IGREJA ASSENBLEIA A LEI E O SÁBADO
Por Pr. Natan Fernandes
Adaptado por Marllington Klabin Will
Adaptado por Marllington Klabin Will
A Assembléia de Deus teve seu início
na primeira onda pentecostal, chegando ao Brasil em Belém, no Pará, através de
dois missionários suecos vindos dos EUA. A princípio, fingiram que eram membros
da Igreja Batista, denominação a que ambos pertenciam nos Estados Unidos antes
de serem excomungados. Eles traziam a teoria do batismo no Espírito Santo,
associado à glossolalia (o falso dom de línguas estranhas) como a evidência
inicial da manifestação para os adeptos do movimento. A nova heresia trouxe
muita divergência. Enquanto um grupo aderiu, outro rejeitou. Assim, em duas
assembléias distintas, conforme relatam as atas das sessões, os adeptos do
pentecostalismo foram desligados e, juntamente com os missionários
estrangeiros, fundaram uma nova igreja e adotaram o nome de Missão de Fé
Apostólica. Mais tarde, a nova igreja passou a chamar-se Assembléia de Deus, em
virtude da fundação das Assembléias de Deus nos Estados Unidos.
Alguns ministérios cresceram de tal
forma que a denominação se subdividiu em algumas ramificações, como a “Missão”
e a “Madureira”, mas todas as partes mantêm a doutrina uniforme. Divergem
apenas em questões administrativas, como também acontece com outras
denominações evangélicas. Mas uma coisa continua sendo o elo de união entre as
diversas subdivisões dentro da Assembléia de Deus: a doutrina. A Conferência
Geral das Assembléias de Deus no Brasil (CGADB), que é constituída por várias
convenções estaduais e regionais, além de vários ministérios, cuida em manter a
doutrina em unidade e uniforme.
O
QUE A ASSEMBLÉIA DE DEUS DIZ SOBRE A LEI E O SÁBADO?
Temos percebido um tanto preocupado,
porém, que as pessoas se filiam a uma placa de igreja sem a preocupação de se
informarem sobre as suas doutrinas, crenças e ensinamentos, e também não se
preocupam em conhecer os seus credos, confissões de fé e posicionamentos,
quanto menos sobre suas normas e regras. Isso é muito sério. Os membros da
igreja — na maioria dos casos — não lêem os livros que são escritos pelos seus
evangelistas, teólogos, professores, escritores ou pastores da igreja a que
pertencem, e vivem sem saber como é o seu cristianismo que levam de qualquer
jeito… Outros — e isto é de pasmar qualquer um! — não têm lido a própria
Bíblia!!! Perguntamos: Que tipo de cristianismo é esse, que não incentiva à pesquisa
do Livro Sagrado? Não era assim no tempo de Jesus, pois Ele recomendou o exame
das Escrituras (Jo.5:39). Que tipo de igreja é essa, então, que não transmite
aos membros o conhecimento das próprias crenças e posicionamento bíblico?
Vejamos o que o profeta Oséias escreveu:
“O Meu povo está sendo destruído,
porque lhe falta o conhecimento. Porque tu, sacerdote (líder religioso),
rejeitaste o conhecimento, também Eu, te rejeitarei, para que não sejas
sacerdote (pastor) diante de Mim; visto que te esqueceste da lei do teu Deus,
também Eu Me esquecerei de teus filhos (membros).” (Os.4:6)
Um líder religioso — pastor,
professor, evangelista, teólogo, escritor — que rejeita a Lei de Deus, está
comprometido diante dEle, e comprometendo o seu rebanho à destruição, conforme
o texto do profeta Oséias, transcrito acima. Tal líder religioso será
responsável, diante de Deus, pelas almas que vierem a perecer por falta de
conhecimento! Graças a Deus os líderes da Assembléia de Deus não negam a
vigência da santa e divina Lei do Senhor! Amém?!
