sábado, 11 de agosto de 2012
UMA ESTRELA NA NOITE
George Vandeman
Aconteceu
pela manhã sobre o céu do cabo Kennedy, Flórida. O gigantesco foguete Apolo 12
saiu da plataforma de lançamento e subiu para o espaço, em direção da lua. Tudo
estava perfeito durante os primeiros 32 segundos. Aí aconteceu. Um raio atingiu
a espaçonave. Atingida por um raio, começou um pesadelo para a tripulação da
Apolo 12. O alarme principal imediatamente soou. Luzes de alerta piscavam no
painel de instrumentos enquanto os astronautas tentavam solucionar a emergência.
Um deles, Dick Gordon, disse mais tarde:
– Em todo o nosso treinamento jamais vimos
tantas luzes de alarme se acenderem de uma só vez. Se alguma coisa assim
tivesse ocorrido durante os treinamentos, nós teríamos dito: "O que estão
tentando fazer? Isto é impossível."
Impossível... Mas estava acontecendo à
tripulação da Apolo 12. O que deveriam fazer? Bem, a melhor coisa no momento
era não fazer nada. Eles já estavam no ar indo na direção da lua. Ao atingir a
órbita sobre a Terra eles poderiam tentar resolver o problema. E sua tentativa
teria que ser bem sucedida pois se não conseguissem consertar o sistema guia de
inércia eles ficariam perdidos para sempre no espaço.
A responsabilidade da vida e da morte caiu
sobre os ombros do astronauta Gordon. Ele entrou rastejando no setor de
equipamentos e tentou avistar algumas estrelas a fim de realinhar a plataforma
guia. Mas ao olhar através do telescópio, não havia estrela em parte alguma.
Parecia que as estrelas tinham
desaparecido, como se alguém as tivesse desligado. Finalmente, quando os
olhos de Gordon se acostumaram com a escuridão, ele conseguiu avistar a
Constelação de Órion. Aí ele avistou a Real, e depois a Sirius. Essas três...
Era tudo o que ele precisava... e a Apolo 12 estava de volta em sua rota. Essas
estrelas trouxeram a espaçonave de volta ao curso em perfeito alinhamento. A
Apolo 12 prosseguiu até a lua, depois disso. Graças a Deus, eles voltaram a
salvo para a Terra.
Nós também estamos em uma espaçonave hoje.
Nós a chamamos de planeta Terra. Estamos viajando pelo espaço a 108 mil
quilômetros por hora, com o nosso sistema guia totalmente desajustado. Ao
seguirmos pelos críticos anos 90, cada alarme em nossa cápsula tem disparado.
Temos sido bombardeados com problemas aparentemente insolúveis. A economia
mundial, antes confiável, está ruindo. A instabilidade política balança a
Europa, o Oriente Médio e a África. Na América, o crime espreita nas ruas. A
epidemia da AIDS está acelerando, e é um símbolo da crise moral de nossa sociedade.
Quer gostemos ou não, estamos todos presos em um planeta aparentemente fora de
controle, mudando radicalmente seus valores e seus objetivos.
Estamos fora do curso. Precisamos avistar
algumas estrelas. Estrelas na noite, eu diria. Precisamos delas neste mundo de
trevas. Precisamos delas para nos conduzir a um futuro seguro e brilhante. Para
reencontrarmos o nosso rumo, precisamos voltar ao princípio... voltar à
criação, voltar ao Criador.
Como podemos esperar que uma mão nos guie
no futuro, se não crermos que essa mesma mão nos colocou aqui no passado?
Deixe-me falar sobre o senhor Packer, um homem que conheci em Sydney,
Austrália. Ele era dono da maior emissora de TV daquela grande cidade, além de
possuir vários jornais. Ele também tinha um iate que disputava a Copa da
América. Talvez você já tenha ouvido falar dele. O senhor Packer, por muito
tempo, teve uma grande reputação como playboy. Muitos pensavam que ele não
tinha nenhum pensamento sério na cabeça. Aí, por alguma razão, ele passou a
gostar do programa "Está Escrito". De fato, em uma de minhas visitas
lá, ele colocou as câmeras num parque. Cinco mil pessoas compareceram ali e ele
transmitiu o programa para toda a nação, sem nos custar nada. Aí ele teve uma
outra idéia, ele disse:
– Quero que compareça
– Ao show da noite? Por que não? Gosto de
aproveitar todas as oportunidades para divulgar as boas novas de nosso
amantíssimo Deus.
