sábado, 22 de setembro de 2012


JESUS VIOLOU O MANDAMENTO DO SÁBADO O QUE DIZAS IGREJAS?
Jesus Violou o Mandamento do Sábado? O que Dizem as Igrejas?
Publicado em julho 22, 2009 por IASD
Existem leigos, mesmo sinceros, que acreditam que Jesus não guardou os Dez Mandamentos e que ele combateu o sábado. Esta tem sido uma perigosa heresia que se espalha por todo o mundo. Inclusive, pessoas mal-intencionadas têm se levantado dos púlpitos de suas igrejas e escrito folhetos, panfletos e apostilas, afirmando, categoricamente, que o Nosso Senhor Jesus Cristo transgrediu o mandamento do sábado! Até onde vai o conhecimento deles? Até onde isso é verdade? O que diz a Bíblia? Caso Jesus tivesse profanado o sábado, ou qualquer outra lei, Ele não poderia ser “um cordeiro sem defeito nem mancha” (1Pe.1:19), nem poderia ser o Messias que tem a função de “engrandecer a lei e torná-la gloriosa” (Is.42.21). Então, quem afirma que Cristo violou o sábado, está negando que Ele seja o Messias, tornando-O um mero pecador e mentiroso, pois Ele mesmo disse ter observado os mandamentos (Jo.15:10).
Então, podemos afirmar com toda convicção: Jesus não Se levantou contra os Mandamentos, nem contra o sábado. O que Jesus fez foi não Se ajustar às formas e aos acréscimos que os escribas e fariseus fizeram à Lei de Deus. Jesus guardava o sábado conforme a essência do quarto mandamento, e não à moda farisaica cheia de tradições! Fica mais do que claro que Cristo pretendia confrontar os escribas e fariseus na maneira deles entenderem o mandamento sabático, e não combater o próprio mandamento em si. Desse modo o Senhor fez a reforma na observância do sábado, ensinando o verdadeiro sentido do mandamento.
Agora, vejamos o que as mais variadas denominações cristãs tem a dizer oficialmente sobre esse assunto.
—> Assembléia De Deus
A “Casa Publicadora das Assembléias de Deus” (CPAD) publicou um livro comentando, brevemente, toda a Bíblia. Nele nós encontramos:
“O zelo dos fariseus não era pela Lei de Deus, mas das suas próprias tradições. Tinham tornado o dia de descanso em um dia cheio de preceitos e exigências absurdas. Jesus deliberadamente pisou-as, e estabeleceu o princípio de que ‘é lícito fazer bem no sábado’ (v.9).” — S. E. McNair, “A Bíblia Explicada”, p. 355. Grifos acrescentados.
Comentando sobre o capítulo 12 de Mateus, o Pr. Myer Pearlman escreveu isto:
“O capítulo 12 registra a oposição dos fariseus a Jesus. Seus motivos para opor-se a Ele eram os seguintes: Sua origem humilde; Sua associação com os pecadores; e a Sua oposição às tradições. O capítulo 12 descreve a oposição vinda pela última razão mencionada.” — Em Em “Conhecendo as Doutrinas da Bíblia”, p. 193.
O famoso Pr. Myer Pearlman escreveu um comentário do Evangelho de João. Vejamos o que ele disse sobre João 5:15–20 (que é o texto preferido de muitos assembleianos que tentam frustradamente provar que Jesus “trabalhou” no sábado):
“Mas Ele [Jesus] lhes disse: Meu Pai trabalha até agora, e Eu trabalho também’. Noutras palavras, Deus trabalha no sábado, sustentando o universo, comunicando vida, abençoando os homens, respondendo as orações.” — Em “João — Ouro Para Te Enriquecer”, p. 59.
—> Igreja Presbiteriana
Num livreto, intitulado “ABC Doutrinário do Candidato à Publica Profissão de Fé”, de autoria do insigne hebraísta Guilherme Kerr, encontramos o seguinte:
“Jesus condenou a tradição que os judeus acrescentaram à Lei de Deus”. — P. 19. Grifos acrescentados.
O erudito bíblico John D. Davis, autor presbiteriano de um dos mais famosos dicionários bíblicos que já alcançou várias edições, responde:
“No tempo de Cristo, os fariseus aplicavam a lei do descanso aos atos mais triviais da vida, proibindo muitas obras de necessidade e misericórdia. Acusaram a Jesus por fazer curas em dia de Sábado, ao mesmo tempo em que achavam lícito retirar o boi, o animal, ou a ovelha que tivesse caído dentro de um poço. Também julgavam necessário levar os animais a beber, como em qualquer outro dia da semana, Mat. 12:9–13; Luc. 13:10–17. E não eram somente as curas feitas em dia de Sábado que eles condenavam. Quando os discípulos de Jesus passavam pelas searas e colhiam espigas, e machucando-as nas mãos as comiam, porque tinham fome, os fariseus os censuraram, como se fosse essencialmente o mesmo trabalho de fazer colheitas e moer o trigo. A isto nosso Senhor deu uma notável resposta”. — Em “O Novo Dicionário da Bíblia”, p. 520.