Mas por falta de instrução dessa
igreja, por todos os lugares, cada membro da Assembléia de Deus pretende ter
uma forma particular de entender a Bíblia ao que lhe convém, que nem sempre se
encaixa naquilo que é ensinado pelas Escrituras e por seus teólogos, líderes,
pastores, professores, evangelistas e escritores. Por isso, chamamos a atenção
para o conselho bíblico, que diz:
“Lembrai-vos dos vossos pastores, que
vos falaram a palavra de Deus. (…) Obedecei a vossos pastores, e sujeitai-vos a
eles; porque velam por vossas almas, como aqueles que hão de dar conta delas;
para que o façam com alegria e não gemendo, porque isso não vos seria útil.” (Hb.13:7,17)
Se o conselho bíblico é que as
ovelhas devem lembrar-se e sujeitar-se aos seus pastores, quando eles ensinam a
palavra de Deus, nada mais correto do que saber o que ensinam alguns de seus
pastores e estudiosos da Bíblia. Por exemplo, o que ensinam os líderes
religiosos da Assembléia de Deus a respeito de assuntos que falam da obediência
ao Senhor? O que dizem a respeito da Lei de Deus? O que ensinam sobre os Dez
Mandamentos? E sobre o sábado? O que eles deixaram registrado oficialmente,
para a sadia orientação de seus rebanhos? Vamos conferir!
1) O
que é a Lei de Deus? O que são os Dez Mandamentos?
O Pr. Carlos Johansson, famoso
teólogo assembleiano, responde da seguinte maneira:
“A lei é a vontade de Deus, no
Decálogo.” — Em “Síntese Bíblica do Velho Testamento”, p. 48.
Já o Pr. Harold J. Brokke afirma
isto:
“A lei é uma parte vital do governo
divino no mundo em nossos dias… a santa lei de Deus é um pré-requisito divino
para uma experiência mais profunda da graça. (…)
“Nós não podemos compreender a salvação sem entender a lei de Deus. (…) Deus revela Sua vontade, no tocante ao procedimento do homem, por meio dos mandamentos que lhe apresenta. (…) O propósito da lei é fazer com que os homens sintam sua necessidade de Jesus Cristo e do Seu evangelho de perdão. (…) Pela lei vem o conhecimento do pecado. Os homens precisam de buscar a Deus, reconhecendo-se pecadores, ou seja, criaturas que sabem ter desobedecido a lei e o governo de Deus, reconhecendo-se verdadeiros inimigos do próprios Deus pelo desrespeito às Suas leis.” — Em “Prosperidade pela Obediência”, p. 10, 14–17.
“Nós não podemos compreender a salvação sem entender a lei de Deus. (…) Deus revela Sua vontade, no tocante ao procedimento do homem, por meio dos mandamentos que lhe apresenta. (…) O propósito da lei é fazer com que os homens sintam sua necessidade de Jesus Cristo e do Seu evangelho de perdão. (…) Pela lei vem o conhecimento do pecado. Os homens precisam de buscar a Deus, reconhecendo-se pecadores, ou seja, criaturas que sabem ter desobedecido a lei e o governo de Deus, reconhecendo-se verdadeiros inimigos do próprios Deus pelo desrespeito às Suas leis.” — Em “Prosperidade pela Obediência”, p. 10, 14–17.
Por sua vez, o Pr. Myer Pearlman,
professor de muitos pastores, inclusive do Pr. N. Lawrence Olson, que foi por
muitos anos o orador do Programa de Rádio “A Voz das Assembléias de Deus”,
assim se expressou:
“Os mandamentos representam e expressão
décupla da vontade de Jeová e a norma pela qual governa os Seus súditos.” — Em “Através da Bíblia”, p. 27.
Conforme foi visto acima, estes
pastores pentecostais da Assembléia de Deus têm a Lei de Deus, os Dez
Mandamentos, numa alta estima. E o conselho bíblico é que se deve obedecer aos
pastores que falam a palavra de Deus. E esses líderes assembleianos estão
apenas defendendo o ensinamento bíblico sobre a Lei de Deus, os Dez
Mandamentos.
