Cartas
para as Igrejas
M. L. Andreasen
Na década de 1950,
a liderança americana da IASD entrou em acordo com
líderes porta-vozes evangélicos americanos (Martin & Barnhouse), para que a
IASD não mais fosse considerada uma seita, mas sim uma igreja como as demais
igrejas evangélicas. Tanto assim que já em 1959, a IASD passou a fazer
parte como membro cooperador do Concílio Nacional de Igrejas dos Estados
Unidos, uma organização ecumênica.
Para tanto, a IASD deveria abdicar de certas doutrinas fundamentais
dos pioneiros adventistas, as quais são apoiadas pelo Espírito de Profecia de
Ellen G. White. Dentre essas doutrinas fundamentais está a da Encarnação, a
qual os evangélicos e tcatólicos crêem que JESUS encarnou com a natureza de
Adão antes de sua queda, ou seja, Sua natureza seria isenta ou imune às paixões
e às leis da hereditariedade a que estão sujeitos os filhos de Adão, depois de
sua queda.
Assim, a partir de 1957, os teólogos adventistas passaram a
ensinar que JESUS veio com a natureza sem pecado de Adão, antes de sua queda,
ao contrário do que ensinavam os pioneiros e a Sra. White. JESUS seria apenas
nosso substituto e não nosso exemplo a ser seguido. Com essa mudança teológica
o mundanismo entrou na IASD, junto com o ecumenismo.
Na ocasião, uma das raras vozes oficiais que se levantaram contra
esse compromisso apóstata foi a do Pr. Andreasen (1876-1962), conhecido entre
nós brasileiros como o autor do livro O Ritual do Santuário. Depois de
tentar em vão fazer-se ouvir pela liderança apóstata da Igreja, ele escreveu
seis longas cartas às igrejas adventistas de todo mundo, denunciando toda essa
conspiração ecumênico-doutrinária. Devido ao protesto do Pr. Andreasen, a
Associação Geral, em 06.04.61, tirou suas credenciais e sua pensão por
aposentadoria.
Só depois que uns irmãos do sul da Califórnia, revoltados com a
injustiça feita ao Pr. Andreasen, ameaçaram não encaminhar mais o dízimo à
Organização, é que a Associação Geral voltou a pagar sua aposentadoria, mas
isto já perto de sua morte, que ocorreu em 19.02.62. Em 01.03.62, após sua
morte, a Associação Geral restaurou as credenciais do Pr. Andreasen.
Índice:
Letters
to the Churches
M.L. Andreasen, 1959,
Leaves of Autumn Books,P.O.Box
440
Payson , Arizona ,
85541 , U.S.A.
M.L. Andreasen, 1959,
Leaves of Autumn Books,
Carta 1 - A
Encarnação
Foi CRISTO Imune?
A palavra
encarnação deriva de duas palavras latinas, in carnis, que significa
"em carne" ou "na carne". Como um termo teológico, denota
"o assumir a forma e natureza humana por JESUS, concebido como Filho de
DEUS. Nesse sentido João usa a palavra quando diz, "Nisto conheceis o
ESPÍRITO de DEUS: todo espírito que confessa que JESUS CRISTO veio em carne é
de DEUS; e todo espírito que não confessa que JESUS CRISTO veio em carne não é
de DEUS." I João 4:2,3. Isto torna a crença na encarnação um teste de
discipulado, embora sem dúvida signifique mais que a mera crença na aparência
histórica de CRISTO.A vinda ao mundo de uma nova vida - o nascimento de um bebê - é em si mesma um milagre. Infinitamente mais que isto deve ser a encarnação do próprio Filho de DEUS. Sempre permanecerá um mistério além da compreensão humana. Tudo que o homem pode fazer é aceitá-la como uma parte do plano da redenção que tem sido gradualmente revelado desde a queda do homem no jardim.
Por razões que não podemos completamente compreender, DEUS permitiu o pecado. Ao assim fazer, contudo, Ele também proveu um remédio. Esse remédio compreende o plano da redenção e está estreitamente ligado com a encarnação, a morte e a ressurreição do Filho de DEUS. Não pode ser concebido que DEUS não soubesse o que a criação Lhe custaria; e o "conselho de paz" que decidiu o assunto, deve ter incluído provisões para toda contingência prevista. Paulo chama esse plano de "sabedoria de DEUS oculta em mistério, a qual DEUS ordenou antes dos mundos para nossa glória." I Coríntios 2:7.
A frase "antes dos mundos" significa antes que houvesse criação de qualquer espécie. Assim, o plano da salvação não foi um pensamento posterior. Ele foi "pré-ordenado". Mesmo quando Lúcifer pecou, o plano não estava completamente revelado, mas foi "mantido em silêncio através dos tempos eternos." Romanos 16:25. Para isto DEUS não dá razão. Paulo informa-nos "que pela revelação DEUS me tornou conhecido o mistério... o mistério de CRISTO que em outras eras não foi tornado conhecido aos filhos dos homens, como é agora revelado aos Seus santos apóstolos e profetas pelo ESPÍRITO." Efésios 3: 3-5.
Tornou-Se
Há duas palavras na
epístola aos Hebreus que são de interesse nesta ligação. São elas
"tornou-se", no verso dez do capítulo dois, e "convinha",
no verso 17 do mesmo capítulo.A palavra grega para tornou-se é prepo, e é definida como "conveniente, apropriado, adequado, adaptado, bem-parecido." Paulo, que cremos ser o autor de Hebreus, é muito corajoso quando assim presume atribuir motivo a DEUS e declara que foi conveniente e direito para DEUS tornar CRISTO "perfeito através do sofrimento." Hebreus 2:10. Ele considera gracioso a DEUS assim fazer; isto é, DEUS o aprova. Em julgar a DEUS, Paulo emula Abraão que foi mais corajoso que Paulo. Entendendo mal o que DEUS intentava fazer, Abraão aconselhou DEUS a não fazer aquilo. Disse ele, "Também destruirás o justo com o ímpio?... Longe de Ti tal coisa, de destruir o justo com o ímpio... Longe de Ti. Não fará justiça o Juiz de toda a terra? Gênesis 18:23,25.
Moisés também ensaiou admoestar a DEUS e instruí-Lo. Quando Israel dançou ao redor do bezerro de ouro, DEUS disse a Moisés, "Agora, pois, deixa-Me, que o Meu furor se acenda contra eles, e os consuma; e Eu farei de ti uma grande nação." êxodo 32:10. Moisés tentou pacificar a DEUS e disse, "SENHOR, por que se acende o Teu furor contra o Teu povo?... Torna-Te da ira do Teu furor e arrepende-Te deste mal contra o Teu povo." Êxodo 32:11,12. "E o SENHOR arrependeu-Se do mal que dissera que havia de fazer ao Seu povo." Verso 14.
Prontamente vemos que nesse interessante episódio DEUS meramente estava testando Moisés, e dando-lhe uma oportunidade de pleitear pelo povo. Mas também notamos que isto ilustra a vontade de DEUS de falar sobre assuntos com Seus santos; sim, e com aqueles que não são santos. Seu convite à humanidade é, "Vinde então, e argüi-Me, diz o SENHOR;" Isaías 1:18. DEUS está ansioso para comunicar-Se com Seu povo. Nem Abraão nem Moisés foram reprovados pela coragem deles.
Convinha
A outra palavra à
qual queremos chamar atenção é convinha. Falando de CRISTO, Paulo diz, "Em
todas as coisas convinha a Ele ser feito igual a Seus irmãos, para que pudesse
ser misericordioso e fiel sumo sacerdote nas coisas pertinentes a DEUS, para
fazer expiação pelos pecados do povo."Hebreus 2:17.Enquanto tornou-se, no verso dez, é uma palavra branda, convinha, no verso 17 (ophilo em grego), é uma palavra forte e é definida "sob obrigação", "deve", "precisa", "necessita", "obrigado", "devedor". Se CRISTO deve ser misericordioso e fiel sumo sacerdote, Paulo diz que cumpria a Ele "em todas as coisas" ser como Seus irmãos. Isto é obrigatório. E um dever que JESUS tem e não pode ser evitado. CRISTO não podia fazer reconciliação (expiação) pelo homem a não ser que tomasse Seu lugar com eles e em todas as coisas Se tornasse como eles. Não foi uma questão de escolha. JESUS devia, precisava, estava sob obrigação de. A não ser que CRISTO tivesse de lutar com as mesmas tentações que os homens enfrentam, Ele não poderia simpatizar-Se com eles. Uma pessoa que nunca esteve faminta, que nunca esteve fraca e doente, que nunca lutou com as tentações, é incapaz completamente de simpatizar-se com os que são assim afligidos.
Por esta razão foi necessário para CRISTO em todas as coisas tornar-Se como Seus irmãos. Se JESUS tem de ser tocado com os sentimentos de nossas enfermidades, Ele próprio deve ser "rodeado de fraqueza". Hebreus 4:15; 5:2. Portanto, se os homens são afligidos, JESUS também deve ser afligido "em todas as aflições deles." Isaías 63:9. O próprio CRISTO testifica: "Não fui rebelde; nem voltei atrás. As costas dou aos que Me ferem e a face, aos que Me arrancam os cabelos; não escondo a face dos que Me afrontam e Me cospem."Isaías 50:5,6. JESUS "próprio tomou nossas enfermidades, e levou as nossas doenças." Mateus 8:17.
Essas experiências eram todas necessárias se CRISTO tivesse de ser um sumo sacerdote misericordioso. Ora, Ele pode simpatizar-Se, pois JESUS conhece a fome por experiência real e a doença e a fraqueza e a tentação e tristeza e aflição e a dor e o sentir-Se abandonado por DEUS e pelo homem. JESUS foi "tentado em todos os pontos como nós somos, embora sem pecado." Hebreus 4:15. É a participação de CRISTO nas aflições e fraquezas dos homens que O capacita a ser um simpático Salvador como é JESUS.
Foi CRISTO
Isento/Imune?
Com essas reflexões
em mente, lemos com espanto e perplexidade, mesclado com tristeza, a falsa
declaração em Questions on Doctrine, pág. 383 de que CRISTO foi
"isento das paixões herdadas e das poluições que corrompem os descendentes
naturais de Adão." Para apreciar a importância dessa afirmação, precisamos
definir "isento/imune" e "paixões".O College Standard Dictionary, define isento: "liberar ou excusar de alguma obrigação pesada; libertar, desembaraçar ou dispensar de alguma restrição ou carga." O Webster's New World Dictionary define isento: "tirar, libertar, livrar como de um regulamento que os outros devem observar; excusado, liberado... isenção implica uma dispensa de alguma obrigação ou exigência legal, especialmente quando outros não são liberados."
Paixão é definida: "originalmente sofrimento ou agonia... qualquer das emoções como ódio, tristeza, amor, medo, alegria; a agonia e sofrimento de JESUS durante a crucifixão ou durante o período após a ultima Ceia. Paixão usualmente implica uma forte emoção que tem um efeito compelente ou irresistível." Paixão é uma palavra inclusiva. Conquanto originalmente ela tenha referência à tristeza, sofrimento, agonia, ela não se confina a esses significados nem às paixões da carne somente, mas inclui todas as emoções humanas como mencionado acima, tanto quanto a ira, tristeza, fome, piedade; inclui, de fato, todas as tentações que incitam os homens à ação. Tirar essas emoções do homem, isentá-lo de todas as tentações, resulta numa criatura menos que humana, uma espécie de não-homem, um homem sombra, uma não-entidade, à qual Markhan chama "um irmão do boi." As tentações são os ingredientes da construção do caráter da vida para o bem ou o mal, conforme o homem reaja a elas.
Se CRISTO fosse isento/imune das paixões da humanidade, Ele seria diferente dos outros homens, nenhum dos quais é assim imune. Tal ensino é trágico, e completamente contrário ao que os ASDs têm sempre ensinado e crido. CRISTO veio como um homem entre homens, não pedindo nenhum favor nem recebendo nenhuma consideração especial. De acordo com os termos do concerto, JESUS não deveria receber nenhuma ajuda de DEUS que não estivesse disponível a qualquer outro homem. Esta era uma condição necessária se Sua demonstração tivesse de ser de algum valor e Sua obra aceitável. O menor desvio dessa regra invalidaria o experimento, tornaria nulo o acordo, falto o concerto, e efetivamente destruiria toda esperança para o homem.
A acusação de Satanás tem sempre sido que DEUS é injusto ao requerer que os homens guardem a lei, e duplamente injusto em puni-los por não fazer o que não pode ser feito, e o que ninguém jamais fez. Sua reivindicação é que DEUS deve ao menos fazer uma demonstração para mostrar que pode ser feito, e feito sob as mesmas condições às quais os homens estão sujeitos. Noé, Jó, Abraão, Davi - todos foram bons homens, mas todos falharam em subir ao elevado padrão de DEUS. "Todos os homens pecaram", diz Paulo. Romanos 3:23.
DEUS não foi movido pelo desafio de Satanás; pois muito tempo antes, mesmo na eternidade, DEUS decidira sobre Seu curso de ação. De acordo, quando chegou a tempo, DEUS enviou Seu próprio Filho, na semelhança de carne pecaminosa, pelo pecado condenou o pecado na carne." Romanos 8:3. CRISTO não tolerou o pecado na carne; Ele condenou-o, e ao assim fazer, JESUS, além disso, reforçou a lei ao pagar a pena requerida pela transgressão dela, e suportou a inflição de sua pena ao pagar sua exigência; CRISTO estava então na posição de perdoar sem ser acusado de ignorar a lei ou de colocá-la de lado.
Quanto tornou-se evidente que DEUS intentava enviar Seu Filho e Nele demonstrar que o homem pode guardar a lei, Satanás sabia que isso constituiria a crise, e que ele precisava vencer a CRISTO ou perecer. Uma coisa grandemente o preocupava: Haveria de CRISTO vir a esta terra como um homem, com as limitações, fraquezas e enfermidades que os homens têm trazido sobre eles devido aos excessos? Se assim fosse, Satanás cria que ele poderia vencer a JESUS. Se DEUS devesse isentá-Lo das paixões que corrompem os descendentes naturais de Adão, Satanás poderia reclamar que DEUS estava fazendo favoritismo, e que o teste era inválido. Nas seguintes citações do Espírito de Profecia temos a resposta de DEUS:
"DEUS permitiu a Seu Filho vir, como um bebê carente, sujeito às fraquezas da humanidade. Ele Lhe permitiu enfrentar os perigos da vida em comum com cada alma humana, lutar a batalha que todo filho da humanidade deve lutar, ao risco de falha e perda eterna." O Desejado, 49.
"Muitos reclamam que era impossível para CRISTO ser vencido pela tentação. Então Ele não poderia ter sido colocado na posição de Adão... nosso Salvador tomou a humanidade com todas as suas responsabilidades. Ele tomou a natureza de Adão com a possibilidade de ceder à tentação." O Desejado, 117.
"As tentações às quais CRISTO estava sujeito eram uma terrível realidade. Como um agente livre JESUS foi colocado em provação com a liberdade de ceder às tentações de Satanás e operar em oposição a DEUS. Se assim não fosse, se não fosse possível que CRISTO caísse, Ele não poderia ter sido tentado em todos os pontos como a família humana é tentada." The Youth's Instructor, 26-10-1899.
"Quando Adão foi assaltado pelo tentador, nenhum dos efeitos do pecado estavam sobre ele. Adão permaneceu na força da perfeita varonilidade, possuindo o pleno vigor de mente e corpo... Não foi assim com JESUS quando entrou no deserto para lutar com Satanás. Por quatro mil anos a raça humana tinha estado decrescendo em força física, em poder mental, em valor moral; e CRISTO tomou sobre Si as enfermidades da humanidade degenerada. Somente assim poderia JESUS resgatar o homem das mais baixas profundezas de sua degradação." O Desejado, 117.
"CRISTO venceu a Satanás na mesma natureza sobre a qual Satanás obteve a vitória sobre o homem. O inimigo foi vencido por CRISTO em Sua natureza humana. O poder da divindade do Salvador foi escondido. Ele venceu na natureza humana, dependendo de DEUS para ter força. Este é o privilégio de todos." The Youth's Instructor, 25-04-1901.
"Cartas têm-me chegado, afirmando que CRISTO não podia ter tido a mesma natureza como o homem, pois se o tivesse, JESUS teria caído sob tentações similares. Se JESUS não tivesse a natureza do homem, Ele não poderia ser nosso exemplo. Se JESUS não fosse participante de nossa natureza, Ele não poderia ser tentado como tem sido o homem. Se não fosse possível JESUS ceder às tentações, Ele não poderia ser nosso ajudador. Foi uma solene realidade que CRISTO veio para lutar a batalha como o homem, em favor do homem. Sua tentação e vitória nos dizem que a humanidade precisa copiar o Padrão; os homens devem tornar-se participantes da natureza divina." R&H, 18-02-1890.
"CRISTO portou os pecados e enfermidades da raça como ela existia quanto Ele veio à terra para ajudar o homem... JESUS tomou a natureza humana, e suportou as enfermidades da raça degenerada." As Tentações de CRISTO, 30,31.
