O PRINCIPIO SABÁTICO PODE SER REINTERPRETADO, O QUE DIZ AS
IGREJAS?
O Princípio Sabático pode ser Reinterpretado? O que Dizem
as Igrejas?
Alguns acham que eles mesmos são os
que devem escolher o dia para o descanso e culto, reinterpretando o mandamento
do sábado e aplicando-o ao domingo, chamando-o de “o sábado cristão”. O fato é
que esta questão está obedecendo à conveniência das pessoas e não o que diz o
claro “assim diz o SENHOR”. Será que deve ser assim mesmo? Biblicamente, “o
sétimo dia é o sábado do SENHOR” (Ex.20:10). Mas vejamos o que os teólogos das
mais variadas denominações cristãs dizem a respeito disso.
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Assembléia De Deus
Os assembleianos infelizmente fazem
sua apologia à guarda do domingo, como é expresso pelos escritos do Prof.
Carlos Schimdt Costa, que assim argumenta:
“Deus, o pai, tinha um plano, a criação
do mundo, e o cumpriu em sete dias… Cristo o filho, também veio para cumprir um
plano traçado pelo pai, o plano da Redenção da Humanidade, que… só se cumpriu
no dia da sua ressurreição”. — Em “Porque
não guardamos o Sábado”, artigo do “Missão Ômega”, página assembleiana da web
que pode ser visualizada no seguinte endereço:http://www.iadgpuava.com.br/noticias/noticias.asp?id=246 (acessado a 26/11/2007).
O raciocínio do Prof. Carlos Schimdt
Costa é igual ao de todas as outras denominações que guardam o domingo como
“sábado cristão”:
“Sábado, ao contrário do que muitas
pessoas pensam, não significa literalmente sétimo dia, e sim, dia de descanso,
e por providência divina, no calendário universal”. — Idem. Grifos acrescentados.
Ou seja, ele diz que o “sábado” do
cristão é uma “providência divina, no calendário universal”, mas “não significa
literalmente sétimo dia”, para depois terminar sua apologia ao domingo
aplicando o princípio sabático ao primeiro dia da semana:
“…tornou-se o Domingo o dia do Senhor,
e nós os cristãos, o temos como o dia de descanso.
“Em resumo, nós consideramos o primeiro dia da Semana (como o santo Dia do Senhor) e não o sétimo, por ser o dia da nossa redenção.” — Ibidem. Grifos acrescentados.
“Em resumo, nós consideramos o primeiro dia da Semana (como o santo Dia do Senhor) e não o sétimo, por ser o dia da nossa redenção.” — Ibidem. Grifos acrescentados.
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Igreja Presbiteriana
Vemos claramente a vigência do
princípio sabático na posição oficial presbiteriana expressa em “Westminster
Confession of Faith” (Confissão de Fé de Westminster), mas infelizmente está
sendo aplicado ao primeiro dia da semana:
“VII. Como é lei da natureza que, em
geral, uma devida proporção do tempo seja
destinada ao culto de Deus, assim também em sua palavra, por um preceito
positivo, moral e perpétuo, preceito que obriga a todos os homens em todos os
séculos, Deus particularmente designou um dia em sete para ser um sábado
(descanso) santificado por Ele; desde o princípio do mundo, até a ressurreição
de Cristo, esse dia foi o último da semana; e desde a ressurreição de Cristo
foi mudado para o primeiro dia da semana, dia que na Escritura é chamado
Domingo, ou dia do Senhor, e que há de continuar até ao fim do mundo como o
sábado cristão.
“VIII. Este sábado é santificado ao Senhor quando os homens, tendo devidamente preparado os seus corações e de antemão ordenado os seus negócios ordinários, não só guardam, durante todo o dia, um santo descanso das suas próprias obras, palavras e pensamentos a respeito dos seus empregos seculares e das suas recreações, mas também ocupam todo o tempo em exercícios públicos e particulares de culto e nos deveres de necessidade e misericórdia.” — Cap. XXI, “Do Culto Religioso e do Domingo”. Grifos acrescentados.
“VIII. Este sábado é santificado ao Senhor quando os homens, tendo devidamente preparado os seus corações e de antemão ordenado os seus negócios ordinários, não só guardam, durante todo o dia, um santo descanso das suas próprias obras, palavras e pensamentos a respeito dos seus empregos seculares e das suas recreações, mas também ocupam todo o tempo em exercícios públicos e particulares de culto e nos deveres de necessidade e misericórdia.” — Cap. XXI, “Do Culto Religioso e do Domingo”. Grifos acrescentados.