2)
Para que serve a lei, os Dez Mandamentos?
Já citado, o Pr. Harold J. Brokke dá
várias respostas a essa pergunta. Ele diz:
“Nós não podemos compreender a salvação
sem entender a Lei de Deus. (…) Deus revela Sua vontade, no tocante ao
procedimento do homem, por meio dos mandamentos que lhe apresenta. (…) O
propósito da lei é fazer com que os homens sintam sua necessidade de Jesus
Cristo e do Seu evangelho de perdão. (…) Pela lei vem o conhecimento do pecado.
Os homens precisam de buscar a Deus, reconhecendo-se pecadores, ou seja,
criaturas que sabem ter desobedecido a lei e o governo de Deus, reconhecendo-se
verdadeiros inimigos do próprios Deus pelo desrespeito às Suas leis.”— Op. cit., p. 14–17.
O Pr. Emílio Conde, pentecostal,
afirma o seguinte:
“A Bíblia nos mostra a sagrada Lei de
Deus: ‘faça isto’, ‘não farás!’. Êxo. cap. 20. E essa Lei deveria ser
observada, cumprida rigorosamente — e até aos nossos filhos a deveríamos fazer
conhecer. Deut. 6: 1–13. A Palavra de Deus é, sob certos aspectos, autoritária!
Ela nos fala de modo imperativo.” —
Em “Lições Bíblicas”, 07/12/1966, p. 12.
Tendo consciência da necessidade do
homem com relação ao cuidado e proteção de Deus, o Pr. Myer Pearlman, atrás
referido, escreveu:
“Os mandamentos de Deus são cercas, por
assim dizer, que impedem ao homem entrar em território perigoso e dessa maneira
sofrer prejuízo para sua alma.” — Em “Conhecendo as Doutrinas da Bíblia”, p. 91.
Concordando de que a lei de Deus é
para o benefício do homem, o Pr. Carlos Johansson declarou o seguinte:
“O decálogo — o fundamento do pacto e o
mais essencial da lei, como também a condição para vida e felicidade.” — Op. cit., p. 116.
Resumindo o que esses líderes
assembleianos disseram, a Lei de Deus serve, dentre outros, para:
—> compreendermos a salvação,
—> revelar a vontade de Deus,
—> fazer os homens sentirem necessidade de Cristo,
—> saber o que é o pecado,
—> ser como cerca protetora do perigo e
—> ser a condição de vida e felicidade.
—> compreendermos a salvação,
—> revelar a vontade de Deus,
—> fazer os homens sentirem necessidade de Cristo,
—> saber o que é o pecado,
—> ser como cerca protetora do perigo e
—> ser a condição de vida e felicidade.
Todas estas coisas são muito boas
razões para um cristão obedecer ao Senhor! Além de tudo, estão de acordo com a
Palavra de Deus.
3)
Desde quando existem os Dez Mandamentos, a Lei de Deus?
Também da Assembléia de Deus, o Pr.
Orlando Spencer Boyer, teólogo, professor, pastor, comentarista, escritor, e
autor de muitos livros, registrou estas palavras sobre o Decálogo:
“Não se deve pensar que não existia
nada destes mandamentos antes de Moisés. Foram escritos nas mentes e nas
consciências dos homens desde o princípio.” —
Em “Pequena Enciclopédia Bíblica”, p. 198. Grifos
acrescentados.
Aí está o testemunho de alguém que
estudou bastante o Livro de Deus. Pelo que lemos dos testemunhos assembleianos,
não há nenhuma dúvida entre seus teólogos e mentores de que os Dez Mandamentos
foram dados a Adão, ANTES DA QUEDA. Portanto, a resposta a esta pergunta deve
ser: DESDE A CRIAÇÃO DO MUNDO!
4)
Precisamos de outra lei, além do Decálogo, para nos indicar o que é o pecado?