Se CRISTO fosse isento de paixões, Ele seria incapaz de entender ou de ajudar a humanidade. Portanto, cumpria-Lhe "em todas as coisas ser feito como Seus irmãos, para que pudesse ser um misericordioso e fiel sumo sacerdote... pois naquilo que Ele mesmo sofreu, sendo tentado, é capaz de socorrer os que são tentados." Hebreus 2:17,18.
Um Salvador que nunca foi tentado, que nunca teve de batalhar com as paixões, que nunca "ofereceu orações e súplicas com fortes brados e lágrimas a DEUS que era capaz de salvá-Lo da morte", que "embora fosse um Filho" nunca aprendeu a obediência pelas coisas que sofreu, mas que foi "isento" das próprias coisas que um verdadeiro Salvador deve experimentar: tal Salvador é o que essa nova teologia nos oferece. Não é o tipo de Salvador que eu preciso, nem o mundo. Um que nunca lutou com as paixões não pode ter conhecimento do poder delas, nem nunca teve a alegria de sobrepujá-las.
Se DEUS estendesse favores especiais e isenções a CRISTO, neste próprio ato DEUS O desqualificaria para Sua obra. Não pode haver heresia mais prejudicial do que esta aqui discutida. Ela afasta o Salvador que tenho conhecido e substitui por Ele uma personalidade fraca, não considerada por DEUS capaz de resistir e conquistar as paixões que DEUS pede ao homem para vencer.
É, de certo, patente para todos, que ninguém pode reivindicar crer nos Testemunhos e também crer na nova teologia de que CRISTO foi imune às paixões humanas. É uma coisa ou outra. A denominação adventista é agora chamada a decidir. Aceitar os ensinos do livro Questions on Doctrine necessita abdicar da fé do dom de profecia que DEUS tem dado a este povo.
Alguma História
Pode interessar ao
leitor conhecer como essas novas doutrinas vieram a ser aceitas pelos líderes
da IASD, e como foram incluídas no livro Questions on Doctrine, e assim
receberam posição oficial.A questão da natureza de CRISTO enquanto em carne é um dos pilares fundamentais do cristianismo. Nessa doutrina se apóia a salvação do homem. O apóstolo João a torna um fator decisivo ao dizer, "Todo espírito que confessa que JESUS CRISTO veio em carne, é de DEUS. E todo espírito que não confessa que JESUS CRISTO veio em carne, não é de DEUS."I João 4: 2,3.
Em que tipo de carne veio JESUS a esta terra? Repetimos uma citação dada acima: "CRISTO tomou sobre Si as enfermidades da humanidade degenerada. Somente assim poderia Ele resgatar o homem das mais baixas profundezas da degradação humana." O Desejado, 117.
Somente enquanto CRISTO colocou-Se no nível da humanidade que Ele tinha vindo salvar, podia JESUS demonstrar ao homem como vencer suas paixões e debilidades. Se os homens com os quais Ele se associou tivessem entendido que JESUS era isento das paixões com as quais eles tinham de lutar, Sua influência teria sido destruída e Ele seria considerado como um enganador. Sua declaração, "Eu venci o mundo,"(João 16:33) seria aceita como uma jactância desonesta; pois sem paixões JESUS nada tinha a vencer. Sua promessa "ao que vencer, lhe concederei que se assente Comigo no Meu trono, assim como Eu venci e Me assentei com Meu Pai no Seu trono" (Apocalipse 3:21), enfrentaria a reivindicação de que se DEUS os isentasse das paixões, eles também poderiam fazer o que CRISTO fez.
Que DEUS isentou a CRISTO das paixões que corrompem os homens, é o auge da heresia. É a destruição de toda verdadeira religião e nulifica completamente o plano da redenção, e torna DEUS um enganador e CRISTO Seu cúmplice. Grande responsabilidade repousa sobre os que ensinam tais falsas doutrinas para destruição das almas. A verdade, evidentemente, é que DEUS, "não poupou Seu próprio Filho, mas no-Lo entregou" (Romanos 8:32); além disso, porque a natureza de CRISTO era sensível à menor desconsideração ou desrespeito ou desdém, Suas provas eram mais árduas e Suas tentações mais fortes do que qualquer um tem de suportar. JESUS resistiu "mesmo até o sangue." Não, DEUS não O poupou ou O isentou. Em Sua agonia JESUS "ofereceu orações e súplicas com fortes clamores e lágrimas para DEUS que era capaz de salvá-Lo da morte, e foi ouvido naquilo que temia."Hebreus 5:7. "Embora fosse o Filho, ainda aprendeu Ele a obediência pelas coisas que sofreu." Verso 8.
Em vista de tudo isso, repetimos a pergunta: Como essa doutrina que desonra a DEUS teve seu curso dentro desta organização adventista? Foi ela o resultado de íntimo e fervoroso estudo por homens competentes durante uma série de anos, e foram as conclusões finais submetidas à denominação em reunião pública representativa, anunciada de antemão na Review, dando os detalhes de que mudanças eram contempladas, como a denominação votou, de acordo com o procedimento apropriado? Nenhuma dessas coisas foi feita. Um livro anônimo apareceu, e os homens foram julgados e os freios foram aplicados sobre qualquer um que objetasse.
Eis aqui a história de como essas novas doutrinas acharam seu caminho para dentro da denominação adventista, conforme relatado pelo Dr. Donald Grey Barnhouse, editor da revista religiosa Eternity, em setembro de 1956, no artigo entitulado "São os Adventistas do Sétimo Dia Cristãos? Com permissão citamos desse artigo. Podemos dizer que o Dr. Barnhouse nos adverte que o conteúdo inteiro do artigo foi submetido aos líderes adventistas da Conferência Geral para aprovação antes da publicação. O fato que esse relatório foi publicado há três anos [1956 para 1959], e nenhuma correção ou protesto foi exarado por nossos líderes, fortemente mostra que eles aceitam a veracidade do artigo.
O Dr. Barnhouse relata que "há pouco menos de dois anos foi decidido que o Dr. Martin deveria realizar pesquisa em relação ao adventismo do sétimo dia." O Dr. Walter R. Martin era na ocasião um candidato ao grau de Doutor de Filosofia na Universidade de Nova Iorque e estava ligado também ao conselho editorial da revista Ministry. Desejando conseguir informação de primeira mão e confiável, o Sr. Martin foi a Washington à sede dos adventistas onde ele contatou com alguns líderes. "A resposta foi imediata e entusiástica."
O Sr. Martin "imediatamente... percebeu que os adventistas estavam energicamente negando certas posições doutrinárias que antes eram-lhes atribuída. Principalmente entre essas estavam a questão da marca da besta, e da natureza de CRISTO enquanto em carne." O Sr. Martin apontou-lhes que na livraria adventista anexa ao edifício em que essas reuniões estavam ocorrendo, um certo volume publicado por eles e escrito por um de seus ministros categoricamente afirmava o contrário do que eles estavam agora declarando. Os líderes mandaram buscar o livro e descobriram que o Sr. Martin estava correto, e imediatamente levaram esse fato à atenção dos oficiais da Conferência Geral, que a situação tinha de ser remediada e que tais publicações tinham de ser corrigidas."
Aquilo era concernente particularmente sobre a doutrina da marca da besta, uma das doutrinas fundamentais da igreja adventista mantida desde os seus primórdios. Quando os líderes descobriram que o Sr. Martin estava certo, eles sugeriram aos oficiais que a situação fosse "remediada e tais publicações corrigidas." Isso foi feito. Não fomos informados sobre quais publicações foram assim "remediadas e corrigidas", nem se os autores foram notificados antes de as mudanças serem feitas; nem se o comitê editorial devidamente apontado fora consultado; nem se os editores do livro ou se a casa de publicação estavam concordes com as mudanças.
Sabemos, contudo, que na Lição da Escola Sabatina do segundo trimestre de 1958, que trata do livro do Apocalipse, capítulo após capítulo, o 13º capítulo que discute a marca da besta foi inteiramente omitido. O capítulo 12 estava lá, assim como o 14, mas não havia o capítulo 13. As licões da Escola Sabatina haviam sido evidentemente "remediadas e corrigidas."
É certamente incômodo quando um ministro de outra denominação tem bastante influência com nossos líderes para fazê-los corrigir nossa teologia, e efetuar uma mudança nos ensinos da denominação, numa doutrina mais vital da igreja, e mesmo invadir as lições da Escola Sabatina do mundo e retirar dela importantes lições do Apocalipse 13. Para nossos líderes aceitarem isto é equivalente a uma abdicação de sua liderança.
O mesmo
Procedimento
Mas isto não é
tudo. O Dr. Barnhouse relata que o mesmo procedimento foi repetido com relação
à natureza de CRISTO enquanto na carne, assunto com o qual estivemos tratando.
Nossos líderes asseguraram ao Sr. Martin que "a maioria da denominação tem
sempre mantido que a natureza de CRISTO enquanto em carne era sem pecado,
santa, e perfeita, a despeito do fato de alguns dos escritores adventistas
terem ocasionalmente publicado pontos de vistas contrários completamente
repugnantes à igreja como um todo."Se nossos líderes falaram isso ao Sr. Martin, eles disseram a maior inverdade possível. Pois a denominação jamais manteve qualquer outro ponto de vista que o expresso pela Sra. White nas citações usadas neste artigo. Desafiamos nossos líderes, ou qualquer pessoa, a apresentar prova da afirmação deles. Quão grosseiramente inverídica é a declaração de que certos escritores adventistas publicam pontos de vista "completamente repugnantes à igreja como um todo." A Sra. White foi uma dessas escritoras que "publicou." Ouvi também o que nosso livro padrão, Bible Readings for the Home Circle [Estudos Bíblicos, em português], vendido ao público aos milhões, tem a dizer sobre o assunto. Tenho diante de mim duas cópias, uma da Pacific Press, de
"Em Sua humanidade CRISTO participou de nossa pecaminosa natureza caída. Se assim não fosse, então, Ele não teria sido feito 'como Seus irmãos', não fora 'em todos os pontos tentado como nós somos,' não vencera como temos de vencer, e não é, portanto, o completo e perfeito Salvador que o homem precisa e deve ter para ser salvo. A idéia de que CRISTO foi nascido de uma mãe imaculada e sem pecado (os protestantes não reivindicam isto para a virgem Maria, [mas os católicos sim]), que não herdou tendências para o pecado, e que por isto não pecou, remove JESUS do mundo caído, e do próprio lugar onde a ajuda é necessária. Em Seu lado humano, CRISTO herdou exatamente o que todo filho de Adão herda - uma natureza pecaminosa, caída. Do lado divino, desde a Sua própria concepção JESUS foi gerado e nascido do ESPÍRITO. E isto foi feito para colocar a humanidade em posição vantajosa, e para demonstrar que do mesmo modo que todos os que são 'nascidos do ESPÍRITO' podem ganhar semelhante vitória sobre o pecado em sua própria carne pecaminosa. Assim cada um deve vencer como CRISTO venceu (Apocalipse 3:21). Sem este nascimento não pode haver vitória sobre a tentação, e nenhuma salvação do pecado (João 3:3-7)." Bible Readings, pág. 21.
Em explanação de como há escritores adventistas que publicam seus pontos de vista, nossos líderes disseram ao Sr. Martin que "eles tinham entre seu número certos membros de sua 'margem lunática', tanto como há similares excêntricos irresponsáveis em todo campo do cristianismo fundamental." Penso que isto é ir muito longe. A Sra. White não pertence a essa "orla lunática" que publica, nem os autores de Bible Readings. Nossos líderes precisam pedir a mais humilde desculpa à denominação por tal calúnia sobre seus membros. É quase inaceitável que eles tivessem feito tais declarações. Mas a acusação tem estado publicada há aproximadamente três anos, e não houve nenhum protesto de qualquer tipo. Estou humilhado de que tais acusações tenham sido feitas, e mesmo mais assim que nossos líderes estejam completamente endurecidos em sua atitude para com elas.
Para que o leitor possa ver por si mesmo o relatório original do Dr. Barnhouse, eu anexo uma cópia da reimpressão, "São os Adventistas do Sétimo Dia Cristãos?" Este não é o relatório completo, mas apenas aquela parte que se relaciona às questões aqui discutidas. Mais tarde apresentaremos outros extratos.
"Pouco menos de dois anos atrás foi decidido que o Sr. Martin devia realizar pesquisa em relação ao adventista do sétimo dia. Contatamos com os adventistas, dizendo que desejávamos tratá-los com justiça e apreciaríamos a oportunidade de entrevistar alguns de seus líderes. A resposta foi imediata e entusiástica.
"O Sr. Martin foi a Takoma Park, Washington, D.C., na direção do movimento adventista do sétimo dia. De início os dois grupos olharam-se com grande suspeita. O Sr. Martin tinha lido uma vasta quantidade de literatura adventista e os apresentou uma série de aproximadamente 40 perguntas concernentes à posição teológica dos adventistas. Numa segunda visita foi-lhe apresentado várias páginas de detalhadas respostas teológicas àquelas perguntas. Imediatamente foi percebido que os adventistas estavam ardorosamente negando certas posições doutrinárias que lhes haviam sido previamente atribuídas. Conforme o Sr. Martin lia suas respostas ele chegou, por exemplo, na declaração que eles repudiavam absolutamente o pensamento que a guarda do sábado do sétimo dia fosse uma base para salvação e uma negação de qualquer ensino que a guarda do primeiro dia da semana (domingo) fosse considerada ser o recebimento da anti-cristã 'marca da besta'. Ele lhes assinalou que na livraria anexa ao prédio onde se realizava as reuniões, um certo livro publicado por eles e escrito por seus ministros, categoricamente declarava o contrário do que estavam afirmando. Os líderes mandaram buscar o livro, descobriram que o Sr. Martin estava certo, e imediatamente levaram este fato à atenção dos oficiais da Conferência Geral, que essa situação tinha de ser remediada e tais publicações corrigidas. Este mesmo procedimento foi repetido com relação à natureza de CRISTO enquanto em carne, que a maioria da denominação tem sempre mantido ser sem pecado, santa, e perfeita, a despeito do fato de que certos de seus escritores terem ocasionamente publicado pontos de vista contrários, completamente repugnantes para a igreja como um todo. Eles além disso explicaram ao Sr. Martin que tinham entre eles certos membros de sua 'orla lunática', assim como há excêntricos irresponsáveis em todo campo do cristianismo fundamental. Essa ação dos ASD foi indicativa de passos similares que foram tomados, subseqüentemente.
"O livro do Sr. Martin sobre o adventismo do sétimo dia aparecerá na imprensa em poucos meses. Ele terá um prefácio dos líderes responsáveis da IASD para o efeito de que não sejam mal citados no volume e que as áreas de acordo e desacordo, como expostas pelo Sr. Martin, sejam acuradas do ponto de vista deles, tanto quanto de nosso ponto de vista evangélico. Todas as referências do Sr. Martin a um novo livro adventista sobre suas crenças serão da prova de página do livro deles (Questions on Doctrine), que aparecerá publicado simultaneamente com o livro do Sr. Martin. Doravante qualquer crítica justa do movimento adventista deve referir-se a essas publicações simultâneas."
"A posição dos adventistas parece a alguns de nós em certos casos ser uma nova posição; aos ASD poder ser meramente a posição do grupo majoritário da sã liderança que está determinada a colocar um freio em qualquer membro que busque manter velhos pontos de vista divergentes daqueles da liderança responsável da denominação adventista.
"Para evitar acusações que contra eles foram apresentadas pelos evangélicos, os adventistas já tinham feito arranjos para que o programa da Voz da Profecia e a revista Signs of the Times, seu maior periódico, fossem identificados como apresentações da IASD."
Ao encerrar este artigo, quero reenfatizar certos fatos salientes:
1 - Questions on Doctrine, pág. 383, declara que CRISTO foi isento. O Espírito de Profecia torna claro que CRISTO não foi isento das tentações e paixões que afligem os homens. Qualquer um que aceite a nova teologia deve rejeitar os Testemunhos. Não há outra escolha.
2 - O Sr. Martin foi o instrumento em ter mudado nossos ensinos sobre a natureza de CRISTO na carne e a marca da besta. Mudanças similares foram feitas em outros livros, mas não estamos informados que mudanças são.
3 - Nossos líderes prometeram não fazer proselitismo. Isto efetivamente interromperá nossa obra para o mundo. E prometeram relatar ao Sr. Martin aqueles que transgredirem.
4 - Fomos ameaçados de ter freios aplicados aos que deixarem de crer e seguir os líderes. Tais pessoas são caracterizadas como "excêntricos irresponsáveis e são ditas constituírem a "margem lunática".
5 - Estamos estarrecidos ao saber que de algum modo esses clérigos evangélicos têm tido influência bastante com nossos líderes para fazer que a Voz da Profecia e Signs of the Times aprestem suas velas para "evitar as acusações que têm sido trazidas contra elas pelos evangélicos." Isto é notícia terrificante. Esses órgãos são instrumentos de DEUS, e é inacreditável que os líderes devam permitir qualquer influência externa afete esses veículos. Nisto um grande pecado contra a denominação adventista foi cometido que só pode ser apagado mediante profundo arrependimento das partes culpadas, ou em vez disso, que tais líderes envolvidos quietamente resignem de seus ofícios.