O escritor presbiteriano Ludugero Braga, no “Manual dos Catecúmenos”, escreveu o seguinte:
“Cristo era israelita e veio para cumprir a lei. Portanto, ele tinha, como bom israelita, de guardar o sétimo dia. Ele guardou-o, porém, no espírito da lei e não da letra, pelo que os fariseus O acusaram de não observar o sábado (João 9:16). (…) Jesus disse que Ele é Senhor até do sábado (Mat. 12:8). Isto Ele disse por causa do literalismo e fanatismo. (…) Jesus declarou que ‘o sábado foi feito por causa do homem e não o homem por causa do sábado’(Mar. 2:27), isto é, o dia de descanso é para beneficiar o homem. Em Mat. 12:1–8, encontramos os fariseus censurando a Cristo e Seus discípulos, porque não guardavam o sábado à moda farisaica.” farisaicos — P. 163–165. Grifos acrescentados.
—> Igreja Batista
A resposta batista a esta questão vem do famoso escritor Pr. Enéas Tognini, que diz:
“Contra os acréscimos Jesus Se levantou e os combateu, ressuscitando do ‘sábado’ o mais importante, o mais sagrado, que era o amor que se devia a Deus e ao próximo.” — Em “Jesus e os Dez Mandamentos”, p. 39. Grifos acrescentados.
Da obra batista “O Novo Dicionário da Bíblia” nós lemos estas esclarecedoras palavras:
“Durante o período entre os dois Testamentos, entretanto, foi surgindo gradualmente uma alteração no que diz respeito à compreensão acerca do propósito do sábado. (…) Paulatinamente a tradição oral foi se desenvolvendo entre os judeus, e a atenção passou a focalizar-se na observância de minúcias. (…) Foi contra essa sobrecarga aos mandamentos de Deus, pelas tradições humanas, que nosso Senhor se insurgiu. Suas observações não eram dirigidas contra a instituição do sábado como tal, nem contra o ensinamento do Antigo Testamento. Mas Ele Se opunha aos fariseus, que deixavam a Palavra de Deus sem efeito por causa de suas pesadíssimas tradições orais.” — P. 1422. Grifos acrescentados.
Carlos H. Spurgeon, o príncipe dos pregadores batistas, em sua obra “Perpetuity of the Law of God” (Eternidade da Lei de Deus), afirma:
“Jesus não veio mudar a lei, mas sim explicá-la, e isto mostra que ela permanece; pois não há nenhuma necessidade de explicar aquilo que foi ab-rogado. (…) Ao assim explicar a lei Ele a confirmou; Ele não poderia ter intenção de aboli-la, do contrário não precisaria interpretá-la. (…) Que o Mestre não veio alterar a lei é claro, porque depois de incorporá-la à Sua vida, voluntariamente Se deu a Si mesmo para levar-lhe a penalidade, embora jamais a houvesse transgredido, pagando a penalidade por nós, como está escrito: ‘Cristo nos resgatou da maldição da lei, fazendo-se maldição por nós.’ (…) Se a lei houvesse exigido de nós mais do que deveria ter feito, teria o Senhor Jesus pago por ela a penalidade que resulta de seus tão severos preceitos? Estou certo de que não o faria. Mas pelo fato de a lei pedir apenas aquilo que deve pedir, isto é, perfeita obediência, e exigir do transgressor somente aquilo que deve exigir, a saber, morte como penalidade pelo pecado — por essa razão o Salvador foi para o madeiro, e ali morreu por nossos pecados e os expiou de uma vez por todas.” — P. 4–7.