Quem responde muito bem a esta
pergunta, também, é o Pr. Orlando S. Boyer, quando diz:
“Não há pecado que não é condenado por
um dos Dez Mandamentos.” — Op. cit., p. 198.
5)
Existe divisão entre a Lei Moral e a Lei Cerimonial?
Eis um comentário bíblico muito usado
nos meios pentecostais, cujas “notas e comentários são de inteira
responsabilidade da Casa Publicadora das Assembléias de Deus” (p. IV), que nos
responde a questão com esta clara definição:
“Se Jesus não veio abolir a lei, todas
as leis do A.T. ainda se aplicam a nós hoje? É preciso lembrar que havia três
categorias de leis: a cerimonial, a civil e a moral.
“(1) A Lei Cerimonial diz respeito especificamente à adoração por parte de Israel (Levítico 1.2,3). Seu propósito primário era apontar adiante, para Cristo, portanto, não seria mais necessária depois da morte e ressurreição de Jesus. Mesmo não estando mais ligados à lei cerimonial, os princípios que constituem a base da adoração — amar e adorar a Deus Santo — ainda se aplicam. Jesus foi frequentemente acusado pelos fariseus de violar a lei cerimonial.
“(2) A Lei Civil se aplicava à vida cotidiana em Israel (Deuteronômio 24.10,11). Pelo fato de a sociedade e a cultura modernas serem tão radicalmente diferentes das daquele tempo, esse código como um todo não pode ser seguido. Mas os princípios éticos contidos nos mandamentos são atemporais, e devem guiar nossa conduta. Jesus demonstrou estes princípios por meio de sua vida exemplar.
“(3) A Lei Moral (como os Dez Mandamentos) é a ordem direta de Deus, exige uma obediência total (Êxodo 20.13), pois revela sua natureza e vontade. Assim, ainda é aplicável em nossos dias. Jesus obedeceu completamente à Lei Moral.” — Extraído de “Bíblia de Estudos e Aplicação Pessoal”, p. 1224 do Novo Testamento. Ver comentário sobre Mateus 5:17. Tradução de Almeida. CPAD — “Casa Publicadora das Assembléias de Deus”. Grifos acrescentados.
“(1) A Lei Cerimonial diz respeito especificamente à adoração por parte de Israel (Levítico 1.2,3). Seu propósito primário era apontar adiante, para Cristo, portanto, não seria mais necessária depois da morte e ressurreição de Jesus. Mesmo não estando mais ligados à lei cerimonial, os princípios que constituem a base da adoração — amar e adorar a Deus Santo — ainda se aplicam. Jesus foi frequentemente acusado pelos fariseus de violar a lei cerimonial.
“(2) A Lei Civil se aplicava à vida cotidiana em Israel (Deuteronômio 24.10,11). Pelo fato de a sociedade e a cultura modernas serem tão radicalmente diferentes das daquele tempo, esse código como um todo não pode ser seguido. Mas os princípios éticos contidos nos mandamentos são atemporais, e devem guiar nossa conduta. Jesus demonstrou estes princípios por meio de sua vida exemplar.
“(3) A Lei Moral (como os Dez Mandamentos) é a ordem direta de Deus, exige uma obediência total (Êxodo 20.13), pois revela sua natureza e vontade. Assim, ainda é aplicável em nossos dias. Jesus obedeceu completamente à Lei Moral.” — Extraído de “Bíblia de Estudos e Aplicação Pessoal”, p. 1224 do Novo Testamento. Ver comentário sobre Mateus 5:17. Tradução de Almeida. CPAD — “Casa Publicadora das Assembléias de Deus”. Grifos acrescentados.
