IGREJA ANGLICANA
Para quem não sabe, anglicanos e
episcopais são a mesma coisa, estão na mesma comunhão. Na verdade, o nome
oficial da denominação é Igreja da Inglaterra. O nome “anglicanos” é o título
para essa denominação dentro da Inlglaterra. Já o título “episcopais” são para
os que pertencem a essa denominaçlão no restante do mundo. Mas a denominação é
a mesma, podendo ser chamada tanto de Igreja Anglicana quanto de Igreja
Episcopal.
OBS: Preciso de criar uma introdução
melhor para esse artigo a respeito dos anglicanos/episcopais. Aceito sugestões
de pessoas que conhecem a situação específica dessa igreja aqui no brasil.
QUESTÕES
AOS ANGLICANOS OU EPISCOPAIS:
1) A
Lei de Deus, os Dez Mandamentos, estão vigentes para o cristão?
Vejamos
o que ficou decidido no “Sínodo de Dort”, na
parte referente a rejeição de erros:
“Erro 4 – A nova aliança da graça, que Deus o Pai,
mediante a morte de Cristo, estabeleceu com o homem, não consiste nisso que nós
estamos justificados diante de Deus e salvos pela fé se ela aceita o mérito de
Cristo. Ela consiste no fato de que Deus revogou a exigência de perfeita
obediência à lei e considera agora a própria fé e a obediência de fé, ainda que
imperfeitas, como a perfeita obediência à lei. Ele acha, em sua graça, que elas
sejam dignas da recompensa da vida eterna.
Refutação – Os que ensinam isto contradizem a
Escritura: ‘…sendo justificados gratuitamente, por sua graça, mediante a
redenção que há em Cristo Jesus, a quem Deus propôs, no seu sangue, como
propiciação, mediante a fé…’ (Rom 3:24, 25). Eles introduzem, junto com o ímpio
Socino, uma nova e estranha justificação do homem diante de Deus, contrária ao
consenso da Igreja inteira.” — Em “Rejeição de Erros” do cap. 2 – “A Morte de
Cristo e a Redenção do Homem por Meio Dela”.
Podemos
citar também o que declara o grande reformador escocês John Knox no documento
oficial da denominação, capítulo 15, sob o título “A Perfeição da Lei e a
Imperfeição do Homem”:
“Confessamos e reconhecemos que a Lei de Deus é a mais justa, a mais imparcial e a mais santa, e o que ela ordena, se perfeitamente praticado, iluminaria e poderia conduzir o homem à felicidade eterna; (…) Mesmo depois de sermos regenerados… importa que nos apeguemos a Cristo, em sua justiça e satisfação… cumpramos a Lei em todos os pontos…
“Não queremos dizer que fomos libertados, de modo a não devermos mais obediência alguma à Lei… mas afirmamos que ninguém na terra, pela sua conduta… dará à Lei a obediência que ela requer.” — Em “Confissão de Fé Escocesa”. Grifos acrescentados.
“Confessamos e reconhecemos que a Lei de Deus é a mais justa, a mais imparcial e a mais santa, e o que ela ordena, se perfeitamente praticado, iluminaria e poderia conduzir o homem à felicidade eterna; (…) Mesmo depois de sermos regenerados… importa que nos apeguemos a Cristo, em sua justiça e satisfação… cumpramos a Lei em todos os pontos…
“Não queremos dizer que fomos libertados, de modo a não devermos mais obediência alguma à Lei… mas afirmamos que ninguém na terra, pela sua conduta… dará à Lei a obediência que ela requer.” — Em “Confissão de Fé Escocesa”. Grifos acrescentados.
“As leis básicas de moralidade, e em
particular os Dez Mandamentos, permanecematé o fim do
tempo como o alicerce moral e espiritual sobre o qual
se achaconstruída a religião do Novo Testamento.” — Extraído
de “The Snowden-Douglass Sunday School Lessons”, 1946, p. 279. Essa
lição pode ser adiquirida por $24.94 no seguinte endereço: http://www.amazon.com/Snowden-Douglass-Sunday-school-lessons-1946/dp/B0007HMNS8/ref=sr_1_5/103-7240751-1147839?ie=UTF8&s=books&qid=1190580302&sr=1-5 (acessado a 23/09/2007).
