domingo, 16 de setembro de 2012


EGW e John Milton

SOBRE A LIBERDADE DE ESCOLHA.
John Milton:
“Tais eu criei todos os poderes etéreos e todos os espíritos, os que se sustiveram e os que cairam; livremente se sustiveram os que se sustiveram, e cairam os que cairan. Não sendo livres, que prova sincera poderiam ter dado duma verdadeira obediência, duma fé constante ou de amor? Se eles fizessem somente o que eram obrigados  fazer e não o que teriam querido, que louvor poderiam receber? Que prazer teria eu duma obediência assim retribuída, quando a vontade e a razão (razão também é escolha), inúteis e vãs, ambas despojadas da liberdade, ambas passivas, tivessem servido à necessidade e não a mim? Eles, portanto, como de direito, assim criados, não podem, com justiça, acusar seu Criador ou sua natureza ou o seu destino, como se  a predestinação, dominando a sua vontade, dispusesse por decreto absoluto ou por alta presciência; eles mesmos decretaram sua revolta, não eu; apesar de a ter previsto, minha presciência não teve alguma influência sobre a sua falta que, não sendo prevista, não teria sido menos certa.” Paraíso Perdido p..105
Ellen  White:
“Sendo a lei do amor  o fundamento do governo de Deus, a felicidade de todos os seres criados dependia de sua perfeita harmonia com os  seus grandes princípios de justiça. Deus deseja de todas as suas criaturas serviço de amor – homenagem que brote de uma apreciação inteligente de Seu caráter. Ele não  tem prazer em uma submissão forçada, e a todos confere vontade livre , para que possam prestar-Lhe serviço voluntário”. O Grande Conflito . p. 496
SOBRE O MOTIVO QUE PERMITIU AO HOMEM PECADOR, A POSSIBILIDADE DO PERDÃO.
John Milton:
“Os primeiros rebeldes caíram por suas próprias  sugestões, por eles mesmos tentados, por eles mesmos depravados; o homem cai, enganado pelos primeiros rebeldes. O homem portanto, encontrará graça; os outros, não. Paraíso Perdido. p. 105
“(...) a ele, caído pela malícia dos anjos rebeldes, ó Pai da misericórdia e do perdão, tu não o condenaste com tanto rigor, porém te inclinas, muito mais, à piedade”. Paraíso Perdido. p. 105
Ellen  White:
“O homem, porém, foi enganado; obscureceu-lhe o espírito pelo sofisma de Satanás. (...) Para ele, havia esperança no conhecimento do amor de Deus”. O Desejado de Todas as Nações. p. 733
ADÃO PECOU POR AMOR A EVA
John Milton:
“Como poderei viver sem ti, como poderei renunciar à tua doce palestra e ao nosso amor tão ternamente unido, para sobreviver abandonado nestes bosques selvagens? Criasse Deus outra Eva, fornecesse eu outra costela, tua perda não sairia nunca do meu coração”. Paraíso Perdido. p. 371-372
“Em recompensa (pois criminosa condescendência  merecia essa ótima recompensa), com mão liberal, ela lhe dá o fruto do ramo sedutor e belo. Adão não teve escrúpulos em comê-lo, apesar do que sabia. Não foi enganado, mais  apaixonadamente vencido pelo encanto da mulher”. Paraíso Perdido. p. 372
Ellen White:
“Adão compreendeu que sua companheira transgredira a ordem de Deus (...) Agora porém, a ação estava praticada;  devia separar-se daquela cuja companhia fora sua alegria?  (...) Ela era uma parte dele, e ele não podia suportar a idéia da separação. (...) Resolveu partilhar sua sorte; se ela deveria morrer, com ela morreria ele”.  Patriarcas e Profetas. p. 49
O PAI EXALTANDO E CONCEDENDO HONRA AO FILHO.
John Milton:
“Todo poder eu te concedo; reina para sempre e assume teus direitos. Como chefe supremo, submeto a ti tronos, principados, poderes, dominações; todos os joelhos inclinarão diante de ti, os de todos os que habitam no céu, sobre a terra ou sob a terra, no inferno. Paraíso Perdido. p. 113-114
“(...) Não tinha ainda acabado de falar o Todo-Poderoso, e todos os anjos, com retumbante aclamação, como a de inumerável multidão, harmoniosa como de vozes abençoadas, manifestam sua alegria (...). Os anjos se inclinam diante dos dois tronos (...) atiram ao chão suas coroas”. Paraíso Perdido. p. 114
Ellen White:
“O Rei do universo convocou os exércitos celestiais perante Ele, para, em sua presença, apresentar a verdadeira posição de Seu Filho (...). Os anjos alegremente reconheceram a supremacia de Cristo,e, prostrando-se diante Dele, extravasaram seu amor e adoração”.Patriarcas e Profetas. p. 16 e 17
DEUS MANDA ANJOS PREVENIR ADÃO EM RELAÇÃO À SATANÁS.
John Milton:
“Rafael, disse Ele, sabes que desordem no mundo, Satanás, escapulido do inferno pelo abismo tenebroso, excitou no Paraíso; sabes como, esta noite perturbou o casal edêmico, e como planeja a ruína da raça humana, nesse par. Vai, portanto, (...) previne-o para acautelar-se (...) dize-lhe, também qual o seu perigo (...) qual o inimigo, que, recentemente caído do céu, trama agora, a queda de outros, dum igual estado de ventura, não pela violência, pois essa seria repelida, mas pela fraude e por mentiras”. Paraíso Perdido. 198