Mais uma vez o Pr. Boyer nos
apresenta aquilo que tem aprendido de Deus, em anos de estudo da Palavra:
“Algumas pessoas dão ênfase à distinção
entre mandamentos ‘morais’ e mandamentos ‘cerimoniais’. As exigências ‘morais’
são aquelas que em si mesmas são justas e nunca podem ser revogadas. Ao
contrário, as leis ‘cerimoniais’ são aquelas sobre observâncias, sobre o
cumprimento de certos ritos, por exemplo: os mandamentos acerca dos holocaustos
e o incenso. (…) As leis ‘cerimoniais’ podem ser ab-rogadas na mudança de
dispensação, mas não as leis ‘morais’. É certo que existe tal distinção.” — Em “Marcos: O Evangelho do Senhor”,
p. 38–39. Grifos acrescentados.
E o Pr. Antonio Gilberto, também da
Assembléia de Deus, confirma:
“A parte moral da lei é eterna e
universal”. — Em “Manual da Escola Dominical”, p. 86.
De tudo que está registrado, fica
mais do que claro que esses documentos confessionais cristãos históricos, além
de mestres de outras confissões, admitem que existam pelo menos duas leis,
dentre outras, das quais fala a Escritura Sagrada:
—> Lei Moral — sumariada nos Dez Mandamentos, e
—> Lei Cerimonial — representada pelos sacrifícios e ordenanças rituais para Israel.
—> Lei Moral — sumariada nos Dez Mandamentos, e
—> Lei Cerimonial — representada pelos sacrifícios e ordenanças rituais para Israel.
6) A
que tipo de lei o apóstolo Paulo se refere em Colossenses 2:16?
O já citado Pr. Myer Pearlman
responde apropriadamente a esta questão quando escreve:
“A sua relação com a Lei Cerimonial
(vers. 15, 16). As festas, os dias santos e outras observâncias cerimoniais
judaicas não passam de símbolos e figuras representando Cristo. Agora, desde
que Cristo cumpriu os símbolos, os mesmos tornam-se desnecessários.” — Op. cit., p. 293. Grifos acrescentados.
Mais uma questão devidamente
esclarecida. E a posição oficial da Assembléia de Deus é que Colossenses 2:16
não está falando do sábado do quarto mandamento. Está falando da LEI
CERIMONIAL, e não da Lei Moral!
7) E
o sábado do quarto mandamento da Lei Moral, qual a sua origem?
Num livro preparado pela “Casa
Publicadora das Assembléias de Deus” (CPAD), para tirar algumas dúvidas sobre
certos assuntos, intitulado “A Bíblia Responde”, nós lemos esta declaração:
“O observador mais acurado vai perceber
que o sábado não é um mandamento originado na lei mosaica (Gên. 2:3), ainda que
mais tarde a ela incorporado.” — Em “A Bíblia Responde”, p. 123.
Depois dele, quem responde a esta
pergunta é o Pr. Carlo Johansson. Ele escreveu estas palavras:
“O sábado tem a sua origem na criação,
Gên. 2:1–3.” — Op. cit., p. 42. Grifos
acrescentados.
E o que o assembleiano Prof. Carlos
Schimdt Costa declara:
“O senhor completou sua obra de criação
no sétimo dia, portanto o abençoou.” — Em “Porque não guardamos o Sábado”, artigo do “Missão
Ômega”, página assembleiana da web que pode ser visualizada no seguinte
endereço:http://www.iadgpuava.com.br/noticias/noticias.asp?id=246 (acessado a 26/11/2007).
Novamente o dedicado estudioso Pr.
Myer Pearlman completa o que foi dito acima, da seguinte maneira:
“O Grande Arquiteto do Universo
completou em seis dias Sua obra da criação, e descansou no sétimo dia. (…) No
sétimo dia Ele descansou, dando ao homem um exemplo, trabalhando seis dias e
descansando no sétimo.” — Op. cit., p. 14–15. Grifos
acrescentados.
A origem do sábado, ao contrário do
que ensinam alguns assembleianos leigos desinformados, não é a doação da lei
dos Dez Mandamentos no Monte Sinai. Conforme os líderes assembleianos
estudiosos da Bíblia, foi na SEMANA DA CRIAÇÃO. Tanto é que o Prof. Carlos
Schimdt Costa, em seu artigo, confirma que “dentre estas leis” que já existiam
antes do Sinai, já “incluía-se o mandamento de guardar o sábado.” Seis dias de
trabalho, e o sétimo dia foi SANTIFICADO para o descanso das coisas seculares e
culto religioso, que é a posição oficial da Igreja Evangélica Assembléia de
Deus.