Diz o famoso escritor batista Pr. Enéas Tognini em sua obra “Jesus e os Dez Mandamentos”:
“O quarto mandamento proíbe as atividades materiais, seculares. Por outro lado, ordena na palavra ‘santificar’ um trabalho espiritual, um serviço dedicado ao Senhor. Jesus cumpriu à risca as duas partes da prescrição legal. Ele não violou o mandamento divino como foi acusado pelos Judeus; o que Ele fez foi não ajustar-Se às fórmulas exteriotipadas dos acréscimos engendrados pelas tradições humanas em torno de um mandamento tão simples e tão claro. (…) Jesus, portanto estava certo, e mais do que certo quanto à guarda do sábado e não os seus gratuitos opositores. (…)
“Sobre o oceano de confusão agitado pela celeuma farisaica sobre o quarto mandamento, uma coisa paira mais alto e de modo inconfundível: é como Jesus guardou o sábado. Pelo menos três coisas vitais, importantes Jesus fez no sábado: 1) Nem Jesus, nem Seus discípulos fizeram no sábado qualquer trabalho secular; 2) foi regular, sistemática e costumeiramente à sinagoga, onde Se entregava às atividades divinas; 3) Gastou sempre as horas do sábado pregando o Evangelho, como se pode verificar de Lucas 4:16 e Marcos 1:21–39; a curar os enfermos, os coxos, os aleijados, os endemoninhados…”
 — P. 42–43. Grifos acrescentados.
E o fervoroso evangelista Dwight L. Moody também afirma:
“Cristo guardou a lei. Se a tivesse alguma vez quebrado, teria que morrer por Si mesmo; mas porque era Cordeiro imaculado e incontaminado, Sua morte propiciatória é eficaz para vós e para mim. Não tinha pecado próprio pelo qual expiar, de maneira que Deus Lhe aceitou o sacrifício. Cristo é o fim da lei para justiça de todo aquele que crê. Somos justos aos olhos de Deus porque a justiça divina que é pela fé em Jesus Cristo, é para todos e por todos os que crêem.” — Em “Weighed and Wanting” (Pesado e achado em falta), p. 123–124. Veja as notas nas p. 322–323, 329 e 335.
—> Igreja Congregacional
No “The Works of President Edwards” há estas declarações relacionadas ao sábado:
“Outro argumento da perpetuidade do sábado, nós o temos em Mateus 24:20: ‘Orai para que vossa fuga não aconteça no inverno nem no sábado.’ Cristo está falando aqui da fuga dos apóstolos e outros cristãos de Jerusalém e da Judéia, justamente antes de usa destruição, conforme está claro em todo o contexto. (…) Entretanto, está explícito nessas palavras do Senhor, que mesmo os cristãos que vivessem nessa época estavam sujeitos a uma estrita obediência ao sábado.” — Ed. reimpressa de Worcester (1848), vol. 4, p. 621–622. Grifos acrescentados.
—> Igreja Católica
Antes de poder compreender quais as atitudes de Cristo relativo ao sábado, o “Dicionário de Teologia”, editado por Heinrich Fries, publicado pelas “Edições Loyola” (católica), faz um prévio esclarecimento sobre o que aconteceu com o mandamento da lei de Deus:
“Os escritos apócrifos e sobretudo os rabínicos apresentam uma interpretação exageradamente severa do descanso do sábado, perdendo-se um uma casuística sutilíssima e transformando o ‘sábado maravilhoso’ (Isa. 58:13) num peso insuportável. (…) Jesus opôs energicamente às interpretações extremamente escrupulosas dos escribas e fariseus, e mais de uma vez provocou propositalmente discussões sobre este ponto (Mat. 12:10-14; Luc. 13:10-17; 14:1-6; João 5:8-18). (…) Jesus considerava o mandamento do sábado com grande liberdade interior, e recusava resolutamente aquela rigorosa observância que escribas e fariseus exigiam.” — Vol. 3, p. 134 e 115.
Agora, o que dizem oficialmente os líderes católicos sobre Jesus ter transgredido o sábado? Vejamos o que diz o “Catecismo da Igreja Católica”:
“O Evangelho relata numerosos incidentes em que Jesus é acusado de violar a lei do sábado. Mas Jesus nunca profana a santidade desse dia. (Cf. Mar. 1:21; João 9:16). Dá-nos com autoridade a sua autêntica interpretação”. — P. 495. Grifos acrescentados.
Do conhecido “Dicionário Bíblico”, de John L. Mckenzie, publicado pelas “Edições Paulinas” (católica), extraímos a seguinte nota:
“O próprio Jesus guardava o sábado de modo razoável e ocasionalmente ensinava nas sinagogas no sábado (Mar. 6:2; Luc. 4:16,31).” — P. 810. Grifos acrescentados.
Do que vimos, mesmo sendo acusado, pelos ESCRIBAS e FARISEUS da Sua época, e por alguns RELIGIOSOS modernos, o Catecismo assegura que “JESUS NUNCA PROFANA A SANTIDADE DESSE DIA”!
Uma valiosa contribuição de John L. Mckenzie, no seu “Dicionário Bíblico”, nos reforça a compreensão desse assunto, quando registra:
“Sem rejeitar a observância do sábado no seu conjunto, Jesus salienta que as práticas rabínicas eram meras interpretações humanas do preceito, que é basicamente para o bem humano.” — P. 811.

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