Posição oficial que é confirmada no
“Catecismo Maior”:
“Pergunta 116. Que se exige no quarto
mandamento?
“R: No quarto mandamento exige-se que todos os homens santifiquemsantos para Deus todos os tempos estabelecidos, que Deus designou em sua Palavra, expressamente um dia inteiro em cada sete; que era o sétimo desde o princípio do mundo até à ressurreição de Cristo, e o primeiro dia da semana desde então, e há de assim continuar até ao fim do mundo; o qual é o sábado cristão, e que no Novo Testamento se chama Dia do Senhor. — Ref.: Is 56.2,4,6,7; Gn 2.3; I Co 16.2; Jo 20.19–27; Ap 1.10.” ou guardem — Grifos acrescentados.
“R: No quarto mandamento exige-se que todos os homens santifiquemsantos para Deus todos os tempos estabelecidos, que Deus designou em sua Palavra, expressamente um dia inteiro em cada sete; que era o sétimo desde o princípio do mundo até à ressurreição de Cristo, e o primeiro dia da semana desde então, e há de assim continuar até ao fim do mundo; o qual é o sábado cristão, e que no Novo Testamento se chama Dia do Senhor. — Ref.: Is 56.2,4,6,7; Gn 2.3; I Co 16.2; Jo 20.19–27; Ap 1.10.” ou guardem — Grifos acrescentados.
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Igreja Batista
Vemos claramente a vigência do
princípio sabático na posição oficial batista expressa em “New Hampshire
Confession of Faith” (Confissão de Fé de New Hampshire), mas infelizmente está
sendo aplicado ao primeiro dia da semana:
“XV. DO SÁBADO CRISTÃO
Cremos que o primeiro dia da semana é o dia do Senhor, ou o sábado cristão; e deve ser mantido sagrado para propósitos religiosos, pela abstenção de todo o labor secular e recreações pecaminosas; pela observância devota de todos os meios de graça, tanto privado quanto público; e pela preparação para aquele repouso que restará para o Povo de Deus.” — Art. XV. Grifos acrescentados.
Cremos que o primeiro dia da semana é o dia do Senhor, ou o sábado cristão; e deve ser mantido sagrado para propósitos religiosos, pela abstenção de todo o labor secular e recreações pecaminosas; pela observância devota de todos os meios de graça, tanto privado quanto público; e pela preparação para aquele repouso que restará para o Povo de Deus.” — Art. XV. Grifos acrescentados.
Posição oficial que confirma a
confissão de fé batista de 1689:
“Por instituição divina, é uma lei
universal da natureza que uma proporção de tempo seja separada para a adoração
a Deus. Por isso, em sua Palavra — através de um mandamento explícito, perpétuo
e moral, válido para todos os homens, em todas as eras — Deus determinou que um
dia em cada sete lhe seja santificado, como dia de descanso. Desde o começo do
mundo, até a ressurreição de Cristo, esse dia era o último da semana; e, desde
a ressurreição de Cristo, foi mudado para o primeiro dia da semana, que é
chamado ‘Dia do Senhor’. A guarda desse dia como sábado cristão deve continuar
até o fim do mundo, pois foi abolida a observância do último dia da semana.” — Em “Adoração religiosa e o dia do Senhor —
Confissão de fé Batista de 1689”, cap. 22. Grifos acrescentados.
E o tópico VIII da “Mensagem de Fé
Batista” declara:
“O primeiro dia da semana é o dia do
Senhor. É uma instituição cristã para ser observada regularmente. Comemora a
ressurreição de Cristo dentre os mortos e deve ser empregado no exercício do
culto e da devoção espiritual, tanto pública como privada, para refrear as
diversões mundanas e para o descanso do trabalho secular, exceto o trabalho de
necessidade e de misericórdia.”
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Igreja Luterana
Vemos claramente a vigência do
princípio sabático na posição oficial luterana expressa em seus catecismos e
confissões de fé, mas infelizmente está sendo aplicado ao primeiro dia:
“67. Que confessamos a respeito do dia
do Senhor?
“R. O Sábado (leia-se sétimo dia) pertencia à lei judaica; o dia do Senhor para os cristãos é o domingo, por ser o dia da ressurreição do nosso Senhor Jesus Cristo.
“Expl. O acontecimento mais importante para a fé cristã é a ressurreição de Jesus Cristo. Por isso, desde seus primeiros dias de existência a Igreja passou a guardar o domingo — o dia de vitória, a vitória de Cristo sobre o mal e sobre a morte; é um dia de descanso, porque simboliza o descanso final e feliz na presença de Deus.
