à “lei moral, ou dez mandamentos”, mais adiante referindo-se a esses negadores da validade do Decálogo como normativo aos cristãos como “novos espíritos… que se empenham em lançar a lei de Deus, ou os dez mandamentos, fora da Igreja”.
Pouco adiante ele se refere novamente a certo opositor que “escreveu contra a Lei Moral, ou Dez Mandamentos; professando ser do mesmo julgamento que nós aqui em Wittenberg, como também em Augsburgo, segundo o teor de nossa Confissão e Apologia submetida ao Imperador; e se daqui em diante ele sustentar ou ensinar o contrário, ele deseja que me pronuncie no sentido de que os mesmos estão anulados e condenados. Eu não consigo encontrar meios de sentir como poderia ele chegar a tão grande baixaria…”.
Alguns parágrafos abaixo, continua Lutero:
“Verdadeiramente, admiro-me muitíssimo como se chegou a imputar-me que eu rejeitaria a Lei ou os Dez Mandamentos, já que existem tantas de minhas próprias exposições (e de várias modalidades) sobre os mandamentos, os quais são também diariamente expostos e empregados em nossas igrejas, para nada dizer da Confissão e da Apologia, e outros de nossos livros. E a isso se acrescente o costume que temos de cantar os mandamentos em duas diferentes canções; além de pintura, impressão, talhas e repetição deles pelas crianças, tanto de manhã, quanto ao meio-dia, e à tardinha; (…) e eu próprio, ainda que já velho, costumo recitá-los diariamente, feito uma criança, palavra por palavra”. — Em “Wider die Antinomer” (contra os antinomistas), secs. 6 e 8, em seus “Sämsmtliche Schriften” (Escritos Coletados), ed. Por Johann George Walck, vol. 20 (St. Louis, Concordia, 1890), col. 1613 e 1614. Também em “Agaist the Antinomians”, trad. de “Luther’s Work” (ed. de Weimar), vol. 50, p. 171–470.
Mais adiante, retoricamente até exemplifica o que alguém poderia dizer: “O quê? O bom Dr. Lutero incentiva tão ardorosamente o (aprendizado dos) Dez Mandamentos e, contraditoriamente, ensina que devem ser rejeitados?”
E prossegue:
“Verdadeiramente, tenho ensinado e ainda ensino que os pecadores devem ser levados ao arrependimento pela pregação e ponderação dos sofrimentos de Cristo, para que possam ver quão grande ira tem Deus pelo pecado. E este não pode ser expiado senão pela morte do Filho de Deus (…). Mas como se admitiria daí que, com isso, a lei deve ser removida? (…) pode alguém pensar que o pecado existe onde não há lei? Quem quer que ab-rogue a lei, deve forçosamente ab-rogar também o pecado.” — Idem.
E na “Life of Luther” (vida de Lutero), de M. Michelet, o grande reformador é citado como havendo dito:
“Aquele que invalida a doutrina da lei, anula ao mesmo tempo a ordem política e social. Se eliminardes a lei da igreja, nenhum pecado poderá ser mais reconhecido como tal no mundo; pois o evangelho só define e pune o pecado em conexão com a lei.” — Liv. 5, cap. 4, trad. de Hazlitt (ed. 2), p. 315. Grifos acrescentados.
A “Confissão de Fé Helvética” ainda declara:
“A vontade de Deus nos é exposta na lei de Deus. Ensinamos que a vontade de Deus nos é exposta na Lei de Deus: o que ele quer ou não quer que façamos, o que é bom e justo, ou o que é mau e injusto. Portanto, confessamos que a Lei é boa e santa. (…)
“Porque foi dada a lei. Ensinamos que esta Lei não foi dada aos homens para que fôssemos justificados pela sua observância, mas antes para que, pelo seu ensino, conhecêssemos nossa fraqueza, nosso pecado e condenação e, perdendo a confiança em nossas forças, nos convertêssemos a Cristo pela fé. O apóstolo diz claramente: ‘A Lei suscita a ira’; ‘pela Lei vem o pleno conhecimento do pecado’ (Rom 4.15; 3.20); ‘porque, se fosse promulgada uma Lei que pudesse dar vida, a justiça, na verdade seria procedente da Lei; mas a Escritura encerrou tudo sob o pecado, para que mediante a fé em Jesus Cristo fosse a promessa concedida aos que crêem… De maneira que a Lei nos serviu de aio para nos conduzir a Cristo, a fim de que fôssemos justificados por fé’ (Gal 3.21 ss).”
 — Em “Da Lei de Deus”.
Resumindo o ensinamento luterano sobre a lei, é declarado que os mandamentos de Deus servem, dentre outros, para:
—> impultar o pecado,
—> fazer-nos reconhecer o pecado,
—> manter a ordem,
—> reveler a vontade de Deus,
—> mostrar-nos o que é justo e
—> conduzir-nos no que devemos fazer.

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