Nossos membros estão largamente desapercebidos das condições existentes, e todo esforço está sendo feito para mantê-los
Sete vezes pedi audiência, e foi-me prometida uma, mas somente na condição que eu me encontrasse privadamente com certos homens, e que nenhum registro fosse feito da ata de reunião. Pedi um audiência pública, ou se fosse privada, que uma gravação fosse feita, e que me fosse dada uma cópia. Isto me foi negado. Como não posso ter essa audiência, estou escrevendo estas mensagens que contêm e conterão, o que eu teria dito em tal audiência. Pode o leitor suspeitar a razão por que os oficiais não querem a audiência que pedi?
Sou um adventista do sétimo dia, e amo esta mensagem que tenho pregado por tanto tempo. Entristeço-me profundamente quando vejo os pilares fundamentais serem destruídos, abandonados, as verdades abençoadas que nos fizeram o que somos.
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Carta 3 -
Depreciando a Sra. White
Na década de
Para eles, uma igreja cristã é considerada seita, quando baseia suas doutrinas na Bíblia e em algum outro livro, como é o caso dos Mórmons e também a IASD que baseia suas doutrinas na Bíblia e no Espírito de Profecia de E. G. White, enquanto os protestantes e evangélicos só aceitam a Bíblia como única regra de fé e prática.
Para não ser considerada seita, a IASD deveria mudar certas doutrinas fundamentais apoiadas pelo Espírito de Profecia de Ellen G. White, ou seja, rebaixar os escritos da Irmã White. Dentre essas doutrinas fundamentais está a doutrina do santuário e da expiação. Os protestantes e evangélicos não aceitam a doutrina do santuário, e para eles a expiação completou-se na cruz. Para os adventistas a doutrina do santuário é fundamental e a expiação não se completou na cruz, mas continuou a ser feita por JESUS no santuário celestial, ao oferecer o Seu sangue em benefício do pecador. É sobre este assunto que trata esse artigo do Pr. Andreasen.
Para minha surpresa a sala ficou bem cheia. Como as pessoas mostraram interesse no assunto, decidi fazer outra palestra à noite. Prontamente um homem bem-vestido levantou-se na audiência, apresentou-se como um pastor temporário da única igreja da cidade, e me convidou para ir a sua igreja e falar à noite. Relembrei-lhe sobre meu assunto, mas ele disse que o assunto era satisfatório e eu poderia ir falar sobre adventismo. Agradeci e aceitei o convite.
Após a reunião daquela noite ele me disse que ele quase se arrependera por ter-me convidado. "Quando te ouvi esta tarde", ele disse, "pensei que tu fosses um homem inteligente. Agora sei que não és."
- "O que te fez mudar de idéia?" perguntei-lhe.
- "Disseste que acreditas no Gênesis," ele respondeu.
- "Tu não acreditas?
- "Claro que não. Nenhum homem inteligente crê na história da criação de Gênesis."
- "Então não acreditas no Velho Testamento?"
- "Nenhum homem inteligente acredita."
- "Crês no Novo Testamento?"
- "Bem, sim, há muitas coisas boas ali. Mas quanto a Paulo, eu retiro a linha. Ele é a causa de todas as nossas dificuldades."
- "E sobre CRISTO?"
- "Bom homem, muito bom homem. Claro que Ele tinha Suas faltas. Mas Ele foi um bom homem."
- "Tu não és um ministro?"
- "Sim, de certo modo. Sou presidente do Seminário .................. . Estou aqui de férias e estou substituindo temporariamente o pastor aqui na cidade, um de meus antigos alunos."
Aquilo nos conduziu a uma conversação que durou grande parte da noite e foi-me muito esclarecedora. Eu estava algo familiarizado com seu Seminário, e um de meus professores estava assistindo a algumas aulas lá.
- "Ensinas aos teus alunos o que me disseste hoje à noite?" perguntei.
- "Sim, e muito mais," ele respondeu.
- "E teus alunos falam às suas congregações?"
- "Oh, à minha não! Isso nunca faria. As pessoas não estão preparadas para isso. Elas são mais conservadoras que os pregadores. Tens que agir vagarosamente com elas."
Esse episódio me veio à mente enquanto tenho considerado a situação de nossa denominação nos últimos anos. Tenho estado inquieto desde que ouvi que nossos líderes estiveram negociando com os evangélicos; mas tenho esperado que a lisonja de nossa igreja ser contada entre as igrejas estabelecidas como sendo uma delas não empolgasse nossos homens. Temos ouvido muitos sermões sobre o texto, "O povo habitará sozinho, e não será contado entre as nações," para sermos enganados. Números 23:9. Como as negociações foram consideradas muito secretas, foi há pouco tempo que alguma notícia vazou. Quando vazou, foi perturbadora. Washington forneceu pouca informação, e todos os outros me informaram que nada tinham a dizer. Parecia aparente, contudo, que nossos líderes estavam sendo influenciados e passos estavam sendo tomados que seria difícil retroceder.
A primeira notícia autêntica não veio dos líderes ou através de nossas revistas, mas de publicação evangélica datada de setembro de 1956, que publicava uma edição especial, relatando o que ocorrera. Aquele relato era tão inacreditável que hesitamos em dar-lhe crédito. Estávamos certos que aquilo que relatava nunca ocorrera e que nossos líderes prontamente publicariam uma contestação. Esperamos um ano, esperamos dois anos. Mas até hoje (1959), nenhum protesto ou negação foi emitido. Relutantemente, precisamos, portanto, aceitar o relatório como verdadeiro. Consideremos a situação como se desenvolve.
Nossas Publicações
Principais
Quando leio a Review
de semana em semana, encontro artigos geralmente úteis. Os colabores citam
livremente do Espírito de Profecia, como fazem os editores e escritores
principais. Há ocasiões em que não concordo com certas posições que considero
incorretas, mas isto não é freqüente. Há algumas vezes relatórios que sugerem
jactância, e outras vezes muita ênfase é dada às estatísticas. Mas aprendi a
não levar muito a sério alguns assuntos menores. Leio a Review [Revista
Adventista, em inglês] com confiança; eu a aprecio. Posso dizer o mesmo da Signs
of the Times.Mas não da revista Ministry [O Ministério], nossa revista ministerial. Os artigos gerais são da mesma espécie e qualidade da Review, mas nem sempre é assim com artigos especiais e editoriais. Então devo ler cuidadosamente e criticamente. ds vezes eles contêm o que considero heresia e perversões perigosas da verdade. Isto pode parecer uma séria acusação. E é assim pretendido. Posso melhor ilustrar o que tenho em mente ao apresentar um exemplo concreto.
O Ministério
Nos últimos anos
tem havido uma mudança definida de ênfase na revista Ministry [o editor
da época era Roy Alan Anderson], e não para melhor. Esta mudança coincide com o
período no qual nossos líderes estiveram em íntimo contato e acordo com os evangélicos.
A tendência estava em evidência antes, mas agora tem florescido. Como um
exemplo disso, chamarei atenção ao artigo de fevereiro de 1957 [do Pr. Leroy
Froom] intitulado, "A Aplicação Sacerdotal do Ato de Expiação". Ele
reivindica que "é o entendimento adventista da expiação, confirmado e
ilustrado e clarificado pelo Espírito de Profecia." Como não foi rejeitado
ou protestado, podemos justamente concluir que é aprovado oficialmente.
A Expiação
O autor presta um
certo tributo ao "magnífico transparente", o Espírito de Profecia,
então declara que a expiação "...Não é, de um lado, limitada apenas à
morte sacrifical de CRISTO sobre a cruz. Por outro lado, não está ela confinada
ao ministério de nosso Sumo Sacerdote celestial no santuário acima, no dia antitípico
da expiação, ou hora do julgamento de DEUS, como alguns de nossos precursores
de início erroneamente pensavam e escreveram." O autor realça o fato que o
Espírito de Profecia claramente ensina que ambos esses aspectos estão
incluídos, "um aspecto sendo incompleto sem o outro, e cada um sendo o
indispensável complemento do outro." Ministry, fevereiro de 1957,
pág. 9. Isto é, ambos a morte na cruz e o ministério no segundo compartimento
são necessários à expiação. Com isto, estamos de pleno acordo. A morte foi uma
parte necessária da expiação. Uma é incompleta sem a outra.Este ponto deve ser notado, pois poucas sentenças adiante o autor dirá que a morte na cruz é completa em si mesma; citando: "O ato sacrifical na cruz é uma expiação completa, perfeita e final para o pecado do homem." pág. 10. Depois de primeiro ter dito que a morte sacrifical foi incompleta, ele agora diz que é completa, perfeita e final. Ele não considera a morte meramente como uma expiação parcial, mas uma expiação completa e perfeita e final. Com isto não concordamos. As duas declarações são irreconciliáveis.
Isso é mais do que meramente um infeliz fraseado. Enquanto no parágrafo próximo o autor dá louvores à necessidade de ministração no santuário acima, ele deixa fora todos os aspectos essenciais da expiação e omite as datas que são essenciais ao conceito adventista da expiação, as quais justificam nossa existência como um povo nomeado com mensagem para o mundo neste tempo.
Em sua explanação da obra de CRISTO no santuário, ele não se refere nem menciona Daniel 8:14: "Então o santuário será purificado." Sem este texto, a obra de CRISTO no santuário torna-se sem significado. Ele não menciona o ano
Uma Compilação
Abrangente
Em Questions on
Doctrine [livro forjado por Leroy Froom e Roy Alan Anderson, publicado em 1957,
que contém mudanças doutrinárias para agradar os evangélicos, a fim de que a
IASD não mais fosse considerada como seita], a começar na página 661, há uma
seção C consistindo de coleções dos escritos da Irmã White sobre o assunto da
expiação, trinta páginas ao todo. Reivindica ser uma "abrangente
compilação" dos ensinos da Irmã White sobre a expiação. Do uso da palavra
"abrangente" eu esperava encontrar uma coleção completa e extensiva.
Mas ao consultar esse material, fiquei desapontado por sua escassez e
parcialidade. Achei-o ser uma coleção insuficiente e incompleta, deixando fora
numerosas citações, sendo apenas uma pequena compilação, não uma abrangente,
como diz o autor. E bastante estranho, as citações que foram omitidas eram
aquelas que não deveriam ser omitidas.Primeiro de tudo, eu queria saber o que a Irmã White tinha a dizer da data de 1844, que é o "ano da crise". Eu queria saber se 1844 tinha alguma coisa particular a ver com a expiação, ou se podia seguramente ser deixado fora. Descobri que o autor a omitiu. Assim procurei por outras citações, nenhuma das quais achei na compilação. Procurei pela declaração: "Ao término dos 2300 dias em 1844... nosso grande Sumo Sacerdote... entra no lugar santíssimo, e ali aparece na presença de DEUS, para... realizar a obra do juízo investigativo, e fazer uma expiação por todos que se mostraram habilitados aos seus benefícios." Isto é dito ser o "grande dia da expiação final." O Grande Conflito, 480.
Pesquisei por essa importante declaração na compilação abrangente, mas não estava lá. Procurei pela afirmação paralela: "... ao término dos 2300 dias em 1844, CRISTO estou no lugar santíssimo do santuário celestial para executar a obra de encerramento da expiação, preparatória para Sua vinda." Ibidem, pág. 442. Não a encontrei. Procurei por esta declaração: "...este é o serviço que começou quando os 2300 dias findaram. Nessa ocasião, como predito por Daniel o profeta, nosso Sumo Sacerdote entrou no santíssimo, para realizar a última divisão de Sua solene obra - para purificar o santuário." Não pude achá-la. Procurei pela declaração: "O fim dos 2300 dias em 1844 marcou uma crise importante." Ibidem, pág. 429. Não a encontrei. Procurei por outras declarações, tais como: "A obra sagrada de CRISTO que prossegue no tempo presente no santuário celestial", "...a obra expiatória de CRISTO está agora em progresso no santuário celestial," "Hoje Ele está fazendo expiação diante do Pai." Testimonies, vol 5, 520; White Board Minutes, pág. 1483; Mss. 21, 1895, citado em Ministry, fevereiro de 1957, pág. 30. Não achei nenhuma dessas.
De início pensei que esse livro, Questions on Doctrine, não tivesse espaço para esses textos, nem tivesse a revista Ministry. Mas tive de abandonar essa idéia quando observei que fora apenas um tipo particular de declarações que fora omitido. As citações omitidas todas agrupadas sobre a importante data crise, 1844, o juízo investigativo, a entrada de CRISTO no lugar santíssimo para a expiação final; Sua realização da expiação agora; Sua execução da expiação "hoje diante do Pai." Essas são as declarações que o Dr. Barnhouse ridicularizou e que ele disse que nossos líderes tinham "totalmente repudiado." [É que os evangélicos não aceitam nossa doutrina do santuário.] Barnhouse também zombara da experiência de Hiram Edson no milharal, e chamou o juízo investigativo não somente de uma "idéia peculiar", mas de "idéia humana atrevida", de fato "o mais colossal, psicológico, descarado fenômeno da história religiosa." Eternity Extra, setembro de 1956, pág. 3,4. E agora encontramos todas essas declarações da Sra. White, ofensivas aos evangélicos, deixadas fora da "compilação abrangente" de Froom. Pode isto ser mera coincidência?
Ponderamos que efeito o ridículo dos evangélicos tiveram sobre nossos líderes e sobre o autor (Leroy Froom) do artigo do Ministry, que estamos discutindo. Uma coisa que impediu nossos homens de irem ao mar, de corpo e alma, para os evangélicos, foi, sem dúvida, os escritos da Sra. White. Ela é muito enfática sobre a questão do santuário, e não seria fácil converter nosso povo para o novo ponto de vista, enquanto nosso povo tiver os Testemunhos para sustentá-los na antiga posição. A fé de nosso povo no Espírito de Profecia precisa ser enfraquecida, ou melhor ainda, destruída, antes que muito progresso possa ser feito para levá-los ao novo ponto de vista. O artigo no Ministry serve bem para esse propósito.
Foi o próprio editor do Ministry [R.A. Anderson], que em sua pesquisa "tinha se tornado agudamente ciente das declarações de Ellen G. White, as quais indicam que a obra expiatória de CRISTO está agora em progresso no santuário celestial." White Minutes, pág. 1483. Isto em absoluto não se adapta com o novo ponto de vista de que a expiação foi feita na cruz, e assim ele sugeriu que notas de rodapé e apêndices deveriam aparecer em alguns dos livros de Ellen G. White esclarecendo muito largamente nas palavras de Ellen G. White nosso entendimento das várias fases da obra expiatória de CRISTO. Ibidem. E Roy Alan Anderson sugeriu pressa na "preparação e inclusão de tais notas nas futuras publicações dos livros de Ellen G. White." Quando o plano tornou-se conhecido, foi abandonado. O autor do artigo (Froom) na revista Ministry de fevereiro de 1957, então assumiu e teve o artigo publicado, o qual estamos considerando.
Nem um Único Caso
O autor (Froom) faz
esta pergunta, "Por que, nos primeiros dias, à luz de tudo isto, a Sra.
White não apontou e corrigiu os conceitos limitados e algumas vezes errôneos de
alguns de nossos primeiros escritores sobre a expiação? E por que emprega ela
algumas das frases restritivas deles sem contrastar, na ocasião, seu próprio
significado mais amplo, mais verdadeiro ao utilizá-los?" Ministry,
fevereiro de 1957, pág. 11.Este era o dilema: Froom reivindica que alguns de nossos primeiros escritores tinham conceitos errados sobre a expiação. [Nota-se aqui a intenção de rebaixar nossos pioneiros, como também a Sra. White.] A Sra. White não os corrigiu, mas mesmo usou algumas das frases limitadas deles próprios. Como poderia isto ser explicado? A resposta, que o autor dá, é a mais surpreendente e estarrecedora resposta que jamais foi dada a tal pergunta. Lede isto:
"Em resposta: é essencial que primeiro relembremos deste fato básico: Nenhuma verdade doutrinária ou interpretação profética jamais veio a este povo inicialmente através do Espírito de Profecia - nem um único caso." (Ênfase de Froom).
Lede essas palavras novamente. E tende em mente que esse é um artigo que reivindica dar o verdadeiro significado da expiação, a interpretação oficial; o artigo não foi mudado ou se retratado. Ele permanece. [E editor na ocasião da revista Ministry era Roy Alan Anderson, o mesmo que com Leroy Froom forjaram o livro Questions on Doctrine, publicado em 1957, para agradar os evangélicos. Por isto, ambos, autor (Froom) e editor (Anderson) estavam de acordo com a aberração.]