“Texto: I Cor 16.2; Mc 16.9; Rm 14.5” — Em “Catecismo de Heidelberg” (ed. de 1548). Grifos acrescentados.
“R. O Sábado (leia-se sétimo dia) pertencia à lei judaica; o dia do Senhor para os cristãos é o domingo, por ser o dia da ressurreição do nosso Senhor Jesus Cristo.
“Expl. O acontecimento mais importante para a fé cristã é a ressurreição de Jesus Cristo. Por isso, desde seus primeiros dias de existência a Igreja passou a guardar o domingo — o dia de vitória, a vitória de Cristo sobre o mal e sobre a morte; é um dia de descanso, porque simboliza o descanso final e feliz na presença de Deus.
“Texto: I Cor 16.2; Mc 16.9; Rm 14.5” — Em “Catecismo de Heidelberg” (ed. de 1548). Grifos acrescentados.
Ainda diz o “Catecismo de Heidelberg”
(1563):
“103. O que Deus ordena no quarto
mandamento?
“R. Primeiro: o ministério do Evangelho e as escolas cristãs devem ser mantidos (1Co 9:13,14; 1Tm 3:15; 2Tm 2:2; 2Tm 3:14,15; Tt 1:5) , e eu devo reunir-me fielmente com o povo de Deus, especialmente no dia de descanso (Lv 23:3; Sl 40:9,10; Sl 122:1; At 2:42,46) , para conhecer a palavra de Deus (1Co 14:1,3; lTm 4:13; Ap 1:3) , para participar dos sacramentos (At 20:7; 1Co 11:33), para invocar publicamente ao Senhor Deus (1Co 14:16; 1Tm 2:1–4) e para praticar a caridade cristã para com os necessitados (Dt 15:11; 1Co 16:1,2; 1Tm 5:16). Segundo: eu devo, todos os dias da minha vida, desistir das más obras, deixando o Senhor operar em mim, por seu Espírito. Assim começo nesta vida o descanso eterno (Hb 4:9,10).” — Grifos acrescentados. Esse catecismo pode ser encontrado no seguinte web site:http://www.cprf.co.uk/articles/heidelberg_portugal.htm (acessado a 11/09/2007).
“R. Primeiro: o ministério do Evangelho e as escolas cristãs devem ser mantidos (1Co 9:13,14; 1Tm 3:15; 2Tm 2:2; 2Tm 3:14,15; Tt 1:5) , e eu devo reunir-me fielmente com o povo de Deus, especialmente no dia de descanso (Lv 23:3; Sl 40:9,10; Sl 122:1; At 2:42,46) , para conhecer a palavra de Deus (1Co 14:1,3; lTm 4:13; Ap 1:3) , para participar dos sacramentos (At 20:7; 1Co 11:33), para invocar publicamente ao Senhor Deus (1Co 14:16; 1Tm 2:1–4) e para praticar a caridade cristã para com os necessitados (Dt 15:11; 1Co 16:1,2; 1Tm 5:16). Segundo: eu devo, todos os dias da minha vida, desistir das más obras, deixando o Senhor operar em mim, por seu Espírito. Assim começo nesta vida o descanso eterno (Hb 4:9,10).” — Grifos acrescentados. Esse catecismo pode ser encontrado no seguinte web site:http://www.cprf.co.uk/articles/heidelberg_portugal.htm (acessado a 11/09/2007).
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Igreja Metodista
Mesmo que aplicando o sábado ao
primeiro dia da semana, vemos claramente a defesa da vigência do princípio do
quarto mandamento, como diz o Rev. Mauro Sérgio Aiello em seu artigo
especializado “O Dia Santo”:
“O quarto mandamento é claro: de sete
dias que compõem a semana, um deve ser separado e totalmente dedicado ao
Senhor. (…)
“A Igreja de hoje faz muitas concessões. Hoje algumas poucas horas de Culto Matutino, Escola Bíblica Dominical, Culto Noturno, já são considerados os eventos que rotulamos como Dia do Senhor. Alguns escolhem em sua agenda qual dessas atividades vai optar e reduzem o Dia do Senhor a apenas isso. Outros, lamentavelmente, nem isso fazem. Usam os outros seis dias e ainda negligenciam o Dia do Senhor, usando-o para seu bel prazer. Por isso a história da Igreja tem mostrado que, quando isso acontece, ela perde sua força, e sua atividade evangelística se enfraquece.”