Finalmente,
vejamos a posição oficial da Igreja Anglicana ou Episcopal, a qual se encontra
em sua confissão de fé, os “Trinta e Nove Artigos de
Religião da Igreja da Inglaterra”
(1571), documento confessional há séculos acatado não só por anglicanos ou
episcopais, mas também por metodistas e metodistas livres, ao estipular em seu
artigo 7, sobre a lei divina:
“ O Velho Testamento não é contrário ao Novo; porquanto em ambos, tanto Velho como Novo, se oferece a vida eterna ao gênero humano, por Cristo, que é o único mediador entre Deus e o homem sendo ele mesmo Deus e homem. (…) Ainda que a Lei de Deus, dada por meio de Moisés, no que respeita a Cerimônia e Ritos, não obrigue os cristãos, nem devem ser recebidos necessariamente os seus preceitos civis em nenhuma comunidade; todavia, não há cristão algum que esteja isento, da obediência aos Mandamentos que se chamam Morais.” — Ver também em “Constituição da IgrejaMetodista Episcopal”, em “Methodist Episcopal Church Doctrines and Discipline” (1928), p. 7. E em “Free Methodist Discipline”. Grifos acrescentados. Essa confissão de fé pode ser encontrada no seguinte website:http://www.monergismo.com/textos/credos/39artigos.htm (acessado a 22/09/2007).
“ O Velho Testamento não é contrário ao Novo; porquanto em ambos, tanto Velho como Novo, se oferece a vida eterna ao gênero humano, por Cristo, que é o único mediador entre Deus e o homem sendo ele mesmo Deus e homem. (…) Ainda que a Lei de Deus, dada por meio de Moisés, no que respeita a Cerimônia e Ritos, não obrigue os cristãos, nem devem ser recebidos necessariamente os seus preceitos civis em nenhuma comunidade; todavia, não há cristão algum que esteja isento, da obediência aos Mandamentos que se chamam Morais.” — Ver também em “Constituição da IgrejaMetodista Episcopal”, em “Methodist Episcopal Church Doctrines and Discipline” (1928), p. 7. E em “Free Methodist Discipline”. Grifos acrescentados. Essa confissão de fé pode ser encontrada no seguinte website:http://www.monergismo.com/textos/credos/39artigos.htm (acessado a 22/09/2007).
Depois de mostrarmos na confissão de fé o
posicionamento oficial anglicano ou episcopal, precisaríamos citar mais alguma
fonte para provar que todos os Dez Mandamentos permanecem vigentes para os
cristãos, segundo o ensinamento oficial da Igreja Anglicana ou Episcopal?
Conforme foi visto acima, esses teólogos e autoridades da denominação têm a Lei
de Deus, os Dez Mandamentos, numa alta estima.
2)
Desde quando existem os Dez Mandamentos, a Lei de Deus?
O
já citado “Sínodo de Dort” decidiu a seguinte posição oficial a
respeito da origem do Decálogo:
“4. É verdade que há no homem depois da queda um resto de luz natural. Assim ele retém ainda alguma noção sobre Deus, sobre as coisas naturais e a diferença entre honrado e desonrado e pratica um pouco de virtude e disciplina exterior.
“5. O que foi dito sobre a luz da natureza vale também com relação à lei dos Dez Mandamentos”. — Em “A Corrupção do Homem, a Sua Conversão a Deus e o Modo Dela”, caps. 3 e 4. Grifos acrescentados.
“4. É verdade que há no homem depois da queda um resto de luz natural. Assim ele retém ainda alguma noção sobre Deus, sobre as coisas naturais e a diferença entre honrado e desonrado e pratica um pouco de virtude e disciplina exterior.
“5. O que foi dito sobre a luz da natureza vale também com relação à lei dos Dez Mandamentos”. — Em “A Corrupção do Homem, a Sua Conversão a Deus e o Modo Dela”, caps. 3 e 4. Grifos acrescentados.
Aí
está o testemunho de um documento oficial da denominação. Pelo que lemos do
posicionamento anglicano ou episcopal, não há nenhuma dúvida de que os Dez
Mandamentos eram como a “luz da natureza” que foram dados a Adão, ANTES DA QUEDA. Portanto, a resposta a esta pergunta
deve ser: DESDE A CRIAÇÃO DO MUNDO!
3)
Existe diferença entre a Lei Moral e a Lei Cerimonial?
No
“Buck’s Theological Dictionary”, usado muito por
metodistas e episcopais ou anglicanos, em seu artigo sobre a “Lei”, há estes
afirmações:
“A Lei
Moral é aquela declaração da vontade de Deus que orienta e
obriga moralmente a todos os homens, em todas as épocas e
em todos os lugares, em seu
inteiro dever para com Ele. Ela foi solenissimamente proclamada pelo próprio
Deus no Sinai. (…) É chamada perfeita (Sl. 19:7), perpétua (Mt. 5:17 e 18), santa, boa (Rm. 7:12),
espiritual (Rm. 7:14), amplíssima (Sl. 119:96).” — P. 230. Grifos
acrescentados.