Essas são palavras em negrito, palavras quase inacreditáveis, e finalmente palavras inverídicas. Afirmar que a Sra. White nunca, em nenhum único caso, contribuiu inicialmente para qualquer verdade doutrinária ou interpretação profética não será acreditado por milhares e milhões de leitores dela que têm todos se beneficiado dos escritos dela. [Essa mentira que a Sra. White não teve participação no estabelecimento das doutrinas adventistas básicas e interpretações proféticas, mas que estas foram todas definidas pelos pioneiros, sem a participação dela, vem sendo ensinada, desde a década de 1950, para os teologandos e professores adventistas e estes para aos membros até hoje.]
Eu mesmo, tenho sido grandemente ajudado e instruído pelos ensinos doutrinários e interpretação profética da Sra. White. Mesmo o próprio autor (Froom), que na página 11 do Ministry, de fevereiro de 1957, diz "Somos fundamentalmente protestantes, tomando a Bíblia somente como nossa única regra de fé e prática," numa carta assinada no mês seguinte afirma, "tomo os ensinos totais do Espírito de Profecia sobre um dado assunto como sendo o ensino autorizado adventista do sétimo dia." Não fortalece a fé ter um escritor dizendo publicamente, "A Bíblia e a Bíblia somente," e privadamente negando-o. Uma afirmação é evidentemente feita ao mundo para eles acreditarem; a outra ao nosso povo para aquietar seus temores. Alguma explicação é devida.
[Para os protestantes e evangélicos vale "A Bíblia e a Bíblia somente como nossa única regra de fé e prática", mas para os verdadeiros adventistas vale "A Bíblia e o Espírito de Profecia somente como nossa única regra de fé e prática."]
O leitor terá notado que o autor não diz que a Irmã White nunca contribuiu para qualquer verdade doutrinária ou interpretação profética. Ele diz que ela nunca contribuiu com nada inicialmente, isto é, ela nunca fez nenhuma contribuição original. Ela conseguiu aquilo de alguém mais, ela "o plagiou". Nossos inimigos têm feito essa afirmação por anos, mas nunca pensei que tal coisa seria anunciada a todo o mundo com o consentimento dos líderes. Mas eis aí. Tudo o que a Sra. White escreveu, seja o conselho do Pai e do Filho na eternidade, ou os pensamentos mais rebeldes de Satanás, "alguém disse para ela". Ela nunca contribuiu com nada, inicialmente. Nem um único caso! Deixai-me produzir um único caso. O seguinte texto é tirado de Testimonies for the Church, série B, nº 2, pág. 56,57.
"Muitos de nosso povo não compreendem quão firmemente a fundação de nossa fé foi lançada. Meu esposo, o ancião José Bates, o Pai Pierce, o ancião Edson, e outros que eram perspicazes, nobres e verdadeiros, estavam entre os que depois da passagem do tempo de 1844, pesquisavam pela verdade como tesouro escondido. Eu me reunia com eles, e estudávamos e orávamos fervorosamente. Freqüentemente permanecíamos juntos até tarde da noite, e algumas vezes a noite inteira, orando por luz e estudando a palavra. Várias vezes esses irmãos reuniam-se para estudar a Bíblia, a fim de que pudéssemos saber seu significado, e estar preparados para ensiná-la com poder. Quando eles chegavam a um ponto de seu estudo em que diziam, 'Nada mais podemos fazer', o ESPÍRITO do SENHOR vinha sobre mim. Eu entrava em visão, e uma clara explanação das passagens que estávamos estudando era-me dada, com instruções como deveríamos trabalhar e ensinar efetivamente. Assim a luz era dada que nos ajudava a entender as Escrituras com relação a CRISTO, Sua missão, e Seu sacerdócio. Uma linha da verdade estendendo-se desde aquele tempo até o tempo quando entraremos na cidade de DEUS, foi tornada clara para mim, e eu dava aos outros a instrução que o SENHOR me dera."
Neste caso não havia nenhum intermediário humano. A não ser que devamos crer que a Irmã White não dizia a verdade, ela obteve suas instruções de cima. Neste caso, a instrução concernia sobre "CRISTO, Sua missão, e Seu sacerdócio," os próprios assuntos que estamos agora considerando. Seja o que for que seja ou não seja, é certo que sabemos que a instrução que veio à Irmã White sobre o assunto de CRISTO, Sua missão e Seu sacerdócio, veio diretamente de DEUS. Isto significa que a questão do santuário, como nossos precursores ensinavam e acreditavam tinha DEUS como seu autor. Veio como resultado de uma visão, que não creio que possa ser dito de qualquer outra doutrina que mantemos.
Uma Crise
Alcançamos uma
crise nesta denominação, quando os líderes estão tentando impor falsa doutrina
e ameaçar aqueles que protestam. O programa inteiro é inacreditável. Os homens
estão tentando agora remover os fundamentos de muitas gerações, e penso que
terão sucesso. Se não tivermos o Espírito de Profecia não poderemos saber do
afastamento da sã doutrina que agora está nos ameaçando, e a vinda do Ômega que
dizimará nossas fileiras e causará feridas graves. A situação presente foi
claramente prevista. Estamos próximos do clímax.Estou bem ciente de que várias vezes as visões foram dadas para confirma o estudo prévio. Estou bem a par que por algum tempo a mente da Sra. White ficava "bloqueada", como ela o expressava, e aquilo até que visões fossem dadas, como no exemplo aqui considerado. Ela própria diz que "por dois ou três anos minha mente continuou bloqueada ao entendimento da Escritura." Durante aquele tempo DEUS dava visões. Então uma experiência vinha a ela, e ela relata, "... desde aquele tempo até agora tenho sido capaz de entender a palavra de DEUS." Ibidem, pág. 58. Por "dois ou três anos" a mente da Sra. White ficou bloqueada.
Isto era evidentemente o propósito de DEUS para fortalecer a fé no dom; pois os homens sabiam que dela mesma ela não tinha conhecimento. Então, quando chegaram ao fim da compreensão deles e não sabiam o que fazer, a luz vinha da fonte da qual sabiam que por ela mesma não podia resolver os problemas deles. Era claramente a guia divina, e eles o confessavam e "aceitavam como luz do céu as revelações dadas."
Numa tentativa de proteger-se, o autor (Froom) agora se volta completamente e diz que ela freqüentemente chegava "bem adiante das posições tomadas por qualquer dos defensores originais, e os conselhos dela eram freqüentemente tão claros, tão completos, e de tão longo alcance que provavam estar bem a frente dos conceitos de qualquer um de seus contemporâneos - às vezes cinqüenta anos adiante da aceitação de alguns." Imagino de quem ela copiou sob tais circunstâncias.
Ao compor o livro Questions on Doctrine, foi necessário fazer algum trabalho de pesquisa nos manuscritos publicados e não publicados da Sra. White, para averiguar fora de dúvida exatamente o que ela dissera sobre vários assuntos. Essa obra foi trabalhosa para o autor do Ministry que relata como segue na revista Ministry de fevereiro de 1957, pág. 11:
O Relato da
Ministry
"Uma pergunta
além tem da mesma forma surgido: 'Exatamente por que não foram reunidos estes
conselhos, esclarecimentos e exposições sobre a expiação para nosso uso antes
disto?' A resposta, cremos, é igualmente simples, direta e óbvia: Ninguém tomou
tempo para o esforço sustentado envolvido na pesquisa laboriosa e abrangente
necessária para achar, analisar e organizá-los."Uma vez que nossos líderes não estavam largamente a par desta latente evidência e seu valor inestimável, a necessidade não foi sentida, e o tempo requerido para tão vasto projeto não foi considerado disponível. O acesso aos arquivos completos de todos os velhos periódicos contendo os 2.000 artigos de Ellen White não é fácil, pois não há nenhum arquivo completo em nenhum lugar. Mais que isto, as inestimáveis declarações manuscritas não estão disponíveis na forma publicada. [Agora essa pesquisa é mais fácil, porque todos os escritos da Sra. White estão em inglês
"Além disso, como uma igreja temos estado tão ocupados em dar nossa mensagem especial ao mundo, em manter na frente nosso complexo movimento prosseguindo em suas múltiplas atividades, que ninguém parece ter o tempo ou mesma a carga para tal enorme tarefa. Era sabido que a pesquisa seria a mais laboriosa por causa da vasta quantidade de material que precisa ser compulsado.
"Contudo, quando a necessidade claramente surgiu e o tempo para tal pesquisa obviamente chegou, a necessidade foi reconhecida e o tempo tomado para abranger não somente as declarações familiares de livros, mas a vasta ordem de periódicos, artigos, e conselhos manuscritos sobre o assunto."
Será notado que o autor não minimizou a tarefa diante dele - e foi uma grande tarefa. Deve-se lamentar que ele deveria tomar a oportunidade para nos informar que os líderes não sentiram a necessidade desse trabalho, não tinham tempo para isso, e não tinham qualquer peso por ele.
Foi nessa pesquisa que ele descobriu que a Sra. White não contradiz ou muda o que ela disse no início de sua obra. O autor coloca isto em sua fraseologia peculiar que, "As declarações posteriores da Sra. White não contradizem ou mudam suas primeiras afirmações." Ele evidentemente esperava que ela tivesse mudado sua posição sobre a expiação, cuja posição ele criticara e tentara explicar ao dizer que ela nunca, em nenhum caso, tinha contribuído com nada inicialmente para doutrina ou interpretação profética. É claro que se ela pretendesse mudar de posição, ela teve bastante oportunidade para assim fazer nos 60 ou mais anos que ela viveu após dar sua posição clara sobre a expiação. Mas ela não contradisse ou mudou o que ela uma vez escrevera. Este é o testemunho desse autor (Froom) que tinha desafiado as primeiras posições dela, e que agora é compelido a testificar que ela não mudou. É uma justiça poética que o autor do artigo do Ministry deva ser aquele a testificar após ter examinado todo material de que não há evidência que ela jamais mudou sua mente ou contradisse o que ela escrevera de início.
Isto cria outro dilema para o autor. Ele deve agora deixar ficar tudo o que ela escreveu, e não pode argumentar que ela autorizou qualquer mudança seja qual for. Que então poderia ele fazer ou fez? Uma única solução ele tinha: ele calmamente afirmou que a Irmã White não queria significar (dizer) o que ela disse! Notai novamente seu uso peculiar da língua inglesa, não uma declaração direta, mas uma abordagem passiva: ele diz, "... um distinto esclarecimento de termos e significado emerge, que é destinado a ter conseqüências de longo alcance." As últimas declarações dela "investem aqueles primeiros termos com um significado maior, mais verdadeiro, inerentemente lá o tempo todo." E assim, ele explica quando ela diz que CRISTO está fazendo expiação (ele está omitindo a palavra agora), ela está "obviamente significando aplicar a expiação completa [feita na cruz] ao indivíduo." snfase dele.
Isto está em completa harmonia com a declaração em Questions on Doctrine onde o autor audaciosamente afirma que se alguém "ouve um adventista dizer ou lê na literatura adventista - mesmo nos escritos de Ellen White - que CRISTO está fazendo expiação agora, deve ser entendido que queremos dizer (significar) simplesmente que CRISTO está fazendo aplicação dos benefícios da expiação sacrifical que Ele fez sobre a cruz."
Isto certamente é novidade. Escrevi muitos livros, um deles sobre o serviço do Santuário [O Ritual do Santuário] e portanto esses livros estão classificados sob o que ele chama de "literatura adventista". E agora algum indivíduo não autorizado proclama ao mundo que quando eu digo em meu livro que CRISTO está fazendo expiação agora, eu não quero dizer isto. Eu quero dizer que JESUS está fazendo aplicação, mas não expiação que já foi feita [e completou-se] 1800 anos atrás.
Contudo, isto é apenas um assunto menor que ele presuma atuar como meu intérprete ou dizer o que eu quero significar pelo que eu digo. Mas quando ele se compromete a dizer ao mundo que quando a Irmã White diz que CRISTO está fazendo expiação, ela quer dizer simplesmente que JESUS está fazendo aplicação, isto é sério. A reprovação de DEUS a Jó quando Jó falava demais, pode aplicar-se aqui: "Quem é esse que obscurece o conselho por palavras sem entendimento?" Jó 38:1. Não é com freqüência que DEUS é sarcástico. Mas aqui Ele o foi. Lede o verso 21. Jó o merecia.
E assim quando leio, "... mesmo nos escritos de Ellen G. White," que CRISTO está fazendo expiação, não devo acreditar nisso. Ele fez a expiação há 2.000 anos, não agora; e mesmo que ela afirme que CRISTO está fazendo expiação agora, que "hoje Ele está fazendo expiação", que "Estamos no grande dia da expiação, e a sagrada obra de CRISTO pelo povo de DEUS que prossegue no tempo presente (1882) no santuário celestial deve ser nosso constante estudo", ainda devo recorrer ao intérprete para achar o que ela quer dizer. Testimonies, vol. 5, pág. 250.
Isto é jogar com palavras, é brincar com fogo, e tornar possível qualquer interpretação. Se o autor está certo, é-me permitido tomar qualquer palavra de um autor e dizer que ele quer significar algo mais do que ele diz. Isto torna a inter-comunicação impossível, e o mundo torna-se uma Babel.
Que valeria os acordos, os contratos, ou a palavra de boca, se sou permitido colocar minha própria interpretação no que diz uma pessoa? A Bíblia diz que o sétimo dia é o sábado. Isto parece claro bastante. Mas a teoria do autor me permitiria dizer que a Bíblia não que significar ou dizer tal coisa. Absurdo, direis. E eu digo Amém. Quando a Bíblia diz sete, não significa um. Com a filosofia do autor, contudo, as palavras se tornam sem significado. "Seja o vosso não, não, e vosso sim, sim," diz Tiago. Isto é, significa o que dizeis.
Fazer a clara declaração que "CRISTO está fazendo a expiação agora" significar que Ele está fazendo a aplicação agora é indefensável no senso comum gramatical, filosófico, teológico. E ir além e sobre tal falsa interpretação construir uma nova teologia para ser imposta por sanções, está simplesmente fora deste mundo. A indevida suposição de autoridade acoplada na confiança excessiva na virtude de honras concedidas gera fruto. E o fruto não é bom.
A presente tentativa para diminuir e destruir a confiança no Espírito de Profecia e estabelecer uma nova teologia, pode enganar alguns, mesmo muitos, mas os fundamentos sobre os quais temos construído todos esses muitos anos, ainda permanecem, e DEUS ainda vive. Esta advertência não deveria ser desatendida: "Se diminuis a confiança do povo de DEUS nos Testemunhos que Ele lhes tem enviado, estais vos rebelando contra DEUS tão certamente como fizeram Coré, Datã e Abirã." Testimonies, vol. 5, pág. 66.
Numa pesquisa completa que conduzi anos atrás, encontrei o que o autor encontrou, e mais. Entre outras coisas, encontrei um pequeno panfleto entitulado, "Uma Palavra ao Pequeno Rebanho", publicado por Tiago White em Brunswick, Maine, em 30 de maio de 1847, uma declaração pela Irmã White sobre o santuário, que imediatamente atraiu minha atenção. É datada de 21 de abril de 1847, e escrita em Topsham, Maine. Na página 12, encontro estas palavras, que suponho que nosso autor do Ministry também achou. Diz a Irmã White:
"Creio que o santuário, a ser purificado no final dos 2.300 dias, é o templo da Nova Jerusalém, do qual CRISTO é o Ministro. O SENHOR mostrou-me em visão, mais de um ano atrás, que o Irmão Crosier tinha a verdadeira luz sobre a purificação do santuário, etc., e que era a vontade de JESUS, que o Irmão Crosier escrevesse a visão que Ele nos dera, no Day-Star, Extra, de 7 de fevereiro de 1846. Sinto-me completamente autorizada pelo SENHOR, a recomendar esse Extra para cada santo. Oro para que estas linhas possam ser uma bênção para vós, e a todos os queridos filhos que possam lê-las. Assinado. Ellen G. White."
Não perdi tempo para conseguir a cópia daquele Extra e lê-lo. Conforme escrevo isto tenho diante de um uma cópia fotostática do Day-Star Extra, de 7 de fevereiro de 1946, e na página 40 e 41 daquela edição leio o artigo do Irmão Crosier. Após ter discutido certas teorias nas quais ele não acreditava, o Irmão Crosier observa:
Crosier Fala
"Mas de novo,
eles dizem que a expiação foi feita e acabada no Calvário, quando o Cordeiro de
DEUS expirou. Assim os homens nos têm ensinado, e assim as igrejas e o mundo
crêem; mas isso não é verdadeiro nem sagrado, se não for apoiado pela
autoridade divina. Talvez poucos ou ninguém que mantém essa opinião jamais
testou o fundamento no qual repousa."1. Se a expiação foi feita no Calvário, por quem foi feita? Fazer a expiação é a obra de um sacerdote; mas quem oficiou no Calvário? Os soldados romanos e os judeus.
"2. Matar a vítima não fazia a expiação; o pecador matava a vítima. Levítico 4:1-4, 13-15, etc.; após aquilo o sacerdote pegava o sangue e fazia a expiação. Levítico 4:5-12, 16-21.
"3. CRISTO era o apontado Sumo Sacerdote para fazer a expiação, e certamente não podia ter agido com tal autoridade até depois de Sua ressurreição, e não temos registro de Ele fazer algo sobre a terra após a Sua ressurreição que pudesse ser chamado de expiação.