8)
Há razões para santificarmos o sábado?
O Pr. Harold J. Brokke é bastante
enfático e categórico ao dar uma resposta a esta questão. Ele proclama “em alto
e bom som”:
“É possível que alguém imagina que a
transgressão desse quarto mandamento é menos grave do que a transgressão dos
outros nove. A verdade, porém, é que quem se dispõe a transgredir o quarto
mandamento já tem no coração a inclinação de transgredir um ou mais dos outros
mandamentos. (…)
“Por que deve o homem guardar o sábado do Senhor? Porque é justo! Segue-se aqui o mesmo princípio de não furtar porque não é justo.” — Op. cit., p. 58–59.
“Por que deve o homem guardar o sábado do Senhor? Porque é justo! Segue-se aqui o mesmo princípio de não furtar porque não é justo.” — Op. cit., p. 58–59.
Indiscutivelmente, as autoridades e
documentos religiosos da Assembléia de Deus não concordam com a visão herética
semi-antinomista/dispensacionalista que nega a validade e vigência do Decálogo
como norma cristã, e prega o fim total do quarto mandamento, como sendo
“cerimonial”. Mesmo que o sábado seja interpretado por esses documentos e
autores como referindo-se ao primeiro dia, o “sábado cristão” como é chamado, o
que importa é que admitem oficialmente a validade e vigência do mandamento e as
origens endêmicas do princípio sabático. A questão sobre o domingo ter tomado o
lugar do sétimo dia já é outra.
9)
Contra o que Jesus Se levantou com relação ao sábado?
Existem assembleianos leigos, mesmo
sinceros, que acreditam que Jesus não guardou os Dez Mandamentos e que ele
combateu o sábado. O que diz a Bíblia? Até onde vai o conhecimento deles? Caso
Jesus tivesse profanado o sábado, ou qualquer outra lei, Ele não poderia ser
“um cordeiro sem defeito nem mancha” (1Pe.1:19), nem poderia ser o Messias que
tem a função de “engrandecer a lei e torná-la gloriosa” (Is.42.21). Então, quem
afirma que Cristo violou o sábado, está negando que Ele era o Messias,
tornando-O um mero pecador e mentiroso, pois Ele mesmo disse ter observado os
mandamentos (Jo.15:10).
E o que dizem os líderes
assembleianos sobre esse assunto? A “Casa Publicadora das Assembléias de Deus”
(CPAD) publicou um livro comentando, brevemente, toda a Bíblia. Nele nós
encontramos:
“O zelo dos fariseus não era pela Lei
de Deus, mas das suas próprias tradições. Tinham tornado o dia de descanso em
um dia cheio de preceitos e exigências absurdas. Jesus deliberadamente
pisou-as, e estabeleceu o princípio de que ‘é lícito fazer bem no sábado’
(v.9).” — S. E. McNair, “A Bíblia Explicada”, p. 355. Grifos
acrescentados.
Comentando sobre o capítulo 12 de
Mateus, o Pr. Myer Pearlman escreveu isto:
“O capítulo 12 registra a oposição dos
fariseus a Jesus. Seus motivos para opor-se a Ele eram os seguintes: Sua origem
humilde; Sua associação com os pecadores; e a Sua oposição às tradições. O
capítulo 12 descreve a oposição vinda pela última razão mencionada.” — Op. cit., p. 193.
10)
Que tipo de trabalho Jesus e o Pai fazem no sábado?