Eu sabia que o apresentador do show, que era judeu, teria
algumas perguntas sobre a validade do cristianismo. Mas no palco estava também
um antigo apresentador do show, um homem hostil com todas as religiões.
Quando me sentei para ser entrevistado, os
dois começaram sua própria discussão sobre questões espirituais. De fato foi
uma discussão e tanto. Quando o apresentador afirmou sua crença no velho
testamento, (ele era judeu) o outro retrucou:
– E quanto ao dilúvio? Você não acredita
nisso, acredita? Você não acredita na criação, acredita?
Os dois estavam a ponto de se atracar.
Finalmente, eu ri bem alto e disse:
– Cavalheiros, estou aqui para ser
entrevistado por vocês, mas vocês estão entrevistando um ao outro. Bem,
permitam que eu diga duas frases.
E é claro, eles também riram. Eis o que eu
disse a eles e ao público naquela noite na Austrália: "Se nossas idéias
sobre as origens forem confusas e distorcidas, nossas idéias sobre o nosso
destino também serão confusas e distorcidas. Se nossas idéias sobre o princípio
deste mundo forem turvas e complicadas, nossas idéias sobre o seu final serão
turvas e complicadas também."
Jesus ligou claramente o futuro com o
passado quando discutiu o fim do mundo: "Pois assim como foi nos dias de
Noé, também será a vinda do Filho do Homem, porquanto, assim como nos dias anteriores
ao dilúvio, comiam e bebiam, casavam e davam-se em casamento, até o dia
"Assim foi e também será", Jesus disse.
E eis mais uma passagem do Novo Testamento que aumenta as nossas
convicções a respeito da importância do nosso passado: "Sabendo primeiro
isto: que nos últimos dias virão escarnecedores, andando segundo as suas
próprias concupiscências, e dizendo: onde está a promessa da sua vinda? Porque
desde que os pais dormiram todas as coisas permanecem como desde o princípio da
criação. Eles voluntariamente ignoram isto: que pela Palavra de Deus já desde a
antiguidade existiram os céus, e a terra, que foi tirada da água e no meio da
água subsiste. Pelas quais coisas pereceu o mundo de então, coberto com águas
do dilúvio. Mas os céus e a terra que agora existem, pela mesma palavra se
reservam como tesouro, e se guardam para o fogo, até o dia do juízo, e da
perdição dos homens ímpios" (II Pedro 3:3 a 7).
Dois autênticos marcos do nosso passado são
apresentados aqui: a criação e o dilúvio. Dois pontos de referência totalmente
confiáveis numa noite escura; duas estrelas, num universo de trevas, as quais
temos que avistar. Jesus colocou a autoridade da Sua missão, a certeza da Sua
volta, na realidade destes dois pontos.
Não, amigo. Não precisamos ficar confusos.
Não precisamos perder a nossa identidade. Não precisamos procurar uma mensagem
mais relevante do que a Palavra de Deus.
Recentemente chegou uma carta em minha mesa
que eu gostaria de compartilhar com você: 'Caro pastor Vandeman, obrigado por
trazer a público em seu programa o livro do
dr. Robert Gentry "O Pequeno Mistério da Criação". Ele foi o
ponto decisivo na minha experiência cristã. Agora sou um cristão batizado,
apoiado firmemente no relato bíblico da criação, aos 26 anos." A carta
continua: "Meu avô havia sido um ateu, meu pai foi um ateu. Minha mãe
também. Meus irmãos ateus. E eu era ateu. Minha família era de humanistas
amorosos e educados, mas totalmente sem Deus. Aprendemos a ser corteses e a
respeitarmos os outros como cidadãos gentis e cumpridores da lei. Aprendemos
também que a Bíblia era um conto de fadas inventada pelos homens que temiam
morrer. Não recebemos nenhum tipo de instrução bíblica. Portanto, lá estava eu,
com um curso superior, solteiro e saudável. Ganhei mais dinheiro do que podia
gastar. Eu tinha um relacionamento com uma mulher maravilhosa. Eu não tinha
qualquer preocupação no mundo... A não ser uma coisa: Eu sabia que um dia eu ia
morrer. E que a morte é para sempre. Com lágrimas no travesseiro eu olhava para
a eternidade e nada via além do vazio."
De algum modo Deus guiou aquele jovem a assistir
o nosso programa. No meio da sua confusão ele finalmente encontrou a Jesus, o
qual é agora a estrela guia da sua vida.