"
"5. Ele não podia, de acordo com Hebreus 8:4 fazer expiação enquanto estava sobre a terra. 'Se Ele estivesse sobre a terra, Ele não podia ser um sacerdote.' O levítico era o sacerdócio terrestre; o Divino, era o celestial.
"6. Portanto, JESUS não começou a obra de fazer a expiação, seja qual fosse a natureza daquela obra, até após Sua ascensão, quando por Seu próprio sangue CRISTO entrou no santuário celestial por nós."
Esta, então é a "luz verdadeira", que o SENHOR mostrou à Irmã White em visão, que tinha Sua aprovação, e a qual ela sentiu-se completamente autorizada a recomendar a todos os santos. Somente se rebaixarmos a Sra. White podemos rejeitar esse Testemunho dela. Não estamos preparados para fazer isso.
Agora enfrentamos esta situação: Achou o autor do Ministry em sua pesquisa completa esta declaração que o Irmão Crosier tinha "a verdadeira luz?" Se ele não a encontrou, ele tem pouco espaço para sentir-se contente com sua obra. Em ambos os casos, se eu fosse o professor e tivesse mandado ele fazer esse trabalho de pesquisa e ele apresentasse a coleção em Questions on Doctrine como seu relatório, eu teria lhe dado nota F, que em linguagem escolar vale para Fracasso. É ou um caso de pobre pesquisa, ou de omissão, que mais tarde, sob as circunstâncias, é o mais sério.
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Carta 5 - Por Que
Não Uma Audiência?
Numa carta anterior relatei como, no mês de maio de 1957, entrei de posse de algumas minutas oficiais dos Depositários White - supostamente "secretas" - que revelavam uma tentativa de mexer nos Testemunhos ao inserir em alguns dos volumes notas e explanações que fariam parecer que a Irmã White estava em harmonia, ou pelo menos não oposta, com a nova teologia advogada na revista adventista Ministry e no livro Questions on Doctrine [Perguntas sobre Doutrina, aprovado pela Associação Geral da IASD].
Fiquei confuso quando li esse documento oficial, e sem dúvida perplexo quando soube que esse plano tinha a sanção da liderança, e foi um procedimento aprovado. Isto significaria que os homens poderiam livremente tentar fazer inserções nos escritos do Espírito de Profecia, que viciariam ou mudariam o significado pretendido do que a Irmã White tinha escrito. Que segurança podíamos então ter de que os livros publicados eram os ensinos não adulterados do autor, e que eles não foram "remediados e corrigidos" como foram outros livros, de acordo com o relato da revista evangélica Eternity Extra, de setembro de 1956?
Conquanto me sentisse inquieto sobre o que os homens tinham tentado fazer, minha real preocupação era saber que aquilo tinha sido aprovado pela administração, e era doravante para ser uma política aceita. Os homens poderiam agora ir aos Depositários White, e com sua aprovação, inserir explanações e notas secretamente e privadamente, antes que alguém descobrisse o que estava acontecendo. E poderiam fazer isso com a segurança de que se alguém soubesse e revelasse o que estava sendo feito, a administração ameaçaria tal pessoa a não ser que cessasse sua "atividade".
No meu caso, foi-me dito que as minutas eram confidenciais, e que eu não tinha o direito de tê-las nem mesmo de as ler. Embora eu tivesse citado diretamente e corretamente das minutas oficiais, foi-me dito: "Estás fazendo tudo isso sobre boatos e sobre minutas confidenciais que não tens direito nem mesmo de ler." Carta, dezembro de 1957.
Enquanto os homens desejavam inserir "notas", "explanações", "notas de apêndice", "notas de rodapé", "notas apropriadas", "nas futuras edições dos escritos de Ellen G. White", (notem que todas essas declarações estão no plural), o presidente da Associação Geral da IASD [R. R. Figuhr] minimizou o assunto ao declarar na carta de 20 de setembro de 1957, que tudo o que aquilo envolvia era uma "referência cruzada inserida no pé de certa página"; isto é, uma referência cruzada, no fundo de uma página, em um dos livros da Irmã White. Isto está tudo em desacordo com o registro oficial. Como pode essa discrepância ser explicada?
Meu primeiro pensamento e esperança era que eu seria chamado para dar explicações imediatamente, e ser solicitado a provar minhas acusações ou a retratá-las; que um grupo imparcial de homens seria solicitado a conduzir a audiência. Mas nisto fui desapontado.
A primeira reação contra minha "atividade" veio numa carta de 16 de dezembro de 1957. Ali foi-me dito: "A questão de tua atividade foi discutida pelos oficiais da Associação Geral, e eles profundamente deploram o que estás fazendo. Eles portanto pedem que cesses tuas presentes atividades."
Antes que eu tivesse uma oportunidade de responder, recebi o seguinte em 19 de dezembro de 1957:
"Quero repetir o que te escrevi antes, que os homens têm perfeito direito de ir aos conselhos, incluindo o grupo dos Depositários White, e fazer suas sugestões sem o temor de serem disciplinados ou tratados como heréticos. Quando recordamos que estás fazendo tudo isso sobre boatos, e sobre minutas confidenciais que não tens nem mesmo direito de lê-las, isto certamente dá a impressão que não é o modo de o adventista fazer as coisas. Não estiveste presente nas reuniões deste conselho, e tudo o que sabes é boato e as notas breves registradas pelo secretário daquela reunião... Agora ao tu ires adiante e transmitires um assunto como este, certamente te colocas numa luz inviável. Se fizeres isto, teremos de fazer alguma difusão também. Isto te colocará em clara oposição com tua igreja, e certamente levará o assunto de teu relacionamento com a igreja. Em vista de tudo isto, os oficiais, como te escrevi anteriormente, insistentemente te pedem para cessar tuas atividades."
Como será notado, não houve nenhum sugestão de uma audiência para averiguar a verdade ou falsidade de minhas acusações. Foi-me simplesmente pedido para cessar minhas "atividades", ou então...
Como reagi a isso? Como qualquer homem faria sob ameaça. Respondi que eu era um homem de paz, que eu poderia ser persuadido, mas não ameaçado. Pedi que eles levassem adiante seus planos. Eu estava pronto para o que viesse.
O que viria? Eu não sabia o que significava por considerar o meu "relacionamento com a igreja". Poderia não significar nada. Sei que impressão eles deixaram sobre o Sr. Barnhouse, se alguém objetasse à usurpada autoridade deles. Eis o que ele relatou:
"A posição dos adventistas pareceu a alguns de nós em certos casos ser uma nova posição; para eles pode ser meramente a posição do grupo majoritário da liderança sadia que está determinada a colocar os freios em qualquer membro que busque sustentar pontos de vista divergentes dos daquele da maioria responsável da denominação." Eternity Extra, 1º de setembro de 1956.
Parece lamentável que nossos líderes tenham deixado tal impressão sobre os evangélicos. Essa declaração tem estado agora publicada por três anos. A atenção de nossos líderes foi chamada a ela e pedidos foram feitos para que negassem tal intenção. Mas eles não fizeram qualquer negação ou protesto, e nosso povo relutantemente tem chegado à conclusão que o Sr. Barnhouse está correto em sua avaliação de nossos líderes.
Acrescente-se a isto o que o Sr. Martin relata que os líderes lhe disseram, que "eles (os adventistas) têm entre seu número certos membros de sua 'orla lunática', assim como há similares 'extremistas irresponsáveis' em todo campo do cristianismo fundamental." Isto é o que os nossos líderes disseram aos evangélicos na discussão de importantes tópicos da natureza de CRISTO enquanto
Um Breve Encontro
A única reunião que
tive com nossos líderes foi num dia de fevereiro de 1958, quando dois oficiais
me pediram para encontrar-me com eles durante os poucos minutos que tinham de
folga entre as sessões de suas reuniões de negócios. A coisa principal pareceu
ser o desejo deles de saber se eu pretendia continuar com minha
"atividade". Disse-lhes que eu pretendia. Uma observação foi feita de
por que eu não havia pedido uma audiência. Nunca tivera me ocorrido que eu
devesse pedir uma audiência. Eu esperava ser convocado. Mas refletindo melhor
sobre isso, no dia seguinte escrevi:"Eu não sabia que querias que eu fosse a Washington para uma audiência ou discussão, pois nunca mencionaste tal coisa. Se este é o teu desejo, estou pronto a ir... Tenho apenas um pedido, que a audiência seja pública, ou que um estenógrafo esteja presente, e que eu receba uma cópia das minutas." Carta, 5 de fevereiro de 1958.
Em resposta a isto recebi uma carta, datada de 10 de fevereiro, convidando-me a ir, dizendo:
"Em concordância com o teu desejo, os irmãos não vêem qualquer objeção em gravar nossa conversação. Foi sugerido que um gravador seria o meio mais prático de fazer isto."
Isto me foi satisfatório. Notei, contudo, que nada fora dito de eu receber uma cópia das minutas. Mas talvez, pensei, isto era tomado como certo, uma vez que eu dera essa condição, e eles tinham aceito minha proposição. Mas me senti inquieto. Se eu devesse escrever por mais confirmação poderia parecer que eu estava questionando a sinceridade deles. Mas quando até 21 de fevereiro não recebi mais nenhuma palavra, escrevi:
"Se por equívoco ou intenção, não respondeste ao meu pedido que me seria dada uma cópia das minutas. Isto é necessário, pois em qualquer discussão do que é dito ou não dito, será a minha palavra contra a dos doze. Não me posso permitir colocar nessa posição. Esta é a condição para que eu vá."
A isto recebi uma resposta datada de 27 de fevereiro:
"Sobre o assunto da gravação, penso que indiquei em minha carta de 10 de fevereiro que os irmãos tinham em mente gravar em fita as conversas da reunião. Isto forneceria uma gravação completa do que foi dito e feito. Assumimos que tal gravação completa seria conveniente para ti."
Eu pedira uma cópia das minutas, e essa carta me assegurava que uma gravação em fita seria feita que "forneceria uma gravação completa do que seria dito e feito." Fora assumido "que tal gravação completa seria conveniente para ti." Ela seria. Finalmente fora-me assegurado que uma gravação plena e completa seria feita, e que de acordo com a sugestão deles próprios seria gravada
Mas tendo lido Questions on Doctrine cuidadosamente, eu notara que certas coisas eram ditas numa página, e poucas páginas adiante elas eram ignoradas. Eu notara certas expressões ambíguas, e isto me deu um senso de incerteza. Eu não podia evitar a convicção que algumas dessas expressões foram usadas com o propósito de confusão e foram intencionais para iludir.
Eu portanto reli as cartas que eu tinha escrito, e também aquelas que eu recebera, especialmente as porções tratando com meu pedido por uma cópia das minutas. Notei que em nenhum lugar meu pedido tinha sido reconhecido, mas o assunto tinha sido evitado. Isto me fez pensar. Havia um estudado propósito de não me dar uma cópia das minutas, conquanto as cartas fossem escritas para dar a impressão que eu obteria uma cópia delas? A evidência parecia consubstanciar minha suspeita. Para tornar-me seguro, escrevi em 4 de março que eu queria a garantia absoluta, explicitamente declarada, que eu conseguiria uma "plena e completa cópia das minutas", tal como fora mencionado. Terminei dizendo: "Sobre este ponto preciso ter absoluta garantia."
Como até 12 de março não recebi resposta, escrevi novamente, "Ainda estou aguardando pela palavra definitiva que não somente uma gravação em fita será feita, mas que obterei uma cópia. Como declarei em minha primeira carta, esta é uma condição necessária."
Em 18 de março veio esta resposta:
"Tens te referido ao desejo de teres as minutas gravadas, e também uma cópia das minutas. Ao discutir isto com os oficiais, ocorreu ao irmãos que faremos isto, que parece justo para todos os interessados: um secretário é apontado dentro do grupo para escrever as conclusões a que chegarmos, e isto é submetido ao grupo inteiro para aprovação, após o que será dada uma cópia a todos. Cremos, Irmão Andreasen, que esta sugestão será aceitável para ti."
Isto era inteiramente novo e uma sugestão inteiramente diferente. Depois que foi-me dito na carta de 27 de fevereiro, que uma fita gravada seria feita, uma "completa" gravação do "que foi dito e feito", e a esperança expressa de que tal "gravação completa seria satisfatória" para mim, era-me agora apresentado uma nova proposta não ouvida antes, uma reviravolta completa. Não haveria estenógrafo, nenhuma gravação, nenhuma minuta absolutamente, mas uma que escreveriam sobre as conclusões realizadas. E isto era suposto que me agradasse! Certamente que isto não me era satisfatório. Era uma completa ruptura da fé. Era como substituir Lia por Raquel, uma transação desonrosa. Senti-me como sentiu-se Jacó que havia sido iludido. Três semanas antes, tinham-me prometido "uma cópia completa" das minutas que era esperado ser-me satisfatório. Agora foi-me oferecida uma cópia das conclusões, que também era esperada ser-me satisfatória.
Essa carta de 18 de março revela o fato de que nunca fora a intenção dar-me uma cópia das minutas, e não obstante eles brincaram comigo, pensando que eu aceitaria a sugestão deles, vindo a uma audiência ou discussão, e não tendo nada gravado da discussão, mas somente as conclusões. Nas eras escuras, os heréticos eram presos e condenados
Parece que os oficiais tinham em mente nomearem-se como acusadores, jurados, juízes e executores. Num caso envolvendo pontos de doutrina onde é necessário que haja discussão para se chegar a conclusões seguras, uma comissão neutra de homens não diretamente envolvidos na controvérsia deve ouvir o caso. Nenhum juiz ouve um caso onde ele esteja pessoalmente interessado. Ele se recusa a julgar um caso onde ele esteja mesmo remotamente interessado. Mas nossos oficiais apontaram-se para julgar o caso e agir como árbitros numa disputa envolvendo pontos de teologia, com o poder de agir e pedir que um lado concorde de antemão em aceitar qualquer decisão que seja feita. Isto, de certo, é equivalente a aceitar o dito de homens elevados como administradores, executivos, promotores, financistas, organizadores e conselheiros a ter jurisdição sobre doutrina, para qual obra não estão educados. Tenho ouvido cada um deles dizer, "Não sou teólogo".
Em 26 de março de 1958, respondi a carta que afirmava que não haveria gravação nenhuma, mas que eu receberia uma cópia das conclusões. Eu não precisava daquilo. Eu sabia de antemão quais elas seriam, pois eu já havia sido julgado e ameaçado. Eu tinha sido propositadamente mantido em ignorância sobre o intento de não me darem uma cópia das minutas, mas de me julgarem secretamente. Aparentemente fora intenção manter o assunto desconhecido, e se eu de antemão concordasse em aceitar as conclusões deles, eu poderia ser acusado de quebrar minha promessa se eu fizesse qualquer comentário posterior. Se eu pudesse ser induzido a vir a Washington sob essas condições, eu certamente seria "humilhado". Com o caso inteiro na mente, com as repetidas evasões ao meu pedido por uma cópia das minutas, senti que eu fora iludido e terminei minha carta dizendo, "Tua promessa quebrada cancela o acordo." Minha fé nos homens tinha sido severamente abalada.
Em 3 de abril recebi uma resposta declarando que minha carta "tinha sido recebida e seu conteúdo apresentado aos oficiais." Não havia menção alguma de minha declaração, "Tua promessa quebrada cancela o acordo", a parte mais importante. Além disso, esta declaração não fora lida aos oficiais, pois um mês mais tarde recebi uma carta dizendo, "Através de outros eu soube que sentes que quebramos nossas promessas para ti." Esta perversão de minhas palavras tinha saído ao campo, que naturalmente creriam que eu havia escrito aos outros e não para a pessoa interessada. Não faço esse tipo de obra.
Nessa carta de 3 de abril o escritor declara:
"É verdadeiro, como declaraste, que a gravação da fita foi sugerida no início, sem a promessa, contudo, de dar-te uma cópia. Desde que foi feita esta sugestão, pensamos mais sobre o assunto e cremos que tal sugestão não seria um plano sábio a seguir... A gravação de uma fita de cada pequeno detalhe não seria justa aos participantes. Em tais discussões não é incomum para homens fervorosos cometerem deslizes de que mais tarde se arrependem e corrigem. O homem mortal está sujeito a tais erros; mas por que preservá-los? O propósito sincero da reunião seria chegar a conclusões justas... Conforme revejo tuas cartas, isto pareceria estar de acordo com tua sugestão original."
Isto torna claro muitos assuntos. Admite que uma gravação de fita fora sugerida no início. Também torna claro que nunca foi intenção dar-me uma cópia, embora as cartas foram escritas para esconder este fato. Também declara que os oficiais mudaram de idéia e decidiram que seria sábio não gravar nada, pois isso "não seria justo para os participantes," uma mais surpreendente razão, e revelando a mais decidida fraqueza. E então a última declaração inverídica: "Conforme revejo tuas cartas, isto pareceria estar de acordo com tua sugestão original."