Mais outra vez, o famoso Pr. Myer
Pearlman! Ele escreveu um comentário do Evangelho de João. Vejamos o que ele
disse sobre João 5:15–20 (que é o texto preferido de muitos assembleianos que
tentam frustradamente provar que Jesus “trabalhou” no sábado):
“Mas Ele [Jesus] lhes disse: Meu Pai
trabalha até agora, e Eu trabalho também’. Noutras palavras, Deus trabalha no
sábado, sustentando o universo, comunicando vida, abençoando os homens,
respondendo as orações.” — Em “João — Ouro Para Te Enriquecer”, p. 59.
Então, podemos afirmar com toda
convicção: Jesus não Se levantou contra os Mandamentos, nem contra o sábado. O
que Jesus fez foi não Se ajustar às formas e aos acréscimos que os escribas e
fariseus fizeram à Lei de Deus. Jesus guardava o sábado conforme a ESSÊNCIA do
quarto mandamento, e não à moda farisaica cheia de tradições! O que fica mais
do que claro que Jesus queria confrontar os escribas e fariseus na MANEIRA
deles verem o mandamento do sábado, e não no próprio mandamento em si, para
reformar a observância sabática ao verdadeiro sentido do mandamento.
11)
O sábado pode ser reinterpretado segundo a vontade de cada um?
Os assembleianos acham que eles
mesmos são os que devem escolher o dia para o descanso e culto, reinterpretando
o mandamento do sábado e aplicando-o ao domingo, chamando-o de “o sábado
cristão”, supostamente devido à ressurreição de Cristo. O fato é que esta
questão está obedecendo à conveniência das pessoas e não o que diz o claro
“assim diz o SENHOR”. Será que deve ser assim mesmo? Biblicamente, “o sétimo
dia é o sábado do SENHOR” (Ex.20:10).
Contudo, os assembleianos
infelizmente fazem sua apologia à guarda do domingo, como é expresso pelos
escritos do Prof. Carlos Schimdt Costa, que assim argumenta:
“Deus, o pai, tinha um plano, a criação
do mundo, e o cumpriu em sete dias… Cristo o filho, também veio para cumprir um
plano traçado pelo pai, o plano da Redenção da Humanidade, que… só se cumpriu
no dia da sua ressurreição”. — Op. cit.,
par. 4.
O raciocínio do Prof. Carlos Schimdt
Costa é igual ao de todas as outras denominações que guardam o domingo como
“sábado cristão”:
“Sábado, ao contrário do que muitas
pessoas pensam, não significa literalmente sétimo dia, e sim, dia de descanso,
e por providência divina, no calendário universal”. — Idem. Grifos acrescentados.
Ou seja, ele diz que o “sábado” do
cristão é uma “providência divina, no calendário universal”, mas “não significa
literalmente sétimo dia”, para depois terminar sua apologia ao domingo
aplicando o princípio sabático ao primeiro dia da semana:
“…tornou-se o Domingo o dia do Senhor,
e nós os cristãos, o temos como o dia de descanso.
“Em resumo, nós consideramos o primeiro dia da Semana (como o santo Dia do Senhor) e não o sétimo, por ser o dia da nossa redenção.” — Ibidem. Grifos acrescentados.
“Em resumo, nós consideramos o primeiro dia da Semana (como o santo Dia do Senhor) e não o sétimo, por ser o dia da nossa redenção.” — Ibidem. Grifos acrescentados.
12)
A Bíblia ensina a observância do domingo no lugar do sábado?
“A falta de probidade intelectual neste
assunto é deveras deplorável, mas que deverá pensar o estudante confiado a
respeito desta afirmação em que o sábado judaico é identificado com o domingo
cristão: — ‘Depois da ressurreição de nosso Senhor, passou-se a observar o
primeiro dia da semana, em vez do sétimo, como sábado, em comemoração de Sua
ressurreição dos mortos’? Temos ouvido muito acerca de ficções lícitas, aqui
porém temos uma ficção religiosa que ultrapassa as mais ousadas ficções
lícitas… Que o sábado judaico e o domingo cristão são dois dias diferentes,
está suficientemente comprovado pelo fato de que durante um longo tempo depois
da morte de Jesus os cristãos observaram ambos os dias, não lhes ocorrendo
confundir esses dois dias, tão pouco como a nós o confundir o natal com a festa
de 4 de julho. (…) O primeiro era observado no sétimo dia, e na manhã seguinte
os cristãos celebravam uma reunião simples, entregando-se depois aos diversos
cuidados e prazeres do dia, como soíam fazer num outro dia qualquer.” — Extraído de “The Forum”, por J. W. Chadwick,
vol. 14, p. 543–544.
