CRISTO
AUTO RESSUCITOU
“Tudo
quanto te vier à mão para fazer, faze-o conforme as tuas forças, porque na
sepultura, para onde tu vais, não há obra, nem indústria, nem ciência, nem
sabedoria alguma” Eclesiastes 9:10
De
acordo com as Escrituras, homem permanece num estado de completa inexistência
na sepultura. Ele não pensa, não age, não se move, nada acontece dentro de si
mesmo enquanto estiver sepultado. Não existe uma outra pessoa (alma) espiritual
que sobreviva à sua morte. Esta foi a crença dos Adventistas do Sétimo Dia por
muitas décadas. Mas houve uma mudança drástica de direção nesta questão. Houve
um abandono completo de idéias e argumentos, uma “meia volta volver” na questão
da mortalidade do homem.
Talvez,
os leitores se assustem com o título deste artigo. Mas ele encerra uma
realidade atual, um fato que não pode ser esquecido ou passar despercebido.
Paulo
advertiu em sua carta a Timóteo que “nos últimos tempos, alguns apostatarão
da fé, por obedecerem a espíritos enganadores e a ensinos de demônios” (1
Timóteo 4:1).
Na
Lição da Escola Sabatina, sob o título “O Sacrifício Expiatório de Cristo”,
Primeiro Trimestre de 1983,
que é o foco deste artigo, encontrei declarações claras da crença no
Espiritismo. Estas declarações mostram que o Adventismo do Sétimo Dia está cada
vez mais espírita. Estas declarações mostram ainda a suicida aproximação da
Igreja Adventista com a Igreja Católica Romana.
Peço
ao leitor que, se possível, obtenha com um amigo esta lição para verificar a
veracidade dos textos apresentados neste breve artigo.
A
MORTE DE JESUS
“Antes de tudo, vos entreguei o que também recebi: que
Cristo morreu pelos nossos pecados, segundo as Escrituras” 1 Coríntios 15:3
As
Escrituras atestam a realidade da morte de Jesus. Em inúmeros textos isto é
demonstrado claramente. Tem sido uma das bases importantes do cristianismo.
Todos os cristãos crêem na morte de Jesus. Neste ponto, todos estão de acordo.
A discordância surge em razão da crença de que Jesus, após à sua morte, esteve
num estado de completa consciência e sua alma permaneceu ativa, vendo o seu
corpo moribundo na sepultura, está é a crença católica mais aceita entre os
cristãos em geral. É neste ponto que existia a “separação” entre os
Adventistas e as demais denominações cristãs.
No
entanto, um novo ponto de vista e uma nova crença foi adotada pelo Adventismo
com respeito à morte de Jesus Cristo. Veja a declaração da Lição:
“Debater em Classe: Porque Deus não
poderia morrer sobre a Cruz?
A Divindade não pode morrer. O homem Jesus
verdadeiramente morreu; mas não o verbo eterno. Aqui jaz um mistério que
desafia nossos poderes mentais.” Lição da Escola Sabatina, 1º Trimestre
1983, p. 106.
Apesar
de a lição afirmar que “o homem Jesus verdadeiramente morreu”, sua
próxima declaração desfaz a primeira, “mas não o verbo eterno”. Se o
verbo eterno não morreu, como afirma a lição, então, o que fazer com Apocalipse
1:18 que diz “Estive morto, e eis que estou vivo pelos séculos dos
séculos”? O verbo observava seu corpo inerte dentro do sepulcro? Se esta afirmação
é verdadeira, onde esteve o Verbo enquanto o homem Jesus ainda não “havia
subido para seu pai” (João 20:17)? De acordo com a lição, para o novo
adventismo, o homem Jesus e o Verbo não são a mesma e única pessoa. Faz de
Jesus um ser dicotômico (dividido em dois). O espiritismo faz o mesmo. Para o
adventismo espírita não basta dividir o único Deus em três, agora, faz o mesmo
com a pessoa de Jesus.
Isto
é coisa de grego! Os gregos acreditavam que o corpo era mortal e mau, sendo a
prisão da alma que era boa e imortal. Mas o novo adventismo não parou aí em
suas novas declarações, como veremos a seguir.
A
RESSURREIÇÃO DE CRISTO
“Foi sepultado e ressuscitou ao terceiro dia, segundo as Escrituras” 1
Coríntios 15:4.
