Como a Cristandade Interpreta Colossenses 2:16?
—> Assembléia De Deus
O Pr. Myer Pearlman, professor de
muitos pastores, inclusive do Pr. N. Lawrence Olson, que foi por muitos anos o
orador do Programa de Rádio “A Voz das Assembléias de Deus”, responde
apropriadamente a esta questão quando escreve:
“A sua relação com a Lei Cerimonial
(vers. 15, 16). As festas, os dias santos e outras observâncias cerimoniais
judaicas não passam de símbolos e figuras representando Cristo. Agora, desde
que Cristo cumpriu os símbolos, os mesmos tornam-se desnecessários.” — Em “Conhecendo as Doutrinas da Bíblia”, p. 293. Grifos
acrescentados.
—> Igreja Presbiteriana
O ministro e comentador presbiteriano
Dr. Albert Barnes, assim comenta Colossenses 2:16 e 17:
“A palavra ‘sábado’ no Antigo
Testamento, é aplicada não somente ao sétimo dia, mas a todos os outros dias de
repouso sagrado que eram observados pelos hebreus, e particularmente ao começo
e encerramento de suas grandes festividades. Há, certamente, referência a esses
dias nesse lugar, visto que a palavra é usada no plural e o apóstolo não se
refere particularmente ao assim chamado sábado, propriamente.
“Não há nenhuma evidência nessa passagem de que Paulo ensinasse que não havia mais obrigação de observar qualquer tempo sagrado, pois não há a mais leve razão para crer que ele quisesse ensinar que um dos Dez Mandamentos havia cessado de ser obrigatório à humanidade.
“Se ele tivesse escrito a palavra ‘o sábado’, no singular, então, certamente estaria claro que ele quisesse ensinar que aquele mandamento (o quarto) cessou de ser obrigatório, e que o sábado não mais devia ser observado. Mas o uso do termo no plural, e a sua conexão, mostram que o apóstolo tinha em vista o grande número de dias que eram observados pelos hebreus como festivais, como uma parte de sua lei Cerimonial e típica, e não a lei Moral, ou os Dez Mandamentos.
“Nenhuma parte da lei Moral — nenhum dos Dez Mandamentos — poderia ser referida como ‘sombra das coisas futuras’. Estes mandamentos são, pela natureza da Lei Moral, de obrigação perpétua universal.” e — Em “Notes on the New Testament”, tit. 7, p. 267. Grifos acrescentados.
“Não há nenhuma evidência nessa passagem de que Paulo ensinasse que não havia mais obrigação de observar qualquer tempo sagrado, pois não há a mais leve razão para crer que ele quisesse ensinar que um dos Dez Mandamentos havia cessado de ser obrigatório à humanidade.
“Se ele tivesse escrito a palavra ‘o sábado’, no singular, então, certamente estaria claro que ele quisesse ensinar que aquele mandamento (o quarto) cessou de ser obrigatório, e que o sábado não mais devia ser observado. Mas o uso do termo no plural, e a sua conexão, mostram que o apóstolo tinha em vista o grande número de dias que eram observados pelos hebreus como festivais, como uma parte de sua lei Cerimonial e típica, e não a lei Moral, ou os Dez Mandamentos.
“Nenhuma parte da lei Moral — nenhum dos Dez Mandamentos — poderia ser referida como ‘sombra das coisas futuras’. Estes mandamentos são, pela natureza da Lei Moral, de obrigação perpétua universal.” e — Em “Notes on the New Testament”, tit. 7, p. 267. Grifos acrescentados.
—> Igreja Batista
Da obra publicada pelos batistas,
“Comentario Exegetico y Explicativo de La Bíblia”, por Roberto Jamieson, A R.
Fausset e David Brown, estudiosos fundamentalistas, assim Colossenses 2:16 e 17
é comentado:
“‘SÁBADOS’ referem-se ao dia da
Expiação e festa dos Tabernáculos que chegaram ao fim com os cultos judaicos a
que pertenciam (Levíticos 23:32, 37 e 39). O sábado semanal repousa em base
mais permanente, tendo sido instituído no Paraíso para comemorar o término da
Criação em seis dias. Levíticos 23:38 expressamente distingue ‘o sábado do
Senhor’, de outro sábados. Um preceito positivo é ordenado por ser necessário e
cessa de ser obrigatório quando ab-rogado; porém o preceito moral é ordenado
eternamente, porque é eternamente necessário.” — Tomo 2, p. 520. Ver também em “Estudo no Livro de Êxodo”, p.
163, 169–170. Grifos acrescentados.
E a importante declaração do Dr. A.