Um dicionário teológico, preparado
pelo teólogo Dr. Charles Buck, afirma:
“Sábado, na língua Hebraica, significa
‘cessar’, e é o sétimo dia da semana… e devemos confessar que não há lei
alguma, no Novo Testamento, com relação ao primeiro dia.” — P. 403, art. “O Sábado”.
13)
Como poderíamos resumir todo o ensinamento assembleiano que vimos até agora?
A
— A universal e eterna lei de Deus é
sistematizada e expressa para o homem na forma dos Dez Mandamentos, também
universais e eternos, que prosseguem válidos e vigentes como norma de conduta
cristã. Tal fato é oficialmente reconhecido por doutíssimas autoridades em
Teologia do presente e do passado, pertencentes às mais diferentes
denominações, e é o que sempre constituiu o pensamento geral de toda a
cristandade.
B
— A lei divina nas Escrituras se
apresenta com preceitos morais, cerimoniais, civis, etc., sendo que a parcela
cerimonial, por ser prefigurativa do sacrifício de Cristo, findou na cruz, mas
os mandamentos de caráter moral prosseguem válidos e vigentes para os cristãos.
C
— Dentro do Decálogo há o quarto
mandamento estabelecendo que um dia inteiro entre sete de descanso deve ser
santificado a Deus, princípio este que fora instituído na fundação do mundo
para benefício do homem no Éden e deve ser mantido pelos cristãos hoje.
D — Jesus não transgrediu o quarto mandamento,
muito pelo contrário, Ele pretendia reformar sua observância de acordo com a
essência do princípios sabático e em nenhum lugar da Bíblia consta a informação
de que o sábado foi substituído do sétimo dia para o primeiro da semana.
14)
O que deve fazer o cristão, numa demonstração prática de sabedoria e amor a
Deus?
Referindo-se a 1 João 2:2–6 e 5:2–3,
o mesmo Pr. Myer Pearlman apropriadamente escreveu estas palavras:
“O nosso amor a Deus encontra a sua
manifestação na observância de Seus mandamentos. (…) Obediência aos mandamentos
de Deus em imitação de Cristo. (…) Assim sendo, ele [o apóstolo João] ordena
aos homens que dêem prova do seu conhecimento de Deus. Para saberem de certo se
têm ou não o conhecimento de Deus, a prova é simples — guardam os mandamentos
de Deus?” — Op. cit., p. 344–341. Grifos
acrescentados.
Isso está perfeitamente de acordo com
as palavras do Senhor Jesus, que diz:
“Se Me amardes, guardareis os Meus
mandamentos. (…) Aquele que tem os Meus mandamentos e os guarda esse é o que Me
ama; e aquele que Me ama será amado de Meu Pai, e Eu o amarei, e Me
manifestarei a ele.” (Jo.14:15,21)
15)
Diante de tudo o que foi apresentado, qual deve ser a posição de cada ovelha do
rebanho da Igreja Evangélica Assembléia de Deus?
A Bíblia Viva registra Tiago 4:17 da
seguinte maneira:
“Lembrem-se também de que, saber o que
deve ser feito e não fazer, é pecado.”
16)
Como cristão sincero, nascido de novo pelo sangue de Cristo, qual vai ser a sua
resposta ao Senhor Jesus?
A escolha é totalmente sua!
“Aqui está a perseverança dos santos,
daqueles que guardam os mandamentos de Deus e a fé em Jesus.” (Ap.14:12)
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