E direto da lição da escola dominical da
denominação, podemos extrair o seguinte:
“A Lei Moral é parte da lei natural do Universo. Justamente como uma lei natural violada, no mundo material, traz suas conseqüências inevitáveis, assim a Lei Moraltransgredida traz suas inevitáveis conseqüências nos mundos espiritual e mental.” —Extraído de “The Episcopal Church Sunday School Magazine” (Revista da Escola Dominical), junho-julho de 1942, p. 183-184. Grifos acrescentados.
“A Lei Moral é parte da lei natural do Universo. Justamente como uma lei natural violada, no mundo material, traz suas conseqüências inevitáveis, assim a Lei Moraltransgredida traz suas inevitáveis conseqüências nos mundos espiritual e mental.” —Extraído de “The Episcopal Church Sunday School Magazine” (Revista da Escola Dominical), junho-julho de 1942, p. 183-184. Grifos acrescentados.
De tudo que está registrado, fica mais do que claro
que esses documentos confessionais cristãos históricos, além de mestres de
outras confissões, admitem que existam pelo menos duas leis, dentre outras, das
quais fala a Escritura Sagrada:
—> Lei Moral — sumariada nos Dez Mandamentos, e
—> Lei Cerimonial — representada pelos sacrifícios e ordenanças rituais para Israel.
—> Lei Moral — sumariada nos Dez Mandamentos, e
—> Lei Cerimonial — representada pelos sacrifícios e ordenanças rituais para Israel.
4) O sábado pode ser reinterpretado segundo a
vontade de cada um?
Os
anglicanos ou episcopais acham que eles mesmos são os que devem escolher o dia
para o descanso e culto, reinterpretando o mandamento do sábado e aplicando-o
ao domingo, chamando-o de “o sábado cristão”. O fato é que esta questão está
obedecendo à conveniência das pessoas e não o que diz o claro “assim diz o
SENHOR”. Será que deve ser assim mesmo? Biblicamente, “o sétimo dia é o sábado do SENHOR” (Ex.20:10).
Mas vejamos o que dizem os teólogos anglicanos e
episcopais a respeito disso.
O
anglicano Dr. William E. Gladstone, que por alguns anos foi primeiro ministro
da Inglaterra, faz as seguintes observações em seu “Later
Gleanings”:
“O sétimo dia da semana foi destituído de seus títulos de observâncias religiosas obrigatórias, e suas prerrogativas foram transferidas para o primeiro dia, não por algum direto preceito das Escrituras.” — P. 342. Grifos acrescentados.
“O sétimo dia da semana foi destituído de seus títulos de observâncias religiosas obrigatórias, e suas prerrogativas foram transferidas para o primeiro dia, não por algum direto preceito das Escrituras.” — P. 342. Grifos acrescentados.
Outro
documento oficial da Igreja Anglicana ou Episcopal é o “Explanation of Catechism”, que assim afirma:
“O dia agora foi mudado do sétimo para o primeiro… (mas) não encontramos nenhuma determinação Bíblica para tal mudança; devemos concluir que (essa mudança)foi feita pela autoridade da Igreja.” — Grifos acrescentados.
“O dia agora foi mudado do sétimo para o primeiro… (mas) não encontramos nenhuma determinação Bíblica para tal mudança; devemos concluir que (essa mudança)foi feita pela autoridade da Igreja.” — Grifos acrescentados.
Indiscutivelmente, todas essas
autoridades e documentos religiosos anglicanos e episcopais não concordam com a
visão herética semi-antinomista/dispensacionalista que nega a validade e
vigência do Decálogo como norma cristã, e prega o fim total do quarto
mandamento, como sendo “cerimonial”. Mesmo que o sábado seja interpretado por
esses documentos e autores como referindo-se ao primeiro dia, o “sábado
cristão” como é chamado, o que importa é que admitem oficialmente a validade e
vigência do mandamento e as origens endêmicas do princípio sabático. A questão
sobre ter o domingo ter tomado o lugar do sétimo dia já é outra.
5) A
Bíblia ensina a observância do domingo no lugar do sábado?
No
“Manual of Christian Doctrine”, dos anglicanos ou
episcopais, ocorre esta pergunta e resposta:
“Há algum mandamento no Novo Testamento, que permita mudar o dia do Sábado para o Domingo? — Nenhum.” — P. 127.