Maior inverdade jamais pronunciada. Eu desafio o escritor que diz que releu minhas cartas, a encontrar qualquer lugar em que digo ou intimo tal coisa. E ainda, essa impressão foi para o campo a partir de Washington. Nunca suspeitando que Washington diria nada senão a absoluta verdade, os homens do campo que foram admoestados a "manterem-se alinhados", naturalmente creriam que aquela fora minha "sugestão original". Nada pode estar mais longe da verdade. Várias vezes enfatizei em todas as minhas cartas que eu queria uma cópia das minutas, e agora o escritor diz como se ele tivesse relido em minhas cartas de que uma cópia das conclusões fora minha sugestão original. Qual foi sua razão por tão patente erro? Penso que sei. É possível que as notícias de Washington sejam dadas com ponto de vista viezado?
Por que esta
mudança repentina?
Deve haver algumas
razões importantes para que fosse de repente decidido não ter nenhuma gravação,
após ter sido primeiro decidido ter uma gravação completa e plena de "tudo
o que for dito e feito"? Os registros da crise de 1888, o Alfa da
apostasia, desapareceram em grande parte, e os relatos existentes estão
seguramente escondidos e não disponíveis. Não queremos uma situação semelhante
no tempo do Fmega. Que haja luz.Não sei por que veio a mudança. Posso apenas supor. Ficou entendido que minha "atividade" seria considerada tanto quanto meu relacionamento com a igreja. Os irmãos também sugeriram que talvez eu tivesse algumas questões além que deveriam ser discutidas. Eu tinha. Fiz uma lista desses assuntos. Eis aqui:
1 - Os artigos do Pr. Froom, particularmente aquele da revista Ministry de fevereiro de 1957, rebaixando a Sra. White.
2 - As visitas aos Depositários White dos Pastores Anderson e Read com relação a ter inserções feitas nos escritos da Sra. White, e as políticas gerais agora prevalecentes.
3 - A lista de tópicos discutidos com os evangélicos que tomaram "centenas de horas", e as primeiras conclusões chegadas.
4 - A lista detalhada de livros "remediados e corrigidos" sob a recomendação do Sr. Martin, e uma posterior lista de livros ainda serem remediados.
5 - O processo de US$ 3.000.
6 - Proselitismo. O que foi acordado.
7 - O significado de "colocar um freio" e "orla lunática" e "extremistas irresponsáveis".
8 - A nova universidade e os débeis campos externos.
9 - "Moedas cambiais".
10 - Uma auditoria completa por uma firma responsável de auditores externos.
Esta lista não enviei para Washington, pois eu bem sabia que seria uma matéria de meses de espera por tal programa. Sugeri apenas poucos assuntos, e certamente eu sabia qual seria o resultado. Mas, curiosamente bastante, exatamente nessa ocasião os irmãos decidiram que não seria sábio ter qualquer gravação feita. Sob tais circunstâncias concordei com a decisão deles. A razão pusilâmine [covarde] dada para não ser feita nenhuma gravação - que os irmãos poderiam fazer observações das quais depois se arrependeriam - é simplesmente tola. Mas que não haja mal entendido. Uma explicação ainda terá de ser dada.
Para culminar, veio isto na carta de 3 de abril: "Nunca pediste uma audiência." Deixarei ao leitor decidir esta questão por si mesmo. Respondi:
"Não cometas erro neste ponto. Eu não somente queria uma audiência, mas tal audiência deve ser realizada se todo este lamentável assunto tiver de ser resolvido. Dizes que imaginastes se eu estou sendo realmente sincero em querer uma audiência. Sim, quero uma audiência. Eu exijo uma. Não uma audiência secreta. Mas uma aberta, ou com uma gravação plena e completa de tudo o que for dito ou feito. Este tem sido meu desejo desde o começo. Nenhum tribunal secreto."
Minha última comunicação com a Associação Geral foi datada de 28.06.58. Perguntei se ainda havia a determinação de dar-me uma audiência com uma fita gravada para mim. Uma secretária respondeu:
"Com referência a uma gravação em fita da reunião, sou instruída a dizer que nossa correspondência não revela nenhuma promessa de uma fita gravada para ti. Se desejado, uma gravação pode ser feita, mas será mantida neste escritório para um registro permanente como previamente declarado."
Isto me deixou livre. Exauri todos os meios de correspondência com os homens a quem havia de me dirigir. Posso agora falar à igreja, como CRISTO disse que deveria ser feito se os outros meios falhassem. Isto farei. Mas ainda estou pronto para uma audiência ou julgamento, apropriadamente conduzido e devidamente gravado. Deixa a luz entrar.
Paixões Herdadas
Na página 383 do
livro Questions on Doctrine ocorre a declaração que CRISTO "estava
isento [imune] das paixões herdadas e das poluições que corrompem os
descendentes naturais de Adão."Essa não é citação do Espírito de Profecia. É uma nova doutrina que jamais apareceu em qualquer das Declarações de Crenças da denominação adventista do sétimo dia, e está em conflito direto com nossas anteriores declarações de doutrina. Não foi "adotada pela Associação Geral numa sessão quadrienal, quando delegados credenciados de todo campo estão presentes", como Questions on Doctrine diz que precisa ser feito para a declaração ser oficial. Ver página 9. É portanto uma doutrina não aceita nem aprovada.
Duas Declarações
Há duas afirmações
nos Testemunhos que são referidas para provar que CRISTO era isento [imune] de
paixões herdadas. A primeira diz que CRISTO "é nosso exemplo em todas as
coisas. Ele é um irmão em nossas enfermidades, mas não em possuir paixões
semelhantes." Testimonies, vol. 2, pág. Porventura a declaração da Irmã White de que CRISTO não tinha ou possuía paixões significa que Ele era imune a elas? Não, pois não ter paixões não é equivalente a ser isento delas [ou estar imune a elas]. São dois conceitos inteiramente diferentes. Isento é definido "estar livre e excusado de uma obrigação opressiva; tirar, libertar, liberar como de um regulamento que os outros devem observar, que obriga os outros; estar imune de."
Foi CRISTO excusado de "uma regra que os outros precisam observar, que obriga os outros"? Não, "DEUS permitiu Seu Filho vir, um indefeso bebê, sujeito à (não imune à) fraqueza da humanidade. Ele Lhe permitiu enfrentar os perigos da vida em comum com toda alma humana, lutar a batalha como cada filho da humanidade precisa combatê-la, ao risco de fracasso e perda eterna." Desire of Ages [O Desejado de Todas as Nações], pág. 49.
"Enquanto Ele era uma criança, Ele pensava e falava como criança, mas nenhum traço de pecado desfigurava a imagem de DEUS dentro Dele. Não obstante Ele não estava isento da tentação. Ele estava sujeito (não imune) a todos os conflitos que temos de enfrentar." Ibidem, pág. 71.
"DEUS não poupou Seu próprio Filho." Romanos 8:32. "Nenhum filho da humanidade jamais será chamado a viver uma vida santa em meio a tão feroz conflito com a tentação como foi nosso Salvador." Desire of Ages, pág. 71.
"Era necessário para JESUS estar constantemente em guarda para preservar Sua pureza." Ibidem. Um homem pode não ter câncer, mas significa isto que ele está imune, isento de pegar câncer? Não absolutamente. No ano seguinte ele por ser afligido pelo câncer. A Irmã White não diz que CRISTO era isento de paixões. Ela diz que Ele não tinha paixões, não possuía paixões, não que ele era imune a elas.
Por que CRISTO não tinha paixões? Porque "a alma precisa propor-se ao ato pecaminoso antes que a paixão possa ter domínio sobre a razão, ou a iniquidade triunfar sobre a consciência." Testimonies, vol. 5, pág. 177. E CRISTO não se propunha a nenhum ato pecaminoso. Nem por um momento havia Nele uma propensão pecaminosa.
"Era necessário para JESUS estar constantemente em guarda para preservar Sua pureza." O Desejado, 71. Ele era puro, santo, impoluto. Mas isto não significa que JESUS era imune à tentação ou ao pecado. "Ele poderia ter pecado, Ele poderia ter caído." SDABC, vol. 5, pág. 1128. Ainda estou perplexo como pode alguém fazer a Irmã White dizer que CRISTO era isento, quando ela diz exatamente o oposto, e não utiliza a palavra isento.
É a Tentação
Pecado?
Tentação não é
pecado; mas pode tornar-se se nos rendermos a ela. "Quando pensamentos
impuros são acariciados, eles não precisam ser expressos em palavras ou atos
para consumar o pecado e levar a alma à condenação." Testimonies,
vol. 4, pág. 623. "Um pensamento impuro tolerado, um desejo não santo
acariciado, e a alma está contaminada... Todo pensamento mau deve ser
imediatamente repelido." Testimonies, vol. 5, pág. 177.Satanás nos tenta a pecar. DEUS utiliza tentação controlada para nos fortalecer e ensinar a resistir. Satanás tentou Adão no Éden; ele tentou Abraão e todos os profetas; ele tentou CRISTO; ele tenta todo homem, mas DEUS "não nos deixará ser tentados além do que podemos suportar." I Coríntios 10: 13.
"CRISTO foi um agente moral livre que podia ter pecado se assim desejasse. Ele estava em liberdade de render-Se às tentações de Satanás e de agir em oposição a DEUS. Se assim não fosse, se não Lhe fosse possível cair, Ele não poderia ser tentado em todos os pontos como a família humana é tentada." Youths' Instructor, 26 de outubro de 1899.
A Grande Lei da
Hereditariedade
Questions on
Doctrine
diz na página 383, que CRISTO foi "isento das paixões herdadas e das
poluicões que corrompem os descendentes naturais de Adão." Toda criança
que é nascida neste mundo, herda diversos traços de seus ancestrais. Herdou
CRISTO semelhantes traços? Ou foi ele isento? Eis a resposta:"Como todo filho de Adão, JESUS aceitou os resultados da operação da grande lei da hereditariedade." O Desejado, pág. 48. "O resultado disso é mostrado na história de Seus ancestrais terrestres." Ibidem. Alguns desses ancestrais eram gente boa; alguns não tanto; alguns eram maus; alguns eram muito maus. Havia ladrões, assassinos, adúlteros, enganadores, entre eles. JESUS tinha os mesmos ancestrais que todos nós temos. "Ele veio com tal hereditariedade para compartilhar nossas tristezas e tentações." Ibidem. "JESUS aceitou a humanidade quando a raça tinha sido enfraquecida por quatro mil anos de pecado." Ibidem.
Em vista dessas e de muitas outras declarações, como pode alguém dizer que JESUS era imune? Longe de estar isento ou relutantemente submisso a essas condições, Ele aceitou-as. Duas vezes isto é declarado nas citações aqui feitas. Ele aceitou os resultados da operação da grande lei da hereditariedade, e com "tal hereditariedade Ele veio para compartilhar de nossas tristezas e tentações."
A escolha do devoto adventista é portanto entre Questions on Doctrine e Desire of Ages, entre a falsidade e a verdade. "DEUS permitiu Seu Filho vir, um bebê indefeso, sujeito às fraquezas da humanidade. Ele Lhe permitiu enfrentar os perigos da vida em comum com toda alma humana, a lutar as batalhas como cada filhos da humanidade precisa lutá-la, ao risco de fracasso e perda eterna." O Desejado, pág. 49.
"CRISTO sabia que o inimigo viria a todo ser humano para tomar vantagem da fraqueza hereditária... e ao passar pelo caminho que o homem deve percorrer, nosso SENHOR nos preparou o caminho para vencermos." O Desejado, pág. 122-123. "Sobre Ele que depôs Sua glória, e aceitou a fraqueza da humanidade, a redenção do mundo deve repousar." Ibidem, pág. 11.
Poucos, mesmo de nossos ministros, conhecem algo do que a Irmã White chama de a grande lei da hereditariedade. Não obstante esta é a lei que tornou a encarnação efetiva e fez de CRISTO um homem real, como um de nós em todas as coisas. Que CRISTO devesse ser como um de nós em todas as coisas, Paulo considerava uma necessidade moral da parte de DEUS, e torna evidente ao assim afirmar. Diz ele: "Em todas as coisas convinha que Ele Se tornasse como Seus irmãos, para que Ele pudesse ser misericordioso e fiel sumo sacerdote nas coisas pertinentes a DEUS para fazer reconciliação pelos pecados do povo; pois naquilo que Ele mesmo sofreu, sendo tentado, é capaz de socorrer os que são tentados." Hebreus 2:17-18. Convinha aqui significa "devia", um dever moral recaído sobre DEUS.
A grande lei da hereditariedade foi decretada por DEUS para tornar a salvação possível, e é uma das leis elementares que nunca foi abolida. Eliminada essa lei, e não temos Salvador que possa ser de ajuda ou exemplo para nós. Graciosamente CRISTO aceitou esta lei, e assim tornou a salvação possível. Ensinar que CRISTO era imune a esta lei nega o cristianismo e torna a encarnação um logro piedoso. Queira DEUS libertar os adventistas do sétimo dia de tais ensinos e ensinadores!
Poluição
Não toquei no
assunto da poluição, embora ele é mencionado em Questions on Doctrine em
conexão com paixões. CRISTO estava sujeito à grande lei da hereditariedade, mas
isto nada tem a ver com poluição. Pensamentos impuros tolerados, desejos ímpios
acariciados, más paixões favorecidas, terminarão em contaminação, poluição, e
pecado franco. Mas CRISTO não foi afetado por nada disso. Ele "não recebeu
nenhum aviltamento;" "JESUS, vindo habitar com a humanidade, não
recebeu nenhuma poluição." O Desejado, pág. 266.Paixão e poluição são duas coisas diferentes, e não devem ser colocadas juntas como são em Questions on Doctrine. Paixão pode geralmente ser igualada com tentação, e como tal não é pecado. Um pensamento impuro pode vir espontâneo mesmo numa ocasião sagrada, mas ele não corrompe; não é pecado, a não ser que seja acariciado e tolerado. Um desejo não santo pode de repente refletir na mente sob instigação de Satanás; mas não é pecado a não ser que seja acariciado.
A lei da hereditariedade se aplica a paixões e não a poluições. Se a poluição é hereditária, então CRISTO teria sido poluído quando veio a este mundo, e não poderia ser, portanto, "aquela coisa santa." Lucas 1:35. Mesmo os filhos de um marido descrente são chamados santos, uma declaração que deve ser um conforto às esposas de tais maridos. I Coríntios 7:14. Como adventistas, contudo, não cremos no pecado original.
Sobre esse assunto de poluição há muito a dizer. Mas como o problema que estamos enfrentando trata somente com paixões, não discutiremos poluição adiante. Na ocasião, posso ter mais a dizer sobre paixões, pois considero a declaração em Questions on Doctrine heresia mortal, destrutiva da expiação.
Minha próxima carta será a última desta série. Mas se o leitor consultar a lista dos dez assuntos que enumerei nesta carta, verá que ainda há muito a ser feito. E aquela lista não é exaustiva. Contudo, darei tempo para o que tenho dito penetrar, pois corpos grandes são vagarosos, e toma tempo para "levedar toda massa". Mas o fermento está operando, e no devido tempo os resultados esperados virão. Mas não tenho pressa. O tempo está com a verdade, e a verdade fará seu curso, e não é dependente de nenhum instrumento humano.
Tenho recebido muitas cartas encorajadoras, e sou grato por elas, e só lamento que preciso deixar muitas sem responder. Um homem proeminente de Washington escreveu-me sobre a confusão existente lá, e declarou: "Estamos observando os eventos, e quando o tempo vier, estaremos prontos para agir. Pessoalmente, não creio que o tempo esteja maduro, mas está perto. Estamos contigo, e podes depender de nós."
Estou contente de relatar que minha saúde está boa, e que estou desfrutando a vida no limite [O Pr. Andreasen faleceu em 1962, aos 86 anos]. É maravilhoso viver num tal tempo como este. "Sou imortal até que minha obra seja feita." Isto pode ser amanhã, mas se assim for, estou satisfeito e preparado.
Saudações a todos os meus amigos com I Tessalonicenses 5: 25: "Irmãos, orai por nós."
(Assinado) M. L. Andreasen.
Carta 6 - A
Expiação
Na década de Para tanto, a IASD deveria abdicar de certas doutrinas fundamentais dos pioneiros adventistas, as quais são apoiadas pelo Espírito de Profecia de Ellen G. White. Dentre essas doutrinas fundamentais está a da Expiação, que os protestantes crêem ter-se completado no Calvário, porque eles não crêem na doutrina do santuário celestial.
Mas a verdadeira posição adventista que a Sra. White escreve em seus livros, é que no Calvário encerrou-se apenas a primeira fase do processo da Expiação, a qual continuou no santuário celestial, após CRISTO ter ascendido ao céu, fazendo intercessão com Seu sangue em favor do pecador crente e arrependido.