Ellen White:
“Os anjos os advertiram a que estivessem de sobreaviso contra os ardis de Satanás; pois seus esforços para os enredar seriam incansáveis”. Patriarcas e Profetas.  45
EVA NÃO DEVERIA SE AFASTAR DE ADÃO.
John Milton:
“Mas, outro receio me domina: tenho medo de que, separada de mim, algum perigo te suceda, pois sabes do que fomos avisados, sabes que malicioso inimigo, invejando nossa felicidade e desesperando a sua, procura fazer a nossa desgraça e a nossa vergonha (...). A sua maior vantagem será encontrar-nos separados, sem esperança de nos iludir, estando reunidos, porque na necessidade podemos prestar, um ao outro, rápido auxílio. A esposa, quando o perigo ou a desonra a espreita, está mais garantida e com mais decoro perto do marido, que a guarda, ou suporta com ela tudo o que for”. Paraíso Perdido. p. 291/292
Ellen White:
“Os anjos haviam advertido Eva de que tivesse cuidado de não se afastar do esposo enquanto se ocupavam com seu trabalho diário no jardim; junto dele estaria em menor perigo de tentação, do que se estivesse sozinha”. Patriarcas e Profetas. p. 46
ADÃO RECEBE REVELAÇÃO DO FUTURO, DESDE OS PRIMEIROS RESULTADOS DO SEU PECADO, PASSANDO PELO DILÚVIO, A PRIMEIRA VINDA DE CRISTO, FIM DO MUNDO E ÉDEN RESTAURADO.
John Milton:
Adão, abre agora os teus olhos, contempla, primeiro, os efeitos que o teu pecado original operou (...) - é uma exposição longa onde John Milton apresenta um anjo mostrando para Adão os resultado do seu pecado. É mostrado para Adão, a morte de Abel, o dilúvio, a ida de Abraão e a saída do povo israelita do Egito liderados por Moisés, os episódios no deserto, a construção do tabernáculo, a vida de Daví e por último, a vinda do Messias e a morte do mesmo – Por isso ele viverá odiado, será blasfemado e agarrado a força, julgado e condenado à morte como embusteiro e maldito, será pregado à cruz pelo seu próprio povo, (...). Assim ele morre, mas em breve ressuscita. Paraíso Perdido. p. 375 a 407
Ellen White:
“Assim, foram revelados a Adão fatos importantes na história da humanidade, desde o tempo em que a sentença divina fora pronunciada no Éden, até o dilúvio, e, a seguir, até o primeiro advento do Filho de Deus”. Patriarcas e Profetas. p. 63
A VERSÃO DO LIVRO PARAÍSO PERDIDO UTILIZADA PARA ESSE TRABALHO FOI A SEGUINTE:
Milton, John. O Paraíso Perdido. Rio de Janeiro: Edições de Ouro, 1961. tradução em prosa de Conceição G. Sotto Maior
A primeira edição em inglês do livro foi em 1667.
Elpídio da Cruz Silva

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