“A Igreja de hoje faz muitas concessões. Hoje algumas poucas horas de Culto Matutino, Escola Bíblica Dominical, Culto Noturno, já são considerados os eventos que rotulamos como Dia do Senhor. Alguns escolhem em sua agenda qual dessas atividades vai optar e reduzem o Dia do Senhor a apenas isso. Outros, lamentavelmente, nem isso fazem. Usam os outros seis dias e ainda negligenciam o Dia do Senhor, usando-o para seu bel prazer. Por isso a história da Igreja tem mostrado que, quando isso acontece, ela perde sua força, e sua atividade evangelística se enfraquece.”
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Igreja Congregacional
Vemos claramente a vigência do
princípio sabático na posição oficial congregacionalista expressa na
“Declaração de Savóia”, a qual é uma leve revisão da “Confissão de Fé de
Westminster” (ver capítulo “A Espiritualidade de John Owen”, em J. I. Packer,
“Entre os Gigantes de Deus”, p. 209.), mas infelizmente está sendo aplicado ao
primeiro dia da semana:
“VII. Como é lei da natureza que, em
geral, uma devida proporção do tempo seja destinada ao culto de Deus, assim
também em sua palavra, por um preceito positivo, moral e perpétuo, preceito que
obriga a todos os homens em todos os séculos, Deus particularmente designou um
dia em sete para ser um sábado (descanso) santificado por Ele; desde o
princípio do mundo, até a ressurreição de Cristo, esse dia foi o último da
semana; e desde a ressurreição de Cristo foi mudado para o primeiro dia da semana,
dia que na Escritura é chamado Domingo, ou dia do Senhor, e que há de continuar
até ao fim do mundo como o sábado cristão.
Êx.20:8–11; Gn.2:3; I Co.16:1–2; At.20:7; Ap.1:10; Mt.5:17–18.
“VIII. Este sábado é santificado ao Senhor quando os homens, tendo devidamente preparado os seus corações e de antemão ordenado os seus negócios ordinários, não só guardam, durante todo o dia, um santo descanso das suas próprias obras, palavras e pensamentos a respeito dos seus empregos seculares e das suas recreações, mas também ocupam todo o tempo em exercícios públicos e particulares de culto e nos deveres de necessidade e misericórdia.
Êx.16:23–26,29–30, e 31:15–17; Isa.58:13; Ne.13:15–19,21–22; Is.58:13; Mt.12:1–13.” — Cap. XXI, “Do Culto Religioso e do Domingo”. Grifos acrescentados.
Êx.20:8–11; Gn.2:3; I Co.16:1–2; At.20:7; Ap.1:10; Mt.5:17–18.
“VIII. Este sábado é santificado ao Senhor quando os homens, tendo devidamente preparado os seus corações e de antemão ordenado os seus negócios ordinários, não só guardam, durante todo o dia, um santo descanso das suas próprias obras, palavras e pensamentos a respeito dos seus empregos seculares e das suas recreações, mas também ocupam todo o tempo em exercícios públicos e particulares de culto e nos deveres de necessidade e misericórdia.
Êx.16:23–26,29–30, e 31:15–17; Isa.58:13; Ne.13:15–19,21–22; Is.58:13; Mt.12:1–13.” — Cap. XXI, “Do Culto Religioso e do Domingo”. Grifos acrescentados.
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Igreja Anglicana/Episcopal
O anglicano Dr. William E. Gladstone,
que por alguns anos foi primeiro ministro da Inglaterra, faz as seguintes
observações em seu “Later Gleanings”:
“O sétimo dia da semana foi destituído
de seus títulos de observâncias religiosas obrigatórias, e suas prerrogativas
foram transferidas para o primeiro dia, não por algum direto preceito das
Escrituras.” — P. 342. Grifos acrescentados.
Outro documento oficial da Igreja
Anglicana ou Episcopal é o “Explanation of Catechism”, que assim afirma:
“O dia agora foi mudado do sétimo para
o primeiro… (mas) não encontramos nenhuma determinação Bíblica para tal
mudança; devemos concluir que (essa mudança) foi feita pela autoridade da
Igreja.” — Grifos acrescentados.
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Igreja Católica
Sobre a mudança do sábado para o
domingo feita pela “autoridade” da Igreja Católica, o Para João Paulo II
decalra o seguinte na carta apostólica Dies Domini:
“Compreende-se, assim, porque era justo
que os cristãos, anunciadores da libertação realizada pelo sangue de Cristo, se
sentissem autorizados a transpor o significado do sábado para o dia da
ressurreição.” — Inciso 63.
“62. Assim, se é verdade que, para o
cristão… ele deverá lembrar-se que permanecem válidos os motivos de base que
obrigam à santificação do « dia do Senhor », fixados pela solenidade do
Decálogo, mas que hão-de ser interpretados à luz da teologia e da espiritualidade
do domingo”. — Idem, inciso 62.
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