Assim, para agradar aos teólogos protestantes e iludir os adventistas, os teólogos da IASD (L.E. Froom, R.A. Anderson, Walter Read, etc.), apoiados pelo Presidente da Conferência Geral, R. Fighur, a partir de 1956, mudaram a terminologia, e passaram a ensinar que a Expiação completou-se no Calvário, e que CRISTO no santuário celestial fazia apenas a aplicação dos benefícios da expiação completada no Calvário. Essa nova posição dos teólogos adventistas contraria inteiramente o Espírito de Profecia. Esta última carta da série escrita pelo Pr. Andreasen, que é considerado uma autoridade na doutrina do Santuário, trata desse importante tema da Expiação.
Mas
O primeiro conjunto de declarações diz que a expiação foi feita na cruz; o outro conjunto diz que a expiação final foi feita 1800 anos depois. Encontrei sete declarações que a expiação foi feita na cruz; achei 22 afirmações que a expiação final foi feita no céu. Ambos os conjuntos são sem dúvida incompletos; pois pode haver outras declarações que escaparam de minha atenção. É evidente, contudo, que não podemos aceitar um conjunto de declarações e rejeitar o outro se quisermos chegar à verdade. A questão portanto é qual declaração é verdadeira? Quais são falsas? Ou, são ambas verdadeiras? Se são, como podem se harmonizar?
Fiquei perplexo quando na revista adventista Ministry, de fevereiro de 1957, encontrei a declaração [do Pr. Froom] que "o ato sacrifical na cruz foi uma expiação completa, perfeita e final." Isto está em distinta contradição com os pronunciamentos da Sra. White que a expiação final começou em 1844.
Definição de
Expiação
Tenho ouvido a
várias discussões sobre o significado da palavra hebraica "KAPHAR",
que é a palavra usada no original para expiação, mas recebi pouca ajuda. A
melhor definição encontrei numa curta frase explanatória no Patriarcas e
Profetas, pág. 358, que simplesmente afirma que a expiação, "a grande obra
de CRISTO, ou o apagamento do pecado, era representada pelos serviços no dia da
expiação."Essa definição está em harmonia com Levítico 16:30, que diz que, "o sacerdote fará expiação por vós, para limpar-vos, para que possais estar purificados de todos os vossos pecados diante do SENHOR." Expiação é aqui igualada a ser "limpo de todos os vossos pecados." Como o pecado foi a causa de separação entre DEUS e o homem, a remoção do pecado haveria novamente de unir DEUS e o homem. E isto seria reconciliação, harmonização [em inglês, at-one-ment, a uma mente].
CRISTO não precisava de nenhuma expiação (reconciliação), pois Ele e o Pai foram sempre um. João 10: 30. CRISTO orou por Seus discípulos "para que eles todos sejam um, como Tu, Pai, és em Mim e Eu em Ti, que eles também possam ser um em Nós." João 17: 21.
A definição de expiação como consistente de três palavras, em inglês, at-one-ment, é por alguns considerada obsoleta, mas não obstante representa verdade vital. A Sra. White assim a usa. Diz ela: "a não ser que aceitem a expiação provida em favor deles no sacrifício reparador de JESUS CRISTO que é nossa expiação, at-one-ment, com DEUS." Mss. 122, 1901.
O plano de DEUS é que "na plenitude do tempo Ele pudesse reunir juntos em um todas as coisas em CRISTO." Efésios 1:10. Quando isso for feito, "a família do céu e a família da terra são uma só." O Desejado, 835. Então, "uma única pulsação de harmonia e alegria vibra por toda a vasta criação." O Grande Conflito, 678. Finalmente, a expiação está completa.
Duas Fases da
Expiação
Muita confusão a
respeito da expiação surge da negligência de reconhecer as duas divisões da
expiação. Note que é dito de João Batista, "Ele não distinguia claramente
as duas fases da obra de CRISTO - como um sacrifício sofredor, e um rei
conquistador." O Desejado, 136, 137. O livro Questions on Doctrine [de
Froom, Anderson e Read, publicado em 1957, cujos erros foram repetidos
A Primeira Fase da
Expiação
A primeira fase da
expiação de CRISTO foi de um sacrifício sofredor. Isto começou antes que
houvesse mundo, incluía a encarnação, a vida de CRISTO sobre a terra, a
tentação no deserto, o Getsêmane, o Gólgota, e findou quando a voz de DEUS
chamou CRISTO da "prisão pétrea da morte". O capítulo 53 de Isaías é um
quadro disto.Satanás venceu Adão no jardim do Édem, e em pouco tempo quase o mundo inteiro ficou sob seu domínio. No tempo de Noé houve apenas oito almas que entraram na arca. Satanás reivindicava ser o príncipe deste mundo, e ninguém o desafiou.
Mas DEUS não reconheceu a pretensão de Satanás por domínio, e quando CRISTO veio à terra, o Pai "deu o mundo na mão de Seu Filho, para que através de Sua obra mediatória Ele pudesse completamente vindicar a santidade e os reclamos obrigatórios de cada preceito da lei divina." Bible Echo, Janeiro, 1887. Este foi um desafio à pretensão de Satanás, e assim começou resolutamente a grande controvérsia entre CRISTO e Satanás.
"CRISTO tomou o lugar do caído Adão. Com os pecados do mundo postos sobre Ele, JESUS haveria de ir ao terreno onde Adão tropeçara." RH, 24-02-1874. "JESUS prontificou-Se a enfrentar os mais altos reclamos da lei." RH, 02.09.1890. CRISTO fez-Se responsável por todo homem e mulher sobre a terra." RH, 27-01-1900.
Como Satanás reclamava o domínio da terra, era necessário para CRISTO vencer a Satanás, antes que JESUS pudesse tomar possessão de Seu reino. Satanás sabia disso, e então fez uma tentativa de matar CRISTO tão logo Ele nascesse. Contudo, como uma disputa entre Satanás e uma criatura indefesa na manjedoura não seria justa, DEUS frustrou aquilo.
O primeiro encontro verdadeiro entre CRISTO e Satanás ocorreu no deserto. Após 40 dias de jejum, CRISTO estava fraco e emaciado, à porta da morte. Nessa ocasião Satanás fez seu ataque. Mas CRISTO resistiu, mesmo "até o sangue", e Satanás foi compelido a retirar-se derrotado. Mas o diabo não desistiu. Por todo o ministério de CRISTO, Satanás perseguiu Suas pegadas, e tornou cada momento uma árdua batalha.
Getsêmane
O clímax da luta de
CRISTO com Satanás, veio no jardim do Getsêmane. Até ali CRISTO fora sustido
pelo conhecimento da aprovação do Pai. Mas agora Ele "estava oprimido pelo
terrível temor de que DEUS estivesse removendo Sua presença de JESUS." Spirit
of Prophecy, vol. 3, pág. 95. Se DEUS O abandonasse, poderia JESUS ainda
resistir a Satanás e morrer em vez de submeter-se ao diabo? "Três vezes
Sua humanidade recuou do último sacrifício coroador... A sorte da humanidade
tremeu na balança." Ibid., pág. 99. "Conforme a presença do Pai era
retirada, eles O viram triste, com uma amargura de tristeza que excede aquela
da última luta com a morte." O Desejado, pág. 759. "JESUS caiu
moribundo ao solo, mas com Seu último resto de força murmurou, 'Se este cálice
não pode passar sem que Eu o beba, seja feita a Tua vontade...' Uma paz
celestial repousou sobre Sua face ensangüentada. Ele havia suportado o que
nenhum ser humano jamais podia suportar; Ele havia provado os sofrimentos da
morte em favor de todo homem." O Desejado, pág. 694. Em Sua morte,
Ele foi vitorioso."Quando CRISTO disse, 'Está consumado', DEUS respondeu, 'Está consumado, a raça humana terá outra provação [teste, prova].' O preço da redenção está pago, e Satanás caiu do céu como um raio." Mss. 11, 1897.
"Quando o Pai contemplou a cruz Ele ficou satisfeito. DEUS disse, 'É suficiente, a oferta está completa.'" Signs of the Times, 30-09-1899.
Era necessário, contudo, que fosse dado ao mundo uma severa manifestação da ira de DEUS, e assim, "na sepultura CRISTO foi o cativo da justiça divina." M.V.F., 24-01-1898. Precisava ser abertamente atestado que a morte de CRISTO fora real. Assim, JESUS deveria "permanecer na sepultura o indicado período de tempo." R&H, 26-04-1898. Quando o tempo expirou, um "mensageiro foi enviado para aliviar o Filho de DEUS do débito pelo qual tornara-Se responsável e pelo qual tinha feito expiação completa." Mss. 94, 1897.
"Na oração intercessória de JESUS com Seu Pai, CRISTO reivindicou que havia cumprido as condições que tornava obrigatório ao Pai cumprir a Sua parte do contrato feito no céu, com relação ao homem caído. JESUS orou, 'completei a obra que Tu Me deste para fazer.'" A Sra. White faz então este esclarecimento, "Isto é, JESUS tinha formado um caráter justo sobre a terra, como um exemplo para o homem seguir." Spirit of Prophecy, vol. 3, pág. 260.
O "contrato" entre o Pai e o Filho feito no céu, incluía o seguinte:
1 - O Filho devia desenvolver um "caráter justo sobre a terra como um exemplo para o homem seguir."
2 - Não somente era para JESUS formar tal caráter, mas Ele devia demonstrar que o homem também poderia fazê-lo; e assim DEUS faria que os homens se tornassem "mais escassos do que o ouro puro, mais raros do que o ouro de Ofir."
3 - Se CRISTO assim pudesse apresentar o homem como uma nova criatura
CRISTO "cumpriu uma fase de Seu sacerdócio ao morrer sobre a cruz. Ele está agora cumprindo outra fase ao pleitear diante do Pai o caso dos pecadores arrependidos e crentes, apresentando a DEUS as ofertas de Seu povo." Mss. 42, 1901. "Em Sua encarnação JESUS atingiu o limite prescrito como um sacrifício, mas não como um rendentor." Mss. 111, 1897. No Gólgota CRISTO foi a vítima, o sacrifício. Aquilo foi tão longe quanto JESUS podia ir como um sacrifício. Mas agora Sua obra como redentor começou. "Quando CRISTO exclamou 'Está consumado', a mão invisível de DEUS rompeu de alto a baixo o forte tecido que compunha o véu do templo. O caminho para dentro do santíssimo foi tornado manifesto." Ibidem.
Com a cruz, a primeira fase da obra de CRISTO como "sacrifício sofredor" terminou. JESUS tinha ido ao "limite prescrito" como um sacrifício. Ele tinha concluído a Sua obra "até aqui". E agora, com a aprovação do sacrifício pelo Pai, JESUS foi autorizado a ser o Salvador da humanidade. Na ulterior coroação, 40 dias mais tarde, foi-Lhe dado todo poder no céu e na terra, e oficialmente investido como Sumo Sacerdote.
A Segunda Fase da
Expiação
"Após Sua
ascensão nosso Salvador começou Sua obra como Sumo Sacerdote... Em harmonia com
o serviço típico, Ele iniciou Sua ministração no lugar santo, e ao término dos
dias proféticos em 1844... JESUS entrou no lugar santíssimo para executar a
última parte de Sua solene obra, para purificar o santuário." Spirit of
Prophecy, vol. 4, pág. 265, 266. Na mesma página Ao estudar esta parte da expiação, estamos entrando num campo que é distintamente adventista, e no que diferimos de todas as outras denominações. Esta é nossa única contribuição à religião e teologia, aquilo que "tem feito de nós um povo separado, e tem dado caráter e poder à nossa obra." Counsels to Editors and Writers, pág. 54. No mesmo lugar ela nos adverte contra "invalidar as verdades da expiação, e destruir nossa confiança nas doutrinas que temos mantido sagradas desde que a mensagem do terceiro anjo foi dada pela primeira vez."
Esse é um conselho vital, e escrito para este próprio tempo quando esforços estão sendo feitos por alguns entre nós para ter outras crenças, para que sejam iguais às igrejas ao nosso redor, um corpo evangélico e não uma seita. Paulo, em seus dias, teve de enfrentar a mesma heresia. Ele foi acusado de ser uma "peste", o "principal defensor da seita dos nazarenos." Atos 24:5. Em sua resposta diante de Felix, Paulo confessou que após o "caminho que eles chamam seita, assim sirvo eu o DEUS de nossos pais, crendo todas as coisas que estão de acordo com a lei e que estão escritas nos profetas." Atos 24:14.
Naqueles dias os homens zombavam da verdadeira igreja como uma seita, como fazem hoje. Paulo não ficava perturbado por isto. Não temos registro que ele tentou ter a igreja do DEUS vivo reconhecida como um corpo evangélico pelos homens que lançavam no pó a lei de DEUS. Ao contrário, seja o que o chamassem e a sua "seita", ele confessou que cria em "todas as coisas que estão escritas na lei e nos profetas." Atos 24:14.
O jornal religioso Cristianity Today, afirma na edição de 3 de março de 1958, que "os adventistas hoje estão contendendo vigorosamente que eles são verdadeiramente evangélicos. Parece que eles querem ser assim considerados." Mencionando o livro Questions on Doctrine, diz que esta "é a resposta adventista à pergunta se eles devem ser considerados como uma seita ou como um membro da denominação evangélica." Declara além disso que "o livro" é publicado num esforço para convencer o mundo religioso que somos evangélicos e uma delas.
Esta é uma situação interessante e perigosa. Como um oficial que não estava a favor do que está sendo feito me afirmou: "Estamos sendo vendidos rio abaixo." Que cena para o céu e a terra. A igreja do DEUS vivo, à qual foi dada a comissão de pregar o evangelho para toda criatura debaixo do céu e chamar os homens para saírem de Babilônia, está agora de pé à porta dessas igrejas pedindo permissão para entrar e tornar-se uma delas. Como estão caídos os poderosos! Se o plano deles tiver sucesso, devemos agora ser um membro de alguma associação evangélica e não mais uma IASD distinta, em segredo "vendida rio abaixo." [N.T. Foi o que ocorreu em 07.08.1959, com a primeira divulgação pelo Conselho Nacional de Igrejas dos Estados Unidos, organização ecumênica, de que a IASD é um "membro cooperador".] Isto é mais que apostasia. Isto é desistir do adventismo. Isto é um rapto de um povo inteiro. É negar a condução de DEUS no passado. É o cumprimento do que o Espírito de Profecia disse anos atrás:
"O inimigo das almas tem buscado introduzir a suposição de que uma grande reforma deveria ter lugar entre os adventistas do sétimo dia, e que essa reforma consistiria em renunciar às doutrinas que permanecem como pilares de nossa fé, e engajar-se num processo de reorganização. Caso essa reforma tivesse acontecido, o que resultaria? Os princípios da verdade que Deus em Sua sabedoria tem concedido à igreja remanescente seriam descartados. Nossa religião seria mudada. Os princípios fundamentais que têm sustentado a obra durante os últimos cinqüenta anos seriam considerados como erro. Uma nova organização seria estabelecida. Livros de uma nova ordem seriam escritos. Um sistema de filosofia intelectual seria introduzido. Os fundadores desse sistema iriam às cidades e realizariam uma maravilhosa obra. O sábado, logicamente, seria considerado levianamente, bem como o Deus que o criou. Nada seria permitido permanecer no caminho do novo movimento. Os líderes ensinariam que a virtude é melhor do que o vício, mas Deus sendo removido, eles depositariam sua dependência no poder humano, o qual, sem Deus, é sem valor. O seu fundamento seria edificado sobre a areia, e a tempestade e a tormenta levariam de roldão a estrutura". Special Testimonies, Series B, # 7, ppág. 39-40 (outubro de 1903). Mensagens Escolhidas, Vol. 1, ppág. 204-205.
"Não sejais enganados; muitos se apartarão da fé, dando ouvidos a espíritos sedutores e a doutrinas de demônios. Temos diante de nós o alfa desse perigo. O ômega será de natureza mais surpreendente." Series B, nº 2, pág. 16.
"Quando homens na posição de líderes e professores trabalham sob o poder de idéias espiritualistas e sofismas, ficaremos calados por medo de prejudicar a influência deles, enquanto almas estão sendo enganadas?... Aqueles que se sentem tão pacíficos em relação às obras de homens que estão danificando a fé do povo de DEUS, são guiados por um sentimento enganoso." Ibidem, pág. 9, 11.
Energia renovada é agora necessária. Ação vigilante é convocada. Indiferença e indolência resultarão na perda da religião pessoal e do céu... Minha mensagem para vós é: Não mais consintais a ouvir sem protestar contra a perversão da verdade. Devemos firmemente recusar sermos afastados da plataforma da verdade, que desde 1844 tem suportado o teste." Ibidem, pág. 14, 15, 50.
"Hesitei e demorei a enviar o que o ESPÍRITO do SENHOR me impeliu a escrever. Eu não queria ser compelida a apresentar a influência desencaminhadora daqueles sofismas. Mas na providência de DEUS, os erros que têm entrado devem ser enfrentados." Ibidem, pág. 55.
"Que influência é essa que conduziria os homens neste estágio de nossa história a trabalhar de um modo secreto e desonesto e poderoso para romper o fundamento de nossa fé - o fundamento que foi lançado no início de nossa obra pelo estudo fervoroso da palavra e pela revelação? Sobre este fundamento temos estado construindo os passados 50 anos. Imaginais que quando vi o começo da obra que removeria alguns dos pilares de nossa fé, eu teria algo a dizer? Devo obedecer à ordem, 'Enfrentai-o.'" Ibidem, pág. 58.