Assim
como a morte foi um marco na vitória dos cristãos sobre o pecado,
semelhantemente, o ressurgimento de Jesus dentre os mortos constitui a garantia
de que cada filho de Deus pode vencer a morte.
Existe
pelo menos três declarações da Lição da Escola Sabatina com respeito à
ressurreição de Jesus dentre os mortos que vale a pena serem consideradas com
maior interesse e atenção.
A
primeira encontra-se na página 100. Logo no início da página, encontra-se
descrita desta maneira:
“Jesus
tinha autoridade (gr. Exouxia) tanto para dar como para reaver Sua vida. Por
isso Ele podia dizer com exatidão: “Eu sou a ressurreição e a vida” S. João
11:25. Pela primeira vez Cristo usou Sua divindade para si mesmo – junto
com Seu Pai e o Espírito Santo (Ver atos 13:33; Rom.8:11). Visto que
sua missão como homem dependente estava consumada (S. João 19:30), Ele podia
dispor novamente de Sua divindade.”
Perceba
que o autor sugere ao leitor que veja os textos de Atos e de Romanos.
Analisaremos estes textos mais detidamente adiante.
A
segunda se encontra na página 106, parte do auxiliar do professor:
“Debater em classe: Quem ergueu Jesus
dentre os mortos?
Jesus reivindicava o poder para reassumir sua
vida (S. João 10:18) As Escrituras também dizem que o Pai (Atos 13:33) e o
Espírito Santo O despertaram (Rom. 8:11). Temos nós aqui uma contradição? Não, os
membros da Divindade estão unidos, agindo juntos em todos os principais
eventos concernentes à Criação e redenção”.
O
autor coloca mais um texto bíblico para provar que Jesus auto-ressuscitou (João
10:18). Por fidelidade ao dever analisaremos também este verso ainda neste
artigo.
A
terceira declaração é ainda mais clara, mais incisiva, mais conclusiva. Ela
encontra-se na página 155 da mesma Lição da Escola Sabatina, sob o título “O
poder retomado”:
“Pelo menos três passagens bíblicas (Atos
13:32 e 33; Heb. 13:20 e I S. Pedro. 1:3) indicam que o Pai ressuscitou a Jesus
dentre os mortos. Romanos 8:11 diz que o Espírito Santo também tomou parte. Em S. João 10:18 Jesus afirma
que ressuscitara a Si mesmo. Assim, todos os membros da Trindade
desempenharam uma parte na ressurreição de Jesus. Desde que se tornara
homem, Jesus não usava sua divindade para Si mesmo. Ele pôs de lado (kenosis) o
uso desse poder divino, embora continuasse sendo divino. Mas agora, com o “Está
consumado” ou a conclusão de Sua missão, Ele podia usar legitimamente Sua
própria divindade, juntamente com o Pai e a do Espírito Santo, como
fizera antes de tornar-se homem.”
Nesta
última declaração está claro o novo pensamento adventista:
- Jesus não
morreu completamente
- Jesus
auto-ressuscitou
Antes
de analisarmos os textos bíblicos, gostaria de mostrar uma citação do Catecismo
da Igreja Católica – Edição Típica Vaticana:
“A Ressurreição de Cristo é objeto de fé
enquanto intervenção transcendente do próprio Deus na criação e na história. Nela
[na ressurreição], as três Pessoas Divinas agem ao mesmo tempo, juntas, e
manifestam sua originalidade própria. Ela aconteceu pelo poder
do Pai que “ressuscitou” (At 2,24) Cristo, seu Filho, e desta forma introduziu
de modo perfeito sua humanidade – com seu corpo – na Trindade. Jesus é definitivamente revelado “Filho de Deus com poder por
sua Ressurreição dos mortos segundo o Espírito de santidade” (Rm 1,4).
S. Paulo insiste na manifestação do poder de Deus pela obra do Espírito que
vivificou a humanidade morta de Jesus e a chamou ao estado glorioso de Senhor.
O Filho opera, por sua vez, a própria
Ressurreição em virtude de seu poder divino. Jesus
anuncia que o Filho do homem deverá sofrer muito, morrer e, em seguida,
ressuscitar (sentido ativo da palavra). Alhures, afirma explicitamente: “Eu dou
a minha vida para retomá-la” (Jo. 10, 17-18) “Nós cremos... que Jesus morreu,
em seguida ressuscitou” (1 Ts 4, 14).