H. Strong sobre Col. 2:16 e 17 em “Systematic Theology”:
“Percebemos… a importância e o valor do
sábado, como comemorativo do ato divino da Criação e, necessariamente da
personalidade, soberania e transcendência de Deus. O sábado é de obrigação
perpétua como o memorial estabelecido de Sua atividade criadora. A instituição
do sábado é antedata ao decálogo e forma uma parte da lei moral. Feito na
criação, ele se aplica ao homem em toda a parte e em época, em seu atual estado
de criatura. (…) Nem nosso Senhor nem Seus apóstolos ab-rogaram o sábado do
Decálogo. A nova dispensação anulou as prescrições mosaicas relativas à maneira
de guardar o sábado, mas continua reafirmando sua observância como de origem
divina necessária à natureza humana. Nem tudo na lei mosaica foi abolido por
Cristo… Cristo não cravou na cruz mandamentos do Decálogo.” — P. 408–409. Grifos acrescentados.
—> Igreja Metodista
Na discussão sobre o sentido dos
“sábados” de Colossenses 2:16, eis como o erudito metodista Adam Clarke se
manifestou em seu autorizado comentário bíblico, adotado oficialmente pela
Igreja Metodista:
“Ninguém vos julgue pelo comer ou
beber’ — O apóstolo aqui se refere a algumas particularidades do escrito de
ordenanças, que foram abolidas, a saber, a distinção de carnes e bebidas… e a
necessidade da observância de certos feriados e festivais, tais como as Luas
novas e sábados particulares ou aqueles que deviam ser observados com incomum
solenidade; todos eles foram abolidos e cravos na cruz, e não mais eram de
obrigação moral. Não há aqui indicação de que o sábado fosse abolido, ou que
sua obrigação moral fosse superada pelo estabelecimento do cristianismo.
Demonstrei em outra parte que ‘Lembra-te do dia do sábado para o santificar’ é
um mandamento de obrigação perpétua, e nunca pode ser superado senão pela
finalização do tempo. Como ele é um tipo daquele repouso que resta para o povo
de Deus, de perene felicidade, deve continuar em pleno vigor até que a
eternidade surja; pois nenhum tipo jamais cessa antes que o antítipo surja.
Além disso, não está claro se o sábado a que o apóstolo se refere nesse lugar é
o judaico ou o cristão; seu ‘sabbaton’ de sábados ou ‘semanas’, mais provavelmente
se referia às suas ‘festas das semanas’, das quais muito já foi dito nas notas
sobre o Pentateuco.” — Traduzido do inglês. Grifos
acrescentados.
E reforçando o que já foi afirmado
acima, que o sábado é mandamento de caráter moral, não cerimonial, as palavras
do famoso e abalizado comentarista bíblico metodista cabem bem aqui, ao
comentar a lei dos Dez Mandamentos em Êxodo 20:
“É digno de nota que nenhum destes
mandamentos, ou parte deles, pode… ser considerado cerimonial. Todos são morais
e, conseqüentemente, de eterna obrigação”.— Em “Adam Clarke’s
Commentary”, vol. 1, (sobre Êx. 20). Grifos acrescentados.
—> Igreja Congregacional
O Dr. Charles Hodge, destacado
teólogo evangélico da Igreja Congregacional, autor de uma ótima apologia à
moralidade do princípio sabático, declara:
“Apela-se a passagens tais como
Colossenses 2:16: ‘Ninguém, pois, vos julgue por causa de comida e bebida, ou
dia de festa, ou lua nova, ou sábados”. E Romanos 14:5: ‘Um faz diferença entre
dia e dia; outro julga iguais todos os dias. Cada um tenha opinião bem definida
em sua própria mente”. Cada um de nós, contudo, sabe que as igrejas apostólicas
viviam grandemente atribuladas pelos judaizantes, os quais insistiam em que a
lei mosaica continuava em vigor, e que os cristãos eram obrigados a
conformar-se às suas prescrições acerca da distinção entre alimentos limpos e
impuros, bem como a seus numerosos dias de festa, nos quais todo trabalho tinha
de ser interrompido. Esses eram os falso mestres e essa era a falsa doutrina
contra a qual muitas das epístolas de Paulo se dirigiam. É uma óbvia referência
a tais homens e suas doutrinas que passagens como as supracitadas foram
escritas. Elas não fazem nenhuma referência ao Sábado semanal, o qual fora
observado desde a criação, e o qual os próprios Apóstolos introduziram e
perpetuaram na Igreja Cristã.” — Em “Teologia Sistemática”, p.
1269.
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“Escute as minhas palavras e preste atenção em tudo o que vou dizer…
“Darei a minha opinião com franqueza; as minhas palavras serão sinceras, vindas do coração.” (Jó 33:1,3)
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