O dr. Robert Gentry também encontrou a
Cristo através do "Está Escrito". Ele trabalhava como cientista
nuclear para o governo, ocupando um dos mais altos cargos de confiança. Mas ele
não tinha nenhuma estrela na noite para iluminar a escuridão de sua
incredulidade. De algum modo Deus achou seu caminho até a mente e o coração do
doutor Gentry. E agora ele deu uma enorme contribuição para a credibilidade da
criação na comunidade científica ao desafiar a teoria da evolução.
O pai da teoria da evolução é Charles
Darwin, todos sabem disso. O que talvez muitos não saibam é que ele não era nem
de longe dogmático sobre a evolução. Darwin era na verdade um homem bem modesto
que não fazia muitos pronunciamentos contundentes sobre a sua pesquisa. Talvez
você tenha lido seu livro Origem das Espécies, a bíblia dos evolucionistas.
Você observou quantas vezes ele usa as palavras "provável" e "talvez"?
Ele termina as suas pesquisas dizendo: "Estou bem ciente de que raramente
surge um simples ponto neste livro em que os fatos não possam ser analisados.
E, com freqüência, eles nos levam a conclusões diretamente opostas às que tenho
chegado".
Eu respeito Darwin por ser honesto, mas
você pode imaginar! Aqui está o pai da evolução admitindo que você pode
examinar as suas pesquisas e chegar a conclusões opostas! Acredite ou não,
Darwin tinha certeza da existência de Deus... ou pelo menos de algum tipo de
deidade. A última palavra dos pesquisadores biográficos é que Darwin era
teísta, ou seja, ele cria que existe um ser divino por trás do cosmo. Ele
disse: "Chame esse ser divino de criador se você quiser, deve ter existido
uma primeira causa".
Os evolucionistas em geral talvez se
surpreendam em saber que Darwin disse realmente isso.
Eis uma outra coisa que talvez lhe
interesse. Em 1867, Darwin fez uma viagem de volta às Ilhas dos Mares do Sul,
onde 34 anos antes ele havia estudado uma população nativa. Naquela ocasião ele
se convenceu de que havia descoberto a humanidade em seu estado mais primitivo
entre os canibais. Tratava-se do estágio mais baixo da humanidade que se
enquadrava em sua teoria da evolução. Mas nessa última viagem ele ficou surpreso...
Nas mesmas ilhas antes ocupadas por tribos da Idade da Pedra em guerra... havia
lares estáveis, escolas e igrejas. Darwin perguntou como aquela sociedade havia
sido transformada. Ficou sabendo que um missionário chamado John Peyton tinha
chegado às ilhas e começado a ensinar ao povo sobre Jesus Cristo e Seu poder
salvador. Bem, Darwin ficou tão comovido com as mudanças que presenciou, que
deu uma generosa contribuição para a sociedade missionária em Londres.
Uma informação muito interessante, você não
acha? Somente Deus pode ser o juiz de Charles Darwin. O que podemos saber com
certeza é que Darwin não era um ateu e que ele tinha muitas dúvidas sobre a sua
própria teoria da evolução.
É pena que milhões dos que hoje crêem na
evolução não tenham qualquer esperança para o futuro, porque não tem nenhum
conceito do passado... da nossa história passada
"Lembra-te". Lembra-te do sábado,
pois ele é o presente de Deus para nos lembrar semana após semana que Ele é o
nosso Criador.
Não, nós não descendemos de uma mistura
química... somos os filhos preciosos de Deus. Essa é a mensagem do sábado. Você
pode visualizar em sua imaginação o lindo Jardim do Éden. É a tarde de
sexta-feira da semana da criação. O Criador acaba de coroar a sua obra
apresentando-se aos nossos primeiros pais. Enquanto Adão e Eva olham extasiados
para seu glorioso lar-jardim, Deus lhes ordena o seguinte: "Frutificai e
multiplicai-vos", Ele diz, "enchei a terra, e sujeitai-a." Mas antes de Adão e Eva tomarem posse de seu
paraíso, Deus estabelece um encontro semanal com eles... o sábado. Ele sabia
que eles poderiam se tornar tão envolvidos com seu trabalho e um com o outro
que poderiam se esquecer Dele.
O sábado continuamente nos lembra que
existe mais na vida do que voar pelas estradas. Mais do que a rotina de nossa
correria diária. O grande propósito de nossa vida é preencher nosso lugar no
coração de Deus. Graças a Deus nós não evoluímos pura e simplesmente de algum
acidente cósmico. Ele nos criou para sermos seus filhos preciosos. Somos
realeza, sabia? O sábado revigora o nosso senso de auto-estima! O sábado não é
uma restrição que nos atrapalha, não é uma cerimônia sem sentido; não é um
conservadorismo irrelevante de um passado
desatualizado. O sábado é uma estrela na noite para nos apontar para
Jesus Cristo.