Os Padres da Igreja contemplam a Ressurreição
a partir da Pessoa Divina de Cristo que ficou unida à sua alma e a seu
corpo separados entre si pela morte: “Pela unidade da natureza
divina, que permanece presente em cada uma das duas partes do homem, estas se
unem novamente. Assim, a Morte se produz pela separação do composto humano, e a
Ressurreição, pela união das duas partes separadas”. Catecismo da Igreja
Católica, Edição Vaticana, p. 187 (Colchetes acrescentados).
Agostinho
era um católico romano e escreveu o seguinte sobre a morte e ressurreição de
Cristo:
"Nenhum homem morto pode
ressuscitar a si mesmo. Só Cristo
pôde ressuscitar a si mesmo, quem achava que o Corpo dele estava morto,
engana-se, não estava morto. Porque Ele ressuscitou aquilo que estava morto. Ele
ressuscitou a Si mesmo, porque Ele mesmo estava vivo, mas no seu Corpo que
seria ressuscitado estava morto. Porque não do Pai somente, foi
dito pelo Apóstolo, 'Portanto Deus também O tem exaltado', Ressuscitou o Filho,
mas Deus também ressuscitou a si mesmo, quer dizer, o seu Corpo". (Pais
Nicenos e Pós-Nicenos, séries 1, volume 6, pág. 656, St . Agostinho,
"Sermões sobre Lições Selecionadas do Novo Testamento”.)
Deste
modo percebe-se claramente a sintonia fina existente entre o Adventismo
Espírita e o Catolicismo Romano. Ambos crêem da mesma maneira a respeito deste
assunto, ambos são espíritas.
Quem
dará ouvidos à voz “Sai dela povo meu”?
O
QUE DIZ A BÍBLIA?
“Se
alguém quiser fazer a vontade dele, conhecerá a respeito da doutrina, se ela é
de Deus ou se eu falo por mim mesmo.” João 7:17
Esta
parte do estudo se ocupa em verificar mais acuradamente os textos bíblicos
mencionados pelo autor da lição na tentativa de provar que Jesus operou seu
próprio ressurgimento dos mortos.
Texto
1 – João 10:17,18.
“Por isso, o Pai me ama,
porque eu dou a minha vida para reassumi-la. Ninguém a tira de mim; pelo
contrário, eu espontaneamente a dou. Tenho autoridade para entregá-la e também
para reavê-la. Este mandamento recebi de meu Pai.”
A
fim de descobrirmos o que o texto quer nos transmitir seria de bom grado
responder a duas perguntas interessantes:
1.
O que Jesus quis dizer ao afirmar, “dou a minha vida”?
a)
( ) Disse que iria se matar, ou seja, que iria tirar a própria
vida?
b)
( ) Que iria entregá-la ao poder de outros para ser crucificado?
Antes
de responder as questões acima pondere nos seguintes versos:
“Eis
que subimos para Jerusalém, e o Filho do Homem será entregue aos
principais sacerdotes e aos escribas; condená-lo-ão à morte e o entregarão
aos gentios” Marcos 10:33.
“Sendo
este entregue pelo determinado desígnio e presciência de Deus, vós o
matastes, crucificando-o por mãos de iníquos” Atos 2:23.
2.
O que Jesus quis dizer ao afirmar, “para tornar a tomá-la (a vida)”?
a)
( ) Que iria ressuscitar-se?
b)
( ) Que iria receber sua vida de volta pelas mãos do Pai?
“A
este Jesus Deus ressuscitou, do que todos nós somos testemunhas” Atos 2:32.
O
próprio texto de João explica: “este mandamento recebi de meu
Pai”.
A
idéia central do texto de João é a seguinte: “Eu decidi entregar a minha
vida nas mãos dos líderes judeus e decidi recebê-la de volta das mãos de meu
Pai”.
Existe
um outro texto mais incisivo que desejo partilhar com os leitores que poderia
ser usado para provar a auto-ressurreição de Jesus:
“Jesus
respondeu e disse-lhes: Derribai este templo, e em três dias o levantarei.
Disseram, pois, os judeus: Em quarenta e seis anos, foi edificado este templo,
e tu o levantarás em três dias? Mas ele falava do templo do seu corpo.
Quando, pois, ressuscitou dos mortos, os seus discípulos
lembraram-se de que lhes dissera isso; e creram na Escritura e na palavra que
Jesus tinha dito.” João 2:19-22.