“Há algum mandamento no Novo Testamento, que permita mudar o dia do Sábado para o Domingo? — Nenhum.” — P. 127.
O Dr. Peter Heylyn, no seu livro “History of the Sabbath”, declara:
“Recorrei a quem quiserdes, sejam os pais primitivos ou os autores modernos, não encontrareis nenhum dia do Senhor (domingo) instituído por qualquer ordenação apostólica, nenhum movimento sabático iniciado por eles com relação ao primeiro dia da semana.” — Ed. de 1636, parte 11, cap. 1, par. 10, p. 28.
“Recorrei a quem quiserdes, sejam os pais primitivos ou os autores modernos, não encontrareis nenhum dia do Senhor (domingo) instituído por qualquer ordenação apostólica, nenhum movimento sabático iniciado por eles com relação ao primeiro dia da semana.” — Ed. de 1636, parte 11, cap. 1, par. 10, p. 28.
Em sua obra “Examination of the Six Texts”,
na qual o Dr. William Domville estuda profundamente seis textos bíblicos sob os
quais foi construído o argumento do domingo como dia do Senhor, ele declara
francamente:
“Nenhum dos escritores eclesiásticos dos primeiros séculos atribui a origem do domingo a Cristo ou aos apóstolos. (…) Séculos da era cristã passaram-se antes que o domingo fosse (geralmente) observado pela igreja cristã em carater do sábado. A História não nos fornece uma única prova de que fosse (oficialmente) observado como tal antes do edito dominical de Constantino, em 321 AD.” — P. 291.
“Nenhum dos escritores eclesiásticos dos primeiros séculos atribui a origem do domingo a Cristo ou aos apóstolos. (…) Séculos da era cristã passaram-se antes que o domingo fosse (geralmente) observado pela igreja cristã em carater do sábado. A História não nos fornece uma única prova de que fosse (oficialmente) observado como tal antes do edito dominical de Constantino, em 321 AD.” — P. 291.
6) Como poderíamos resumir todo o ensinamento
anglicano ou episcopal que vimos até agora?
A — A universal e eterna lei de Deus é
sistematizada e expressa para o homem na forma dos Dez Mandamentos, também
universais e eternos, que prosseguem válidos e vigentes como norma de conduta
cristã. Tal fato sempre foi oficialmente reconhecido por doutíssimas
autoridades em Teologia do presente e do passado, pertencentes às mais
diferentes denominações, e é o que tradicionalmente constituiu o pensamento
geral de toda a cristandade.
— A lei divina nas Escrituras
se apresenta com preceitos morais, cerimoniais, civis, etc., sendo que a
parcela cerimonial, por ser prefigurativa do sacrifício de Cristo, findou na
cruz, mas os mandamentos de caráter moral prosseguem válidos e vigentes para os
cristãos.
C — Dentro do Decálogo há o
quarto mandamento estabelecendo que um dia inteiro entre sete de descanso deve
ser santificado a Deus, princípio este que fora instituído na fundação do mundo
para benefício do homem no Éden e deve ser mantido pelos cristãos hoje.
D — Jesus não transgrediu o quarto mandamento,
muito pelo contrário, Ele pretendia reformar sua observância de acordo com a
essência do princípios sabático e em nenhum lugar da Bíblia consta a informação
de que o sábado foi substituído do sétimo dia para o primeiro da semana.
7) O que deve fazer o cristão, numa demonstração
prática de sabedoria e amor a Deus?
“Se Me amardes, guardareis os Meus mandamentos.
(…) Aquele que tem os Meus mandamentos e os guarda esse é o que Me ama; e
aquele que Me ama será amado de Meu Pai, e Eu o amarei, e Me manifestarei a
ele.” (Jo.14:15,21)
8) Diante de tudo o que foi apresentado, qual deve
ser a posição de cada ovelha do rebanho da IgrejaAnglicana ou
Episcopal?
A Bíblia Viva registra
Tiago 4:17 da seguinte maneira:
“Lembrem-se também de que, saber o que deve ser feito e não fazer, é pecado.”
“Lembrem-se também de que, saber o que deve ser feito e não fazer, é pecado.”
9) Como cristão sincero, nascido de novo pelo
sangue de Cristo, qual vai ser a sua resposta ao Senhor Jesus?
A escolha é totalmente sua!
“Aqui
está a perseverança dos santos, daqueles que guardam os
mandamentos de Deus e a fé em Jesus.” (Ap.14:12).
Estudo
Nenhum comentário:
Postar um comentário