No mundo inteiro atualmente, há dúvida no ar. Mas também há
pássaros, que voam sobre nós melhor equipados para a navegação do que os mais
modernos caças da força aérea, capazes de atravessar mares não mapeados com
seus instrumentos naturais. A controvérsia gira ao nosso redor. Mas os morcegos
também, os quais operam sem esforço seu radar ultra-sônico, nos fazendo lembrar
que nem a tecnologia, nem a sabedoria são exclusivas da mente humana. O
ceticismo rodeia a Terra. Mas as estrelas também, girando velozmente em suas
órbitas precisas, mantendo seus itinerários com uma precisão que nos embevece.
Ninguém pode escapar da grande harmonia quando toda a natureza se une num
inconfundível coral: "existe um Criador!"
Mas aquele que fez este mundo também deixou
suas criaturas o pregarem numa rude e dilacerante cruz nos arredores de
Jerusalém, para que os pecadores perdidos pudessem encontrar nEle a vida
eterna. E mesmo a evidência dos pássaros e morcegos, dos sóis e das velozes
constelações, por mais convincentes que sejam, se apequenam diante do poderoso
argumento da cruz!
Talvez você conheça a história do ateu que
salvou um menino órfão, de um prédio
– Eu tenho apenas um argumento, este aqui.
Ele provou ser um bom pai, e o pequeno
Jorge jamais se cansava de ouvir como o papai havia lhe salvado do fogo. E o
que mais gostava era de ouvir sobre a mão com as cicatrizes.
Um dia ele foi com o pai visitar uma
exposição de arte. Uma pintura o interessou
– Me conte a história desse quadro, papai,
– o garotinho suplicou.
– Não, essa aí não.
–Por que não?
– Porque eu não acredito nela.
– Mas o senhor me conta a história de João
e o pé de feijão, mas não acredita nela.
Aí o pai contou a história. E Jorge disse:
– É igual à de nós dois, papai.
E ele prosseguiu:
– Não foi bonito Tomé não acreditar depois
do bom Homem ter morrido por ele. E se eles tivessem me contado como o senhor
me salvou do incêndio, e eu tivesse dito que não acreditava que tivesse feito
isso?
O pai não pôde deixar de pensar no
raciocínio certo do menino. Ele havia usado as suas próprias cicatrizes na mão
para conquistar o coração do menino. Poderia ele continuar resistindo à mão
marcada do homem que tinha morrido por ele... e que ele dizia não acreditar?
O mais poderoso de todos os argumentos é a
cruz do calvário. As chagas nas mãos de Jesus. Mãos que foram feridas em seu
encontro com as forças do mal, para que você e eu pudéssemos viver!
Ó meu amigo, eu lhe peço para olhar para
Jesus. Aquela maravilhosa estrela salvadora na noite. O que podemos fazer além
de cair em seus pés e dizer como Tomé: "Meu Senhor e meu Deus!"
SOMENTE
DEUS
Letra
e música: Phill Machug
Versão:
Edison e Eclair Ercole
Deus,
somente Deus,
é
o criador do mundo ao redor.
Sua
glória e seu poder,
a
todos guiará.
Sim,
Deus, somente Deus!
Deus,
somente Deus,
nós
dá Sua luz na escuridão;
e
o plano eterno que traçou
nenhum
homem mudará
de
Deus, somente Deus.
Deus,
somente Deus!
Digno
é do trono universal.
Que
toda a criação O adore sem cessar.
A
Deus, somente Deus.
Deus,
somente Deus,
será
o louvor que haverá no céu.
Nosso
coração ali jamais se cansará
de
Deus, somente Deus!
Deus,
somente Deus,
digno
é do trono universal.
Que
toda a criação O adore sem cessar.
A
Deus somente.
Que
toda a criação O adore sem cessar.
A
Deus, somente a Deus.
Gravado
por Eclair Ercole no LP 106 da gravadora CBCR
ORAÇÃO
Pai,
na escuridão e na confusão de nosso mundo, obrigado pela luz da Tua Palavra. Eu
te agradeço por Jesus Cristo, meu Criador, a brilhante estrela da manhã sobre
todas as estrelas. Mantenha-me fiel até aquele dia alegre e glorioso quando
Jesus voltará e me levará para o Céu, para viver Contigo por toda a eternidade.
Em nome de Jesus, amém.
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