Estas
palavras foram ditas por Jesus por ocasião da purificação do templo. Jesus
conversava com os líderes judeus a respeito do templo. Jesus afirmou que o
templo seria derribado (destruído) e que em três dias ele o levantaria
(reconstruiria). Os judeus entenderam que Jesus falava a respeito da construção
do templo. João revela que Jesus referia-se ao templo do seu corpo (sua morte e
ressurreição).
Jesus
afirmou sua auto-ressurreição quando afirmou que ele levantaria o templo do seu
corpo?
Mais
uma vez devemos prestar muita atenção no texto para que não sejamos confundidos
em nosso entendimento. Numa leitura apressada muitos chegaram à conclusão de
que Jesus ressuscitou a Si mesmo.
O
que se deve notar primeiramente, é que Jesus fez DUAS afirmações, não
apenas UMA.
A
primeira é: “Derribai este templo”.
Esta frase de Jesus refere-se à sua morte e foi dirigida aos os líderes judeus.
Eles derrubariam o templo. Quando lemos Marcos 10:33, percebemos que os judeus
não mataram Jesus, mas O condenaram à morte entregando-o nas mãos dos romanos.
Ou seja, não foram as suas próprias mãos que derrubariam (matariam) o templo (o
corpo) de Jesus. O que Jesus quis dizer é que os judeus seriam responsáveis por
sua condenação e morte.
A
segunda é: “e em três dias o levantarei”. Jesus também não afirmou que ele mesmo se
ressuscitaria. A segunda declaração está para a primeira, assim como a primeira
está para a segunda, ou seja, assim como os judeus mataram Jesus pelas mãos
dos romanos, Jesus ressuscitou pelas mãos do seu Pai.
DERRIBAI ESTE TEMPLO
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Os
Judeus
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Jesus
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entregam
a vida de Jesus
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entrega
sua vida
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aos
romanos (gentios)
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ao
Pai
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os romanos matam Jesus
|
o Pai ressuscita Jesus
|
Texto
2 - Romanos 8:11
“Se habita em vós o
Espírito daquele que ressuscitou a Jesus dentre os mortos, esse
mesmo que ressuscitou a Cristo Jesus dentre os mortos vivificará também o vosso
corpo mortal, por meio do seu Espírito, que em vós habita”.
Descobrir
de quem se fala é descobrir quem ressuscitou Jesus dentre os mortos no
pensamento do apóstolo Paulo.
Quem
é o “daquele” mencionado por Paulo? Claramente percebemos que o texto fala do
Pai que ressuscitou seu filho. O Espírito é colocado em sujeição ao seu
possuidor, Pois ele pertence ao Pai, é do Pai. O Espírito foi o instrumento por
meio do qual o Pai ressuscitou Jesus. Em Romanos 6:4 é dito que “Cristo foi
ressuscitado dentre os mortos pela glória do Pai” e Colossenses 2:12 diz
que foi “poder de Deus que o ressuscitou dentre os mortos”, ou seja, o
Seu Espírito. Logo, o agente primário é o Pai, não o Espírito que ressuscitou
Jesus. O foco do texto está sobre o Pai.
As Escrituras
não afirmam que Jesus auto-ressuscitou, mas que o Pai O ressuscitou. (Veja Atos
2:24,32; 3:15; 4:10; 5:30; 10:40; 13:30,34; Rom. 4:24;1 Cor. 6:14; 2 Cor. 4:14;
Gal. 1:1;Col. 2:12; 1 Tess. 1:10; 1 Ped. 1:21).
Nunca houve,
nem haverá uma auto-ressurreição. Não existe qualquer apoio bíblico para este
pensamento. Conforme vimos, o novo adventismo está cada vez mais espírita.
“Ora,
o Espírito afirma expressamente que, nos últimos tempos, alguns apostatarão da
fé, por obedecerem a espíritos enganadores e a ensinos de demônios” 1 Timóteo
4:1.
O
DESTINO ETERNO DE JESUS
“Porque
a recompensa do pecado é a morte [eterna], mas o dom gratuito de Deus é a vida
eterna em Cristo Jesus ,
nosso Senhor. Romanos 6:23, Colchetes acrescidos.