Tudo isto foi escrito para enfrentar a apostasia no período alfa. Estamos agora no período ômega que a Irmã White diz que viria, e que "seria de uma natureza surpreendente". E as palavras são mesmo mais aplicáveis agora do que então. É o leitor um "dos que se sentem tão pacíficos a respeito das obras dos homens que estão arruinando a fé do povo de DEUS"? Ibidem, pág. 11. "Manteremos silêncio por temor de prejudicar a influência deles, enquanto almas estão sendo enganadas?" Ibidem, pág. 9. É tempo de ficar de pé e ser contado. Há tempos que tenho sido tentado a pensar que estou de pé sozinho como esteve Elias. Mas DEUS lhe disse que havia 7.000 outros. Há mais que aquilo agora, graças a DEUS. Eles precisam se revelar - e o estão fazendo. As mais sinceras são as cartas que recebo. É com profundo pesar que acho que sou incapaz de entrar em extensiva correspondência. Estou sobrecarregado de trabalho.
É o sangue que deve ser aplicado, não "um ato", "um grande ato", "um ato sacrifical", "um ato expiatório", "o ato da cruz", "os benefícios do ato da cruz", "os benefícios da expiação", todas das quais expressões são usadas em Questions on Doctrine, mas qualquer referência ao sangue é cuidadosamente evitada. Não é um ato de qualquer espécie que deve ser aplicado. É o sanque. No entanto em todas as 100 páginas do livro tratando da expiação, nem uma vez é falado no sangue como sendo aplicado, ou ministrado. Pode isso ser meramente um descuido, ou é intencional? Estamos ensinando uma expiação sem sangue? O Pr. Nichols declara a posição adventista corretamente quando diz, "cremos que a obra da expiação de CRISTO começou em vez de completar-se no Calvário." Answers to Objections, pág. 408. Isto foi publicado em 1952. [Portanto, antes que a liderança tivesse feito compromisso com os protestantes.] Estamos interessados de ver o que dirá a nova edição. Muitos estão esperando para encontrar o que devem crer sobre esta importante questão.
Expiação de Sangue
Eis aqui algumas
expressões do Espírito de Profecia com relação ao sangue expiatório:"JESUS foi vestido de trajes sacerdotais. Ele contemplou com pena o remanescente, e com voz de profunda piedade clamou, 'Meu sangue, Pai; Meu sangue; Meu sangue; Meu sangue.'" Primeiros Escritos, pág. 38.
"JESUS aparece na presença de DEUS como nosso grande Sumo Sacerdote, pronto para aceitar o arrependimento, e a responder as orações de Seu povo, e, através dos méritos de Sua própria justiça, apresentá-los ao Pai. JESUS levanta Suas mãos feridas a DEUS, e reivindica o perdão deles comprado com sangue. Tenho-os gravado nas palmas de Minhas mãos, Ele suplica. Aquelas feridas memoriais de Minha humilhação e angústia asseguram à Minha igreja os melhores dons da Onipotência." Spirit of Prophecy, vol. 3., 261,262.
"A arca que abriga as tábuas da lei está coberta com o assento de misericórdia [propiciatório], diante do qual CRISTO pleiteia Seu sangue em favor do pecador." O Grande Conflito, 415.
"Quando no serviço típico o sumo sacerdote deixava o lugar santo no dia da expiação, ele entrava [no lugar santíssimo] diante de DEUS para apresentar o sangue da oferta pelo pecado, em favor de todo Israel que realmente se arrependera de seus pecados. Assim CRISTO apenas completou uma parte de Sua obra como nosso intercessor, para entrar em outra porção da obra, e Ele ainda pleiteava Seu sangue diante do Pai em favor dos pecadores." Ibidem, 429.
CRISTO está "agora oficiando diante da arca de DEUS, demandando Seu sangue em benefício dos pecadores." Ibidem, 433.
"CRISTO, o grande Sumo Sacerdote, pleiteando Seu sangue diante do Pai em favor do pecador, leva sobre Seu coração o nome de cada alma crente arrependida." Patriarcas e Profetas, 351.
"Como CRISTO em Sua ascensão apareceu na presença de DEUS para pleitear Seu sangue em favor dos penitentes crentes, assim o sacerdote na ministração diária aspergia o sanque do sacrifício no lugar santo em favor do pecador." Patriarcas e Profetas, 357.
"O sangue de CRISTO, conquanto fosse para libertar o arrependido pecador da condenação da lei, não era para cancelar o pecado; era para manter em registro no santuário até a expiação final." Ibidem.
E com todas essas declarações diante dele, nem uma vez o autor de Questions on Doctrine mencionou o sangue como sendo aplicado ou ministrado.
A Expiação Final
"O Pai
ratificou a aliança feita por CRISTO, que haveria de receber os homens
obedientes e arrependidos, e os amaria mesmo como Ele ama Seu Filho."
Esta, como declarado acima, era na condição de que "CRISTO deveria
completar Sua obra e cumprir Sua garantia de tornar o homem 'mais precioso que
o fino ouro, mais raro que o ouro fino de Ofir.' Isaías 13:12." O
Desejado, pág. 790. "Isto CRISTO garante." Spirit of Prophecy,
vol. 3, pág. 250.Quando CRISTO diz em Sua oração sumo-sacerdotal, "Completei a obra que Tu Me deste para fazer," (João, 17:4) a Irmã White comenta: "JESUS desenvolveu um caráter justo sobre a terra como exemplo para o homem seguir." Spirit of Prophecy, vol. 3, pág. 260.
Em desenvolver esse caráter justo, CRISTO demonstrou que isto pode ser feito. Mas podiam os outros fazer o mesmo? Isto também precisa ser demonstrado. CRISTO garantiu que poderiam. Era agora para CRISTO tornar eficaz Sua promessa.
O caráter não é criado. É feito; é desenvolvido; é construído através de múltiplos testes e tentações e provações. DEUS de início dá um teste leve, depois um pouco mais forte, e ainda um pouco mais forte. Pouco a pouco a resistência às tentações fica mais forte, e depois de um tempo certas tentações cessam de ser tentações. Um homem pode ter uma grande luta contra o tabaco; mas finalmente é vitorioso, e sua vitória ser tão completa que o tabaco não é mais uma tentação.
Assim, idealmente, deve ser com toda tentação. Santidade não é obtida num dia. "Redenção é aquele processo pelo qual a alma é treinada para o céu." O Desejado, pág. 330. Um homem pode ganhar vitórias cada dia, mas ainda não pode ter alcançado. Mesmo Paulo teve de admitir que ele não havia "já alcançado, ou que era perfeito." Mas destemido exclama, "mas prossigo para alcançar aquilo para o que fui também preso por CRISTO JESUS." Filipenses 3:12.
CRISTO prometeu tornar o homem "mais puro que o ouro", mesmo que o ouro fino de Ofir. Nesta obra o homem não deve ser apenas um instrumento submisso; ele deve tomar parte ativa. Notem estas citações:
"O resgate da raça humana foi apontado para dar ao homem outra prova [teste]." Mss. 14, 1898.
"O plano da salvação foi designado para redimir a raça caída, para dar ao homem outro teste." Signs of the Times, 26-04-1899.
"DEUS contemplou a vítima expirando sobre a cruz e disse, 'Está terminado; a raça humana terá outra prova [teste, provação].'" Youth's Instructor, 21-06-1900.
"Para que o transgressor possa ter outra prova... o eterno Filho de DEUS Se interpôs para suportar a punição da transgressão." RH, 08-02-1898.
"JESUS sofreu em nosso lugar para que o homem pudesse ter outro teste e provação." Special Instruction Relating to the Review Herald Office, pág. 28.
"Como JESUS foi aceito como nosso substituto e penhor, cada um de nós será aceito se resistirmos o teste e a provação por nós mesmos." RH, 10-06-1890.
"O Salvador venceu para mostrar ao homem como o homem pode vencer." "O homem precisa trabalhar com seu poder humano, ajudado pelo poder divino de CRISTO, para resistir e conquistar a qualquer custo para si mesmo. Em suma, ele deve vencer como CRISTO venceu... O homem deve fazer sua parte; deve ser vitorioso de sua própria conta, através da força e graça que CRISTO lhe dá." Testimonies, vol. 4, pág. 32, 33.
CRISTO prometeu tornar os homens vencedores; Ele "garantiu" isto. Não foi tarefa fácil; mas a obra de expiação não foi terminada até e a não ser que JESUS a fizesse. E assim CRISTO perseverou até que Sua tarefa fosse feita. Da última geração, na mais fraca das fracas, CRISTO escolhe um grupo [os Remanescentes] com o qual fazer a demonstração que o homem pode vencer como CRISTO venceu.
Nos 144.000 CRISTO permanecerá justificado e glorificado. Eles provam que é possível para o homem viver uma vida agradando a DEUS sob todas as condições, e que os homens podem finalmente ficar de pé "à vista de um DEUS santo sem um intercessor [é agora na luta de Jacó]." O Grande Conflito, pág. 614.
O testemunho é dado então a eles, "Eles são os escolhidos, co-herdeiros com CRISTO na grande firma do céu. Eles venceram, como JESUS venceu." Mss. 28.11.1897. Para nós vem o convite, "Agora, enquanto nosso Sumo Sacerdote está fazendo a expiação por nós, devemos buscar tornar-nos perfeitos em CRISTO." O Grande Conflito, pág. 623.
Um Mistério
Em sua epístola aos
efésios, Paulo apresenta-nos com um mistério. Diz ele, "Por esta causa
deixará o homem seu pai e sua mãe e se unirá à sua mulher, e ambos serão uma só
carne. Este é um grande mistério; mas eu falo com relação a CRISTO e a
igreja." Efésios 5: 31,32. O casamento adequadamente representa a união
entre CRISTO e a igreja, efetuada pela expiação.Em harmonia com esse quadro de casamento, o anúncio público é feito no fechamento da porta da graça: "Regozijemo-nos, e alegremo-nos, e demos-Lhe glória, porque vindas são as bodas do Cordeiro, e já a Sua noiva se aprontou. E foi-lhe dado que se vestisse de linho fino, puro e resplandecente; porque o linho fino são as justiças dos santos." Apocalipse 19:7,8. Como o esposo e a esposa são um, assim agora são CRISTO e a igreja. A expiação, a verdadeira expiação, a expiação final, a completa expiação, foi feita. "A família do céu e a família da terra são uma." O Desejado, pág. 835.
Os 144.000
Praticamente todos
os adventistas têm lido os últimos capítulos de O Conflito dos Séculos,
que descreve a pavorosa luta através da qual o povo de DEUS passará antes do
fim. Como CRISTO foi provado ao máximo na tentação no deserto e no jardim do
Getsêmane, assim os 144.000 da mesma forma serão provados. Eles aparentemente
serão deixados a perecer, pois suas preces ficarão sem resposta como as de
CRISTO no Getsêmane quando Suas petições foram negadas. Mas a fé deles não
cairá. Como Jó eles exclamarão, "Mesmo que DEUS me mate, Nele
confiarei." Jó, 13:15.A demonstração final do que DEUS pode fazer na humanidade é feita na última geração que porta todas as enfermidades e fraquezas que a raça humana adquiriu através de seis mil anos de pecado e transgressão. Nas palavras da Irmã White eles portam "os resultados da operação da grande lei da hereditariedade." O Desejado, pág. 48. Os mais fracos da humanidade devem ser submetidos às mais fortes tentações de Satanás, para que o poder de DEUS possa ser abundantemente mostrado. "Foi uma hora de pavorosa, terrível agonia aos santos. Dia e noite eles clamavam a DEUS por libertação. Pela aparência exterior, não havia nenhuma possibilidade de eles escaparem." Primeiros Escritos, pág. 283.
De acordo com a nova teologia que nossos líderes têm aceito e estão agora ensinando, os 144.000 serão sujeitos a uma tentação imensuravelmente mais forte do que CRISTO jamais experimentou. Pois enquanto a última geração portará as fraquezas e as paixões de seus antepassados, nossos líderes reivindicam que CRISTO foi isento [imune] de todas elas. CRISTO, é-nos dito, não herdou nenhuma das paixões "que corrompem os descendentes naturais de Adão." Questions on Doctrine, pág. 383.
Com esse falso ensino sobre a natureza de CRISTO, JESUS viveu quando na terra num nível mais elevado e completamente diferente do homem que tem de lutar com paixões herdadas, e assim CRISTO não conhece e não experimentou o real poder do pecado. Mas esse não é o tipo de salvador que eu preciso. Preciso de um Salvador que foi "tentado em todos os pontos como nós somos." Hebreus 4:15. O "cristo substituto" que nossos líderes nos apresentam, devo rejeitá-lo e o rejeito. Graças a DEUS, "Porque não temos um sumo sacerdote que não possa compadecer-se das nossas fraquezas; porém um que, como nós, em tudo foi tentado, mas sem pecado." Ibidem.
Acusação contra
DEUS
Porém mais do que
mesmo aquilo está envolvido na nova teologia; ela coloca uma acusação contra
DEUS como o autor de um plano para enganar ambos o homem e Satanás. Eis a
situação:Satanás tem consistentemente mantido que DEUS é injusto em requerer que os homens obedeçam a Sua lei, que o diabo diz ser impossível obedecê-la. DEUS tem sustentado que Sua lei pode ser obedecida, e para substanciar Sua reivindicação ofereceu mandar Seu Filho a este mundo para provar Sua contenda. O Filho veio e guardou a lei e desafiou aos homens a convencê-Lo do pecado. JESUS foi achado ser sem pecado, santo e sem culpa. Ele provou que a lei podia ser guardada, e DEUS ficou vindicado; e Sua exigência que os homens guardem Seus mandamentos foi achada ser justa. DEUS venceu, e Satanás foi derrotado.
Mas nisso havia um nó; pois Satanás reclamava que DEUS não tinha feito um jogo justo; Ele tinha favorecido Seu Filho, tinha-O "isentado" dos resultados da operação da grande lei da hereditariedade à qual todos os homens estavam sujeitos; DEUS tinha isentado [tornado imune] CRISTO "das paixões herdadas e poluicões que corrompem os descendentes naturais de Adão." Questions on Doctrine, pág. 383. DEUS não havia isentado a humanidade em geral, mas somente CRISTO. Isto, evidentemente, invalidava a obra de CRISTO sobre a terra. JESUS não mais era um de nós que tinha demonstrado o poder de DEUS para guardar os homens de pecar. Ele era um enganador a quem DEUS dera tratamento preferencial e não foi afligido com paixões herdadas como são os homens.
Satanás teve pouca dificuldade em levar os homens a aceitar esse ponto de vista; a igreja católica o aceita; no devido tempo, os evangélicos deram seu consentimento; e em 1956 os líderes da IASD também adotaram esse ponto de vista. Foi o assunto de "isenção" que fez Pedro tomar JESUS à parte e dizer, "SENHOR, tem compaixão de Ti; de modo nenhum Te acontecerá isso. Ele, porém, voltando-Se disse a Pedro: Para trás de Mim, Satanás, que Me serves de escândalo; porque não compreendes as coisas que são de DEUS, mas só as que são dos homens." Mateus 16: 22,23. CRISTO não queria ser imune [isento]. Ele disse a Pedro, "Não compreendes as coisas que são de DEUS." Assim hoje alguns não compreendem as coisas de DEUS. Eles pensam que é meramente uma questão de semântica. Que DEUS tenha piedade de tais e lhes abra os olhos para as coisas que são de DEUS. Com a rendição dos líderes adventistas à monstruosa doutrina de um CRISTO "imune", a última oposição de Satanás tem capitulado. Oramos novamente, queira DEUS salvar Seu povo.
Foi-me perguntado o que espero realizar com esta minha oposição. Não quero "vencer" qualquer argumento. Sou um ministro adventista do sétimo dia cujo trabalho é pregar a verdade e combater o erro. A Bíblia é em grande parte um registro do protesto das testemunhas de DEUS contra os pecados prevalecentes da igreja, e também de suas aparentes falhas. Praticamente todos os protestadores selaram seu testemunho com seu sangue, e a igreja prosseguiu até DEUS intervir. Tudo que Paulo esperava era que ele pudesse "salvar alguns." I Coríntios 9:22. Praticamente todos os apóstolos morreram como mártires, e CRISTO foi pendurado numa cruz. Levou 40 anos antes que a destruição viesse. Mas quando DEUS interveio Ele fez um trabalho completo.
Esta denominação precisa voltar à instrução dada em
Mas tudo isto, embora importante, torna-se pequeno, diante de nossa maior necessidade. Precisamos todos, a maioria de nós, de uma reforma e reavivamento. E se nossos líderes não nos conduzem como deveriam, "de outra parte se levantará para os judeus socorro e livramento". Ester 4:14. Eu, de bom ânimo, permaneço orando pela paz de Israel.
(Assinado) M. L. Andreasen
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