No
novo pensamento adventista, Jesus enquanto esteve na terra permaneceu Deus com
todos os seus atributos divinos (onipotência, onipresença, onisciência, etc.),
mas os escondeu dentro de si mesmo e não os utilizou em nenhum momento de sua
vida terrestre. A lição da escola sabatina transmite esta idéia deste modo:
“Debater em classe: Quando Paulo diz que Cristo Se “esvaziou” a
fim de Se tornar homem (Fil. 2:6 e 7) significa isto que Jesus deixou de ser
Deus durante o período de Sua vida terrena?
“Seja o que for que Paulo intencionasse com o emprego da idéia de
kenosis (“esvaziar-se”), ele não quis dizer que Cristo não fosse mais Deus na
encarnação. Sendo Deus, Ele não podia deixar de ser Deus. Antes
pela expressão “esvaziou-se” esta descrevendo a grande condescendência, a
enorme mudança das glórias do céu e a adoração das hostes celestiais para a
manjedoura de Belém e a vida simples e humilde de Jesus de Nazaré.” Lição da
Escola Sabatina, 1983 – 1º Trimestre, p. 56.
Logo
a seguir na página 62, na Lição sob o título “TENTADO COMO NÓS”, em seu
primeiro parágrafo após o verso áureo diz o seguinte:
“Jesus Cristo era plenamente Deus e plenamente humano ao vir à
terra. Ele veio ao mundo como Deus, mas viveu no mundo como nós.”
Devemos
notar que para o adventismo espírita, Jesus foi Deus-Homem enquanto viveu aqui.
Este pensamento pode ser encontrado com fartura nesta lição da Escola Sabatina
e em outras publicações (veja pgs. 36,43, 55, etc.).
Nesta
lição específica (23 a
29 de janeiro), se discute a realidade das tentações de Jesus. Na página 64, o
comentário da segunda pergunta diz que:
“Jesus é o único ser humano que teria vivido sem nenhuma oportunidade
de salvação caso houvesse pecado”.
Na página 70, na parte do
esboço do professor contém uma declaração mais incisiva:
“A Bíblia
ensina a realidade das provas de Jesus. Como vimos em lições anteriores. Não
precisamos estar em nenhuma dúvida de que Ele foi genuinamente tentado e de que
poderia ser sucumbido. O risco de falha e perdição eterna era real.”
Nesta
última sentença é afirmado que Jesus poderia perder-se para sempre e ser
queimado no lado de fogo e enxofre preparado para o Diabo e seus anjos caso
houvesse pecado. O problema aparece porque, se Jesus permaneceu Deus sobre a
terra, e Deus não pode ser tentado pelo mal (Tiago 1:12,13) e não pode morrer
(1 Timóteo 6), então apenas o Jesus humano seria condenado à destruição eterna
caso houvesse falhado. E o que aconteceria com o Jesus Deus? Ele veria o seu
outro “eu” perecendo entre as chamas do fogo eterno? Este “eu” divino estaria a
salvo ao lado do Pai? Como o Adventismo espírita pode explicar isso?
Em
resumo, podemos ilustrar isso da seguinte maneira:
JESUS
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DEUS
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HOMEM
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|
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|
|
Tentação
|
Tentação
|
||
|
|
|
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Ninguém,
ao ser tentado, diga: Sou tentado por Deus; porque Deus não pode ser
tentado pelo mal e ele mesmo a ninguém tenta. Tiago 1:13
|
Porque
não temos sumo sacerdote que não possa compadecer-se das nossas fraquezas;
antes, foi ele tentado em todas as coisas, à nossa semelhança, mas sem
pecado. Hebreus 4:15
|
||
Morte
|
Morte
|
||
|
|
|
|
Assim, ao
Rei eterno, imortal, invisível, Deus único, honra e glória pelos
séculos dos séculos. Amém! 1 Timóteo 1:17
|
Antes de
tudo, vos entreguei o que também recebi: que Cristo morreu pelos
nossos pecados, segundo as Escrituras. 1 Coríntios 15:3
|
Teríamos
o absurdo de um Jesus-Deus justo e um Jesus-homem pecador, um Jesus-Deus salvo
e um Jesus-homem perdido. Isto é lastimável para o adventismo!
Apelo
aos irmãos em Cristo que pelas evidências bíblicas abandonem logo esta idéia
que coloca em cheque o Plano da Redenção, o amor de Deus e a nossa salvação